Há um ano atrás a minha curiosidade tecnológica trouxe-me via eBay um iPhone. Durante aproximadamente 3 dias experimentei tudo o que havia para experimentar menos fazer chamadas e mandar sms's (ainda não era possível desbloquear o telefone para Inglaterra). Conclusão? Easy come, easy go, e despachado pelo mesmo veículo o mais inútil brinquedo tecnológico que tive nas mãos desde há muitos, muitos anos. Quem viva na europa, esteja habituado aos telemóveis que circulam por aí regularmente e, sobretudo, necessite do telemóvel como um instrumento de trabalho o melhor é ler muito muito bem acerca das funcionalidades do telefone e comparar com a concorrência antes de tomar uma decisão de compra. Percebo o impacto que o iPhone possa ter nalguns teenagers e nalguns sectores do mercado americano que utilizam telemóveis parecidos com os da idade da pedra. Fora disto, e excluindo o marketing, não há nada mesmo no próprio software/interface do iPhone que seja interessante ao ponto de motivar uma compra, até porque mesmo quem prefira o estilo de menus e navegação iPhone pode muito bem ir a um de muitos websites com software grátis para telemóveis e instalar tranquilamente, mudando o interface gráfico com o qual se relaciona. E nem vale a pena entrar nas especificações mais técnicas acerca da imensidão de coisas que o telefone escandalosamente não tem, é melhor poupar os detalhes técnicos, mas aviso já que nos EUA, pelo menos desde 2007, existem imensos analistas a aconselhar a Apple a desligar-se do projecto iPhone. Por cá, fazem-se filas. É a vida.