Até agora, o novo PSD tem feito uma oposição que consiste em aplicar o merecido pau de marmeleiro ao lombo do Governo. Era urgente, era necessário, mas há que ir mais longe. Um partido de poder deve estar preparado para governar a qualquer momento. O PSD de Santana Lopes não estava e o de Menezes também não, como o próprio admitiu num tocante momento de franqueza.
Ou seja, o PSD tem que apresentar um programa alternativo. Não basta o pau, falta a cenoura.
Manuela Ferreira Leite sabe-o bem. Por isso impôs na liderança parlamentar alguém que pensa, apesar dos anticorpos entre os santanistas, e reactivou o Gabinete de Estudos e o Instituto Sá Carneiro, obviamente moribundos durante o menezismo. Uma vez que será António Borges a fazer a ponte entre um think tank social-democrata e a Comissão Política, esperam-se novidades nos próximos meses.