O caso de Silves incomodou mesmo o
Bloco porque lhe tirou a sua melhor arma - a gestão da imagem. Uma imagem de progressiva moderação com a qual
Louçã y sus muchachos contam para servir de muleta à maioria socialista, agora ou em 2009, eventualmente entrando para o Governo. Para isso, não podem assustar o centrão que vota PS nem atrair a ira da opinião pública. Exactamente o contrário do que aconteceu. O deslize de
Miguel Portas e a proximidade dos eufémios com o
Bloco, evidenciada por
Pacheco Pereira e
Paulo Gorjão, estragaram tudo.
Daí a nervoseira do Daniel, que foi o principal rosto da estratégia moderada no referendo do aborto, com os bons resultados frentistas que se conhecem.
Mas agora, sempre que alguém do Bloco proclamar a superioridade moral da causa, as pessoas vão olhar para o pregador e não para a homilia.
É Frei Miguel ou Frei Daniel?
São os que "partem tudo" ou os fracturantes?
Os da utopia ou os da burguesia?
O Bloco está em crise de identidade.
To be or not to be, Dani?