Um primeiro-ministro de fim-de-semana

Lá está, em directo na prestável RTP, o primeiro-ministro debitando as suas banalidades grandiosas, a partir das cabeças de gado da Ovibeja: como inatacável justificação para a sua casmurrice "ideológica" das grandes obras, ensina-nos que são necessários "nervos de aço" e mais não sei quê. (Talvez vontade de ferro, ou ânimo de bronze, suponho.) Diz o homem também, de peito alçado e rodeado da sua corte sorridente de pescoço esticado para as câmaras, que, agora, precisamos é de "unidade" e "não de divergências" [sic], que era só o que faltava inflectirem-se políticas [sic] e que as diferenças ficaram já todas resolvidas e decididas "nas eleições de Setembro" [sic!]. É assim que funciona aquela cabeça.
Quando for grande, com os nervos de aço e tal, quer ser Führer.
Já é. Com o sufixo -zito.
publicado por Carlos Botelho às 13:14 | partilhar