Pedro,
A diferença é que em Cuba existe por exemplo dos melhores sistemas de saúde da américa latina, enquanto que nos Estados Unidos cerca de 15% da população não tem acesso aos serviços de saúde. Dá que pensar não dá?
Não quero com isso defender um regime oligárquico e ditatorial como o cubano, mas também não verás a defender os E.U.A. da forma como o fazes.
Um abraço
Anónimo a 31 de Agosto de 2007 às 09:43
E o João, quando estiver muito doente, se lhe derem escolha, prefer tratar-se em Cuba os nos EUA?
Ja agora, a afirmação é mentira. Não há 15% de americanos sem acesso aos serviços de saúde. Haverá 15% (não sei os números) sem seguro de saúde, grande parte voluntariamente. Não pagam o seguro, pagam os tratamentos.
Os mais pobres têm todos acesso ao medicaid, o seguro público.
Abreu a 31 de Agosto de 2007 às 10:11
Caro Pedro,
Se o post do Vítor Dias é fácil e demagógico, infelizmente o seu também não fica muito atrás – crítica mais fácil de encontrar seria difícil.
Comparar Cuba aos Estados Unidos é como comparar uma lata usada com um Ferrari.
Assim, deve ser mais enriquecedor comparar os Estados-Unidos com a Suécia, Japão, ou até França ou Reino-Unido.
Dito isto, sobre Cuba: João, mesmo com um serviço de Saúde universal e minimamente eficiente, isso não cobre o resto, como uma visita à ilha comprova.
Não cobre a deplorável falta de infra-estruturas, não cobre a pobreza endémica (se bem que não extrema), e, sobretudo, não cobre a falta de perspectivas futuras de todo um povo.
Quando o meu irmão foi a Cuba, uma das cenas que mais o impressionou foi ver, num minimercado, um "camarada" ter de abdicar de um rolo de papel higiénico por uma garrafa de água.
Parece uma coisa simples, mas para a dignidade de um indivíduo deve ser fatal. E não são 20%, devem ser uns 80% a ter de fazer a mesma escolha.
Eu ia para os Estados-Unidos, se fosse livre para o fazer…
Anónimo a 31 de Agosto de 2007 às 11:06
Que os Estados Unidos são um país bastante atrativo é verdade, porém não devmos glorificar cegamente essa grande Nação que são. É um facto indúbitavel que existe um grande número de pessoas a viver no limiar da probeza nos Estados Unidos que provavelmente pouco ou nenhum apoio terão, e sabemos nós que são essas pessoas.
Portanto, glorificar um país camuflando os seus defeitos é sinal de uma certa preguiça intelectual...
Inês Bastos a 31 de Agosto de 2007 às 16:42
Coitado do Vítor Dias ! Não pode fazer aquilo que o «Público» fez e que também, quanto à sua zona, o «Florida Times-Union» de Jacksonville fez.
Ou seja, sectores da sociedade americana podem atormentar-se (estupidamente pelos vistos!) com estes números, mas já em Portugal é altamente suspeito citá-los seca e simplesmente.
Aqui pelos lados do cachimbo está a faltar tolerância democrática.
Já agora não batam mais no ceguinho.Todos sabemos que que se citam números sobre pobreza se trata de pobreza relativa. Isso tanto vale entre a Europa e os EUA como vale entre Portugal e França ou a Alemanha.
Não estou num concurso entre países. Mas Vítor Dias nunca cita "secamente" os seus dados. Não sejam ingénuos. Ele serve-se de tudo, da pobreza à tortura, para atacar a América. Falta de tolerância democrática? Falta de tolerância democrática é criticar a América por puro ódio à democracia "burguesa". Ainda bem que é burguesa. Se não seria uma democracia cubana, ou norte-coreana, ou soviética. O que espanta é que, depois de tudo, ainda haja quem apadrinhe estas campanhas vesgas.