Anónimo a 1 de Novembro de 2010 às 17:45
O que é curioso é que no Brasil, tirando o "H", que na língua portuguesa não se pronuncia, quer dizer, quando está no início da palavra não é aspirado como no inglês por exemplo, no Brasil, dizia, não existem consoantes mudas. Todas as plavras que por lá ainda têm os "c" e "p", que na generalidade dos casos em Portugal não são pronunciados, como por exemplo "aspecto", "recepção", são pronunciadas tal como se escrevem, sem saltar nenhuma letrinha.
João.
Não é essa a questão.
O critério deve ser o fonético?
Anónimo a 2 de Novembro de 2010 às 02:30
Carlos,
Eu apontava mais para uma curiosidade. É que é verdade que a evolução do português escrito - a grafia - no Brasil previligiou mais do que em Portugal a fonética, mas, ao mesmo tempo, uma vez estabelecida a ortodoxia eles são mais fieis à grafia do que nós. O que se escreve, em geral, é o que se diz.
Julgo ainda que o Acordo está decidido de modo que só algo extraordinário inverteria essa decisão. As novas gerações que nascerem já dentro do acordo, vão abraçar essa grafia como a sua e por aí vai.
João.
1) O critério jamais pode ser o fonético; a razão é por demais evidente.
2) A grafia no Brasiu é menos fonétxica qui em Portugau.
Grato pela referência.
Cumpts.
Anónimo a 2 de Novembro de 2010 às 13:31
"A grafia no Brasiu é menos fonétxica qui em Portugau."
Não sei bem o que é que ixto quer dizer. Nósh em Portugal silenciamosh muitas vogaish - as ditash mudash - no Brasil não existem vogaish mudash. Todas ash letrash são pronunciadash.
Quanto a "Brasiu" e "fonétxica", etc, é uma quextão de sotaque...
João.
Dê lá a língua ao Brasil. Já vi que vossemecê é galego.
Cumpts.
Anónimo a 2 de Novembro de 2010 às 16:22
Você é que vê o acordo ortográfico como uma capitulação. Já existiram muitas outras reformas, nós já não falamos nem escrevemos como Camões, nem sequer como se escrevia há cerca de 100 anos. E depois, aqui entre nós, o acordo ortográfico, do estrito ponto de vista de uma ideia expansionista de irradiação portuguesa, tem para nós a vantagem de enfraquecer a causa, não sem pouca adesão popular no Brasil, dos que, precisamente no Brasil, defendem a separação nominal da língua passando a designá-la de "brasileiro". Com o acordo a possível formalização deste projecto perde muito do seu suporte material.
E os brasileiros também cederam, desde logo num elemento, abandonado por nós e que, a meu ver, faz todo o sentido - o trema.
E não sou eu que dou ou darei a língua ao Brasil. Se quer colocar as coisas nesses termos, vá-se queixar ao Pombal! E se não chegar, olhe, vá-se queixar ao Cabral!
João.