Nuno Palha a 5 de Outubro de 2009 às 18:58
O Nuno Lobo afirma que há "uma estratégia ideológica de imposição na opinião pública de um tipo de pensamento particular".
Mas que eu saiba, a única imposição na opinião pública, na legislação, na liberdade individual de um tipo de pensamento particular é a daqueles que acham que se deve continuar a proibir a possibilidade de os homossexuais constituirem família. Se a adopção, a homoparentalidade e o casamento homossexual fossem permitidos continuariam e muito bem a manifestar a sua opinião contrária, mas já não estariam a impor a sua visão da sociedade aos outros, como agora fazem.
Concordo que houve uma má escolha de palavras, mas daí a imposição ideológica vai um salto.
Independentemente desta tese, é cada vez mais difícil esconder vários estudos da área que mostram não haver diferenças entre crianças criadas entre casais heterossexuais e homossexuais. De tal forma que as Associações Americanas de Pediatria e Psicologia, as maiores do mundo, dizem o mesmo. O resto é mesmo a imposição dos preconceitos de uma parte da sociedade que acha que essa mesma sociedade se deve moldar de acordo com os seus valores e preconceitos. Essa é que é a verdadeira imposição ideológica.
Resta o consolo de que já que alguns estados dos EUA e alguns países da Europa deram o exemplo, talvez nós lá cheguemos também. E então ver-se-á que o mundo não acaba e que as coisas pouco mudarão excepto para aqueles que agoram não podem constituir família. Aqueles que não gostam e não concordam continuarão com os seus preconceitos. Como lhes é legítimo ter. Mas pelo menos deixarão de impor as suas opiniões a toda a sociedade.
Ana a 5 de Outubro de 2009 às 19:19
Nuno Lobo
Concordo completamente.
É mais um exemplo do papel das ciências sociais na evangelização do laicismo militante em curso.
O estudo aqui referido no DN, para as falhas que apresenta (amostra reduzida, premissas que defende como a comparação entre famílias hetero e homoparentais a favor das segundas, conclusões generalizadas e "unânimes"), esquece o essencial:
quais são os direitos fundamentais da criança?
Numa sociedade saudável e equilibrada os direitos da criança devem vir em primeiro lugar.
Antes de quaisquer interesses ou motivações parentais.
Além disso, só quando se fizerem estudos longitudinais, com uma amostra representativa, é que se poderão retirar algumas conclusões, mas nunca com a generalidade e a "unanimidade" destas. Aliás, em psicologia não há "unanimidades".
Há matéria que são de opinião e outras não. O direito natural das crianças a terem uma mãe e um pai é uma matéria que não depende da opinião. Tal como os corpos caiem, as crianças têm uma mãe e um pai. A isto eu chamo abertura ao mundo. Tudo o resto soa-me a violência.
terapeuta a 5 de Outubro de 2009 às 19:32
A psicologia não é uma ciência.É um embuste.Vaõ a um curso de psicologia ter umas aulas e depois falem comigo.
Filipe Pereira a 5 de Outubro de 2009 às 19:40
Não sei se há diferenças entre crianças criadas por parelhas de homossexuais, crianças criadas monoparentalmente, crianças criadas por um pai e por uma mãe, crianças criadas pelos irmãos, crianças criadas pelos avós, tios, vizinhos, primos, padrinhos, etc.
Também não percebo esse argumento, porque nunca ouvi ninguém dizer que os que não podem ser educados pelo seu pai e mãe estão determinados à marginalidade, infelicidade, depressão, alcoolismo, benfiquismo ou a desenvolverem seis dedos em cada mão. Claro que muitos órfãos de pai ou mãe, ou de ambos, não estão condenados a ter problemas insuperáveis de personalidade e desenvolvimento.
Mas tenho a certeza que o melhor mesmo, o ideal, desejável, expectável e mais funcional é ter um pai e uma mãe. Havia quem disse que não, porque era a mesma coisa ter dois pais, duas mães, ou um pai e uma mãe. Não sei qual o critério que usam para dizer que "é a mesma coisa".
Mas o mais estranho é que agora já não é igual. É melhor...
Anónimo a 5 de Outubro de 2009 às 20:21
Lobby gay!!! Lobby gay!!!
Pronto, já poupei o trabalho a alguns.
Anónimo a 5 de Outubro de 2009 às 21:11
Adopção por duas pessoas do mesmo sexo ?
Mas afinal quem seria o Pai e a Mãe? A criança vai ter dois pais ? Duas mães ? Há sei é o progenitor A e o progenitor B.
Quem protege as criancinhas ???
Uf ainda bem que o BE não faz maioria absoluta com o PS.
Anónimo a 5 de Outubro de 2009 às 21:30
Anónimo,Não sabias que existe um lobby gay? Acorda para a vida.
Nuno, também achei a peça de propaganda linda e até guardei para depois postar sobre isto.
E não é que, afinal, nós é que tivemos azar por termos sido educados por um pai e uma mãe?
Esperem um bocado... Tenho uma dúvida.. MAS SERÁ QUE LEMOS O MESMO ARTIGO?????
È que vocês leram coisas que em não li, devo ser mesmo parvo.
Onde é que diz que os pasi/mães homossexuais são melhores que os heterossexuais? Eu ali enganei-me e li que eram melhores que ALGUNS ("muitos") pais heterossexuais.
Falhas no estudo?? Mas não é uma tese de mestrado? Não deve ser um trabalho bem sustentado com provas cientificas e estudos relevantes para se poder defender as suas conclusões?
Direitos das Crianças?? Sou mesmo totó. e eu a pensar que o maior direito delas era ter um lar com pessoas que a eduquem, que a apoiem e que lhe ensinem o certo e o errado.
Violencia contra as crianças?? Uahu o que voces conseguem ler. Será que uma criança que seja educada por homossexuais vai-se tornar homossexual?? Ou sigamos o " direito natural" como diz o Nuno Palha que não sei bem o que é, será que temos de fazer como as tartarugas que abandonam as suas crias ou como os hamsters que as comem??
Ou será melhor seguir a convicção do Filipe ao dizer que "o melhor mesmo, o ideal, desejável, expectável e mais funcional é ter um pai e uma mãe" pois daí sabemos que saí um cidadão perfeito? LOOL
Quanto aos anonimos, de tão anonimos que são deixo-os de parte ;)
Bem... Afinal acho que lemos o mesmo artigo.. Mas onde eu vi o bem da criança, voces viram o conservadorismo histórico.