Sábado, 25.08.07

Uma baixeza

O artigo de Luís Raposo, Director do Museu Nacional de Arqueologia, no Público de hoje, é simplesmente vergonhoso. Não porque tenta justificar o injustificável, a demissão da ex-directora do MNAA Dalila Rodrigues, mas porque insulta todos os que têm outra opinião, pressupõe a própria superioridade moral e intelectual, auto-elogia-se, insinua erros que não aponta, fala de números sem números e, sobretudo, faz ataques pessoais do princípio ao fim ("oportunismo", "ânsia de vedetismo", "vitimização", "relação meramente instrumental com os museus", "projectos de ambição pessoal", "parasitagem dos acervos", "obsessão por cair nas boas graças da movida nocturna e dos media": eis alguns dos mimos que dedica à sua ex-colega).
Em suma, uma baixeza vomitada pelo puro ressentimento.
E, como se não bastasse, revela uma visão ao mesmo tempo corporativa e colectivista da política cultural que é o pior da esquerda na matéria.
Tenho pena, porque admiro o trabalho de Luís Raposo à frente do Museu Nacional de Arqueologia. Mas ele tem razão numa coisa: pode-se ser um bom técnico com falta de carácter.
(Para os interessados, fica a notícia de que escrevo sobre o absurdo episódio da demissão de Dalila Rodrigues no próximo número da Atlântico.)
publicado por Pedro Picoito às 15:26 | comentar | ver comentários (32) | partilhar

Here we go again

"Malaysia's government ordered a Tamil-language daily to immediately halt publication for a month Friday as punishment for printing an image of Jesus Christ holding a cigarette, an official with the newspaper said.
S.M. Periasamy, general manager of Makkal Osai, which caters to Malaysia's ethnic Indian minority, said his office received the directive by fax from the Internal Security Ministry.
"Of course we are shocked by this. My entire staff are all in tears. They will lose a month of income," Periasamy said, adding that the newspaper would abide by the order but plans to appeal the suspension.
Ministry officials in this Muslim-majority nation could not immediately be reached for comment.
The newspaper had said it published the photo by mistake Tuesday and carried a front-page apology Thursday.
Prime Minister Abdullah Ahmad Badawi said Thursday that the picture was hurtful and an insult to Christians. Kuala Lumpur archbishop, Murphy Pakiam, criticized the picture as a "desecration," but later accepted the newspaper's apology."
-- 24 de Agosto de 2007, Associated Press
publicado por Miguel Morgado às 02:25 | comentar | partilhar
Sexta-feira, 24.08.07

Liberalismo e valores

Numa boa réplica ao Miguel Morgado, e à qual este dará uma resposta melhor do que a minha de certeza, o André Amaral diz no Insurgente que a direita moderna "não deve basear-se na moral, mas no direito de escolha".
Estou de acordo e julgo que ninguém se oporá. Mas esta frase, aparentemente consensual, tem pelo menos três problemas.
O primeiro é que a distinção entre moral e escolha sugere a oposição entre uma direita liberal, que quase nunca existiu em Portugal, e uma direita conservadora, que quase só existiu na versão não democrática. É, pois, um confronto ideológico entre duas não realidades: uma direita que ainda não existe e uma direita que já não existe. Parece-me um mau princípio de debate.
O segundo problema está na dificuldade, que o próprio post exemplifica, de criar uma linguagem verdadeiramente liberal entre nós quando não existe uma verdadeira tradição de liberalismo. Palavras como escolha ou liberdade não significam o mesmo para toda a direita, e nem sempre os liberais se dão conta disso.
Todos, liberais e conservadores, acreditamos que o direito de escolha é melhor do que uma moral imposta pela lei (sendo esta a noção, equívoca, de conservadorismo do André). A dificuldade começa no conteúdo das escolhas. É que a liberdade não funciona no vácuo: tem os seus limites nas escolhas dos outros, que podem opor-se totalmente às nossas.
Um exemplo: a proibição de fumar em locais públicos. Uns querem fumar em qualquer lado, outros não querem que se fume em lado nenhum. Qual das escolhas deve consagrar a lei?
Como é para regular este tipo de conflitos que a lei existe, nasce daqui o terceiro problema. Regulando as escolhas individuais contraditórias no espaço público, a lei privilegia sempre umas escolhas em detrimento das outras. E segundo critérios a que só por pudor não chamaremos valores - os tais que o André quer que sejam apenas individuais.
Se a lei permite que se fume, está a considerar a liberdade do fumador um valor mais alto do que a saúde de todos.
Se a lei proíbe o fumo, está a defender que a saúde de todos é um valor mais alto que a liberdade do fumador.
Não há maneira de fugir a esta maldição. Opte pela liberdade ou opte pela saúde, a neutralidade moral da lei não existe.
O camarada Morgado tem razão: quando se expulsa a moral pela porta da frente, ela volta pelas traseiras.
publicado por Pedro Picoito às 20:03 | comentar | ver comentários (19) | partilhar

Scruton is coming

Roger Scruton parece estar a chegar às livrarias portuguesas, e ainda bem. Mas esta descoberta tímida e tardia tem um lado caricato, como tudo o que é tímido e tardio.
Hoje, na FNAC do Chiado, a meio metro de distância podiam encontrar-se Philosophy. Principles and Problems e a respectiva tradução, Guia de Filosofia Para Pessoas Inteligentes, da Guerra e Paz. Suponho que tenham chegado ao mesmo tempo.
Não é que eu me queixe. De Scruton, antes a mais do que a menos...
publicado por Pedro Picoito às 19:49 | comentar | partilhar

June, Suzanne e eu

São duas musas da minha juventude: June Tabor e Suzanne Vega.
Ambas publicaram novo disco este ano, depois do que me pareceu um longuíssimo interregno.
O da sra. Tabor é magnífico. Como o vinho do Porto, a sua voz melhora com a idade. E o que perde em amplitude, ganha em subtileza.
Quanto à menina Suzanne, por quem estive apaixonado no tempo em que o resto da malta só pensava na Sharon Stone, já ouvi o disco três vezes e ainda não consegui gostar.
Um de nós envelheceu.
publicado por Pedro Picoito às 19:34 | comentar | partilhar

Friends will be friends

Segundo alguns relatos, Ribbentrop, recém-chegado de Moscovo, terá dito, entusiasmado, no círculo do amado Führer:

'Senti-me como que rodeado de velhos camaradas do Partido!'

Pois.

[suscitado por estes dois excelentes posts do Miguel Morgado]
publicado por Carlos Botelho às 14:24 | comentar | ver comentários (2) | partilhar

Their Vilest Hour 2

Caro Paulo e restantes comentadores,

Não nego que Estaline tenha sido motivado pelo medo da expansão alemã e pela preocupação fundamental de auto-preservação. Desse ponto de vista, o mesmo se pode dizer de Hitler, que não queria arriscar um combate com a Rússia numa fase tão inicial, nem uma guerra com duas frentes quando neutralizasse a Europa ocidental. Mas o que é evidente para todos é que o pacto também correspondeu a um impulso imperialista que conduziu o Estado bolchevique desde o primeiro momento. Foi logo nos primeiros anos da Revolução que os bolcheviques, com Estaline como Comissário das Nacionalidades, conquistaram a Ucrânia, a Geórgia, a Arménia, o Cáucaso, as actuais Repúblicas muçulmanas, etc. E fizeram-no de uma forma impiedosa e sangrenta; os métodos utilizados foram tão violentos que alguns bolcheviques, incluindo Lenine, apesar de já muito habituados a esses recursos, ficaram impressionados com a brutalidade.
.
Não deixa de ser significativo o modo como Estaline tentou conciliar a aliança com os grandes desígnios do bolchevismo. Quem já leu memórias de revolucionários comunistas veteranos dos acontecimentos do período entre 1917/1936, ou a literatura de ficção que tenha como protagonistas pessoas destas, conhece a enormidade da perturbação que a escolha de Estaline introduziu na vida de milhares e milhares de europeus. O conflito entre a perplexidade dos comunistas comuns e a retórica de justificação de Moscovo foi uma das grandes inspirações de George Orwell em "1984". Hoje os Alemães são os nossos "camaradas trabalhadores com uniformes"; amanhã são os "assassinos fascistas". O Pacto foi, no fundo, a continuação daquilo a que Solzhenitsyn chamou o "regime da mentira."
.
Estaline, juntamente com Hitler, preparou a guerra, e não se livra da responsabilidade pelo mais negro momento da Europa.
.
P.S. Obrigado pelos excelentes comentários.
publicado por Miguel Morgado às 12:15 | comentar | partilhar

Crise no PSD segundo Pacheco Pereira

«(O PSD) Está em crise há muito tempo. O PSD e o PS estão numa crise profunda. O PS está morto, a crise não se vê, mas basta que saia do Governo para vir ao de cima em termos semelhantes ao PSD. É mais visível no PSD porque não tem ecrãs de poder. A crise data da fase final de Cavaco Silva no governo. Ele não ligava ao partido e é dessa altura uma separação, que se tornou divórcio, entre uma elite (quadros, profissões liberais, gente com prestígio social que se associou à governação) e as bases abandonadas a si próprias num processo clientelar. Hoje, temos dois PSD, que se ligam mal ou com ambiguidade. Temos um PSD ‘de cima’, em que algumas pessoas se julgam donas do partido e que o deixam, por ‘baixo’, acelerar a sua decomposição. Comportam-se como os latifundiários absentistas alentejanos: deixam lá as suas terras, os trabalhadores rurais e ficam com os rendimentos. Depois há as estruturas partidárias envoltas num fenómeno de clientelização enorme. Não é só no PSD, no PS também. Movem-se apenas em função da preservação dos seus pequenos poderes. O PSD transformou-se num partido autárquico, que ocupa a vida política das secções, que lhes dá emprego e influência. A nível nacional, o aparelho mobiliza-se pelos lugares.

(Pacheco Pereira, entrevista ao Diário Económico, 24.08.2007)
publicado por Paulo Marcelo às 11:19 | comentar | ver comentários (1) | partilhar
Quinta-feira, 23.08.07

Their Vilest Hour

Há 68 anos era assinado o infame pacto Molotov-Ribbentrop. Estaline mostrava ao mundo inteiro que não era muito diferente de Hitler e que o regime soviético tinha ambições imperiais semelhantes às do regime nazi. Foi num dia 23 de Agosto.
Foi a tradução diplomática da tese posterior que defendeu que ambos os regimes eram essencialmente idênticos, baptizando-os com uma palavra nova: "totalitarismo".
Foi o momento mais alto do mundo das trevas, dividido entre o nacional-socialismo e o bolchevismo.
Foi o momento mais baixo da civilização europeia.
Quando vemos quem eram os signatários do pacto, e o que representavam, e quando recordamos tudo o que daí resultou, sentimos aquele impulso estéril de dizer que o 23 de Agosto seria o candidato perfeito para um dia de luto europeu.
publicado por Miguel Morgado às 19:08 | comentar | ver comentários (11) | partilhar

Obviamente

Obviamente, Marques Mendes tem que esclarecer por completo esta embrulhada do financiamento ilegal ao PSD. Até porque Arnaut ficou muito mal na fotografia. Atirar as culpas para um ex-Secretário de Estado que está doente?
Não somos o Bloco de Esquerda.
Nem o blogue do Menezes.
publicado por Pedro Picoito às 12:34 | comentar | ver comentários (1) | partilhar
Quarta-feira, 22.08.07

Da série "A concorrência faz melhor"

E porque a blogosfera também serve para isto, descobri um belo artigo do Luís Aguiar Santos no seu blogue pessoal - não o de campanha - sobre laicidade e religião civil. Agradeço ao Insurgente a chamada de atenção.
publicado por Pedro Picoito às 19:47 | comentar | partilhar

Ou então uma acção directa de desobediência civil não violenta, tipo ceifar

O caso de Silves está a deixar o Bloco de Esquerda nervoso.
Além de Francisco Louçã ter reagido com a irritação que se viu e de Miguel Portas ter dado o dito por não dito mas mantendo mais ou menos o que disse, o Daniel Oliveira dedicou até agora 9-posts-9 ao tema. E tudo para quê? Para arremeter contra jornalistas com agenda (onde é que eu já ouvi isto?), Pacheco Pereira, Vasco Graça Moura, Alberto João Jardim, o Ministro da Agricultura, o Ministro da Administração Interna, o caso Portucale e até os skinheads que mataram Alcino Monteiro num tristemente célebre 10 de Junho.
Acho que não me esqueci de ninguém.
É muita gente, e alguém pode fugir entretanto, mas sugiro ao Daniel que faça queixa à GNR.
publicado por Pedro Picoito às 14:02 | comentar | ver comentários (2) | partilhar

Lapso?

Esta história dos posts plagiados por Luís Filipe Menezes é absolutamente deliciosa. Vem hoje no Público: posts inteiros sobre Torga, Bergman, Antonioni e Hiroxima sacados da internet de uma ponta à outra, com erros ortográficos e tudo, e assinados por Menezes no seu blogue. Claro que a culpa não é dele, que nem deve saber o que é isso do blogue, mas do assessor com o pelouro das "novas tecnologias" ou coisa que o valha. Menezes, que quer ser Primeiro-Ministro de Portugal, limita-se a assinar o plágio. Coisa pouca.
O que me arranca gargalhadas, mesmo assim, é a esperteza saloia do dito assessor, ao qual auguro um futuro brilhante e digno dos méritos ora evidenciados, por cuja cabecinha nem sequer passou a remota hipótese de que alguém, nem mesmo um jornalista ansioso por descobrir o mais pequeno escândalo sobre os candidatos, fosse também à wikipedia. Há gente capaz de tudo.
Esta sensação de impunidade estratosférica - ou de pura e simples estupidez, se preferirem - diz muito dos políticos que temos e, pior ainda, que viremos a ter. Porque é óbvio que atrás do blogue está algum ex-jotinha, cheio de ideias para salvar o país e ávido de estrear-se como deputado, vereador - ou menezette. Para já, conseguiu chegar aos jornais: os meus parabéns.
Diz que foi um lapso.
Lapso? Quarenta e cinco linhas sobre Bergman e Antonioni?
Lapso seria pôr esta cambada à frente do PSD.
publicado por Pedro Picoito às 12:39 | comentar | ver comentários (7) | partilhar

Liberalismo=Direita-(moral+valores)?!

Fiquei desiludido com este texto sobre a "direita no século XXI" do André Abrantes Amaral no Insurgente. Não foi só por, afinal, a "direita" ser apenas outra palavra para o que os anglo-saxónicos gostam de chamar "liberalismo clássico" e, portanto, a "direita do século XXI" revelar-se como o liberalismo dos séculos XIX e XX. Não foi só isso. Foi esta impressão com que fiquei de que o texto era contraditório.
.
Com tanta apologia da "liberdade" e da "escolha", desvalorizando-se a "moral e os valores" (escreve AAA: "A escolha é a palavra chave da direita. Já não mais a moral e os valores."), fica por esclarecer qual o sentido de se insistir na "defesa de um valor básico que é a liberdade, alicerçada num princípio basilar que é a responsabilidade". Talvez se pudesse reformular o que está citado acima e dizer o seguinte: "A escolha é a palavra chave da direita. Já não mais a moral e os valores. Excepto a moral da escolha e o valor da liberdade." Parece-me mais apropriado assim. Reflecte melhor o facto de a "moral e os valores" serem coisas peganhentas. E é capaz de ser o único modo de salvar um texto em que se pode ler ainda que a "direita do século XXI" assume "a defesa da pessoa humana e das suas boas decisões individuais, da sua inteligência e da aceitação dos seus resultados."
.
Quando queremos correr com a "moral e os valores" pelo solene portão de entrada, normalmente acabam por entrar pela porta das traseiras, sem que o dono da casa se aperceba.
publicado por Miguel Morgado às 12:07 | comentar | ver comentários (2) | partilhar
Terça-feira, 21.08.07

Não vale a pena...

Não há nada a fazer... Não aprende.
E reincide...
Ainda se fosse humor voluntário, seria genial. Mas não...

(Bem me avisaram...)
publicado por Carlos Botelho às 14:55 | comentar | ver comentários (2) | partilhar

BDP: Braindead Party


"São 11:40, terça-feira, dia 21 de Agosto de 2007. Os acontecimentos em Silves ocorreram no final da manhã da passada sexta-feira, dia 17 de Agosto de 2007. Ou seja, já passaram cerca de 96 horas e o PS nada teve para dizer. Declare-se, consequentemente, a sua morte cerebral."

-- Paulo Gorjão, "O caminho mais rápido para descredibilizar uma causa (XVIII)", Bloguítica
publicado por Miguel Morgado às 13:10 | comentar | partilhar

Alguém viu o Zé? Faz falta.

Uma pequena sugestão para os jornalistas: e se alguém perguntasse ao Zé o que é que ele acha dos acontecimentos de Silves?
Há milhares de lisboetas que gostariam de saber...
publicado por Pedro Picoito às 02:26 | comentar | ver comentários (5) | partilhar
Segunda-feira, 20.08.07

Os Loucos Anos 80 (22)

Os míticos Sanjo: confortáveis, leves, baratos, era usar e deitar fora. Toda a gente tinha uns. Ideais para adolescentes em crescimento acelerado, até porque não duravam muito.
Havia em preto e em branco.
Foram a minha primeira lição prática sobre maniqueísmo e sociedade de consumo.
Um belo dia deixaram de se ver, nunca soube bem porquê. O país mudou, os adolescentes também e parece que a empresa que os produzia foi à falência.
Depois passei para os ténis de marca (aos 14), para os sapatos de vela (aos 15) e para os mocassins (aos 16). Mas não há amor como o primeiro.

publicado por Pedro Picoito às 23:26 | comentar | ver comentários (2) | partilhar

Ainda Portas


Miguel Portas insiste em enredar-se nas suas próprias contradições.
Afinal, o assalto de Silves é mau, não por ser um assalto, mas por ser contra um "pequeno agricultor". O que é preciso é atacar "os verdadeiros responsáveis".
E quem são esses inimigos da Humanidade?
Não diz. Talvez o capitalismo, talvez a burguesia, talvez a exploração do milho pelo homem. O pequeno agricultor é que não. Já se sabe: todos os agricultores são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros.
Entretanto, diz que está com a lei, a Justiça (sim, a dos tribunais, não a revelação a que só os iluminados do costume têm acesso) e até o direito à propriedade privada, "um direito como os outros" que foi posto em causa por um "crime semipúblico". Chamo a atenção dos nossos leitores menos versados nas subtilezas da extrema-esquerda para a revolução em curso: a propriedade privada é um direito como os outros. Esperei a vida inteira por isto. Esperei tanto que, ainda no post de anteontem, Portas recusava condenar o assalto "por qualquer motivo de ordem moralista".
Ou seja, para Miguel Portas, até há dois dias, a defesa da propriedade privada era moralismo...
Há gajos que nunca aprendem.
Ou talvez aprendam.

publicado por Pedro Picoito às 20:08 | comentar | ver comentários (2) | partilhar

Da série "A concorrência faz melhor"

E porque o mundo não é só Silves, recomendo vivamente a leitura deste post do Henrique Burnay.
publicado por Pedro Picoito às 19:55 | comentar | partilhar

Cachimbos

O Cachimbo de Magritte é um blogue de comentário político. Ocasionalmente, trata também de coisas sérias. Sabe que a realidade nem sempre é o que parece. Não tem uma ideologia e desconfia de ideologias. Prefere Burke à burqa e Aron aos arianos. Acredita que Portugal é uma teimosia viável e o 11 de Setembro uma vasta conspiração para Mário Soares aparecer na RTP. Não quer o poder, mas já está por tudo. Fuma-se devagar e, ao contrário do que diz o Estado, não provoca impotência.

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