Sexta-feira, 11.07.08

O Príncipe dos Ladrões


Sócrates, ontem, no debate, lá fez o seu número de virgem pequeno-burguesa chocada que, coitadinha, mal podia acreditar no que tinha escutado. Mau número. Se a gritaria se desse num palco, Sócrates seria homenageado com uma valente pateada e receberia em cheio os merecidos tomates volantes.
Desta vez foi Louçã o alvo (estupefacto) do chinfrim "socrático".
Trata-se duma metáfora idiota e miserabilista: a "Taxa Robin dos Bosques". Não me interessa agora se é justa ou injusta, inútil ou vantajosa para a generalidade do público (embora suspeite que o não é...). A propósito da alegada insuficiência da taxa, Louçã disse qualquer coisa do género: 'O verdadeiro Robin dos Bosques não se reunia com os ladrões dos castelos e dividia o roubo com eles - três para ti, um para mim.'
É claro que a imagem de Louçã não foi inocente. Nem o podia ser - se não, para quê dá-la? Mas Sócrates aproveitou o pretexto retórico e, de esguelha, não frontalmente, lá se meteu pela costura. Todos pudemos assistir à teatrada - os trejeitos indignados, as caretas assanhadas, o dedo tiranete espetado quando bradava banalidades como 'o insulto é a arma dos fracos!' (desde que a descobriu, que não se cala com aquilo) e chegou à desfaçatez de gritar para o outro 'tenha tento na língua, sr. deputado!'. A cegarrega lá continuou - e receio bem que tenha exagerado no número: prolongou demasiado a coisa, repetiu as tiradas escandalizadas para lá do suportável, isto é, somou ridículo ao ridículo. Parece-me que, a partir de certa altura, já ninguém conseguia ouvir o homem e todos estavam já incomodados com a cena.
Mas, na verdade, Louçã limitou-se a prolongar a metáfora - que Sócrates cria benéfica para si. A este caso, não se aplica o omne simile claudicat, mas apetece dizer omne simile mordet... Se eu me referir a um indivíduo como burro, estou a querer dizer que a criatura é um simpático quadrúpede de orelhas felpudas? Não. Quero dizer que é estúpido ou teimoso. Se eu disser que Sócrates saiu do debate a lamber as feridas, será que todos me vão saltar em cima acusando-me de lançar o boato dum acidente grave do primeiro-ministro e a calúnia duma sua curiosa parafilia? Se eu disser que Maria de Lurdes Rodrigues é uma harpia, quero dizer que se empoleira na Cinco de Outubro uma monstruosa criatura em topless, com corpo de abutre e que de mulher só tem a cabeça? Claro que não. Talvez pretenda que a personagem é malfazeja e grotescamente desagradável nas suas medidas. Sócrates faz autênticas palhaçadas? O quê, ele apresenta-se com uma bola vermelha no nariz e peruca cor de laranja? Ou trata-se das suas momices e gritaria pouco próprias? A generalidade do Grupo Parlamentar do PS parecia ontem um rebanho? Quer isto dizer que, de repente, no calor da tarde, por sádico milagre, os deputados se viram sufocados numa lã espessa enquanto baliam aflitos?
publicado por Carlos Botelho às 01:52 | comentar | ver comentários (6) | partilhar
Quinta-feira, 10.07.08

A escola explicada ao Governo

'É a escola exigente que é inclusiva.'

Paulo Rangel, hoje, no debate do Estado da Nação.
publicado por Carlos Botelho às 20:10 | comentar | ver comentários (1) | partilhar

Ironia do dia

Sócrates dizendo para Louçã:

'Senhor deputado, tenha tento na língua!'
publicado por Carlos Botelho às 19:42 | comentar | partilhar

O estado do primeiro-ministro

Como se viu hoje no Parlamento, temos um primeiro-ministro sem estofo democrático. Alguém em que habitasse um mínimo de autenticidade democrática nunca teria dito aquelas piadinhas de gosto duvidoso sobre o próprio Parlamento ("Caírem os parentes parlamentares à lama, porque a pompa e circunstância parlamentar não permite ir à internet!"), depois de Paulo Rangel se ter limitado a chamar a atenção para o papel axial daquela Assembleia. Rangel relembrou que aquele é o sítio onde os governos têm a obrigação de prestar contas das suas opções políticas às oposições. Ali, aos deputados, perante todos - e não remetendo para a web, para os jornais ou para outra instância qualquer que não aquela. Só alguém que não respeita, de facto, o parlamento se permite troçar dele daquela maneira.
No que é secundado pressurosamente por outros. Alberto Martins confirmou o que eu já tinha dito aqui. E houve um ministro que, não correspondendo à sua pasta, pareceu apostado em se rebaixar tristemente à como que função de bófia(*) de serviço que vem, prazenteiro, em agrado do chefe, brandir os documentozinhos supostamente incriminatórios do adversário - que não responderam em nada ao que era perguntado e apenas "incriminaram" a miséria própria.
O primeiro-ministro prosseguiu depois com o seu habitual trato desrespeitoso, trocista, dos opositores - louve-se a paciência de Jerónimo de Sousa e de Paulo Portas... Imagine-se o que seriam aquelas sessões parlamentares, se os seus interlocutores usassem para com Sócrates daquele tom de chalaça de apoucamento (autêntica expressão de arrogância malcriada) que ele constantemente usa para com eles.
Falando seriamente, uma personagem com o carácter e a maneira de ser do nosso primeiro-ministro não destoaria numa qualquer tirania do século XX. Indiferentemente da ideologia.

(*) - Sim, bófia e não polícia, porque esta última palavra, pelo seu parentesco com polis e política, conserva ainda uma dignidade genética.
publicado por Carlos Botelho às 19:14 | comentar | ver comentários (1) | partilhar

E se o PSD ganha em 2009? (II)

Manuela Ferreira Leite já ganhou a primeira batalha: marcar a agenda.
Enquanto Menezes ia reboque dos acontecimentos e disparava em todas as direcções, Manuela fala pouco mas entra a matar.
Pôs o país a discutir a crise quando Sócrates negava a crise.
Obrigou o Governo a aumentar o abono de família e a descer o IVA e o IMI (tudo simbólico, claro, mas aqui o que conta é o simbolismo).
Lançou o debate sobre obras públicas que eram um dado adquirido.
Até a famosa sociedade civil, da SEDES à ILGA, comenta o novo rumo do PSD - no caso da ILGA em sintonia com o PS, um bom sinal de que as águas à volta da maioria começam a agitar-se com a mudança do vento laranja.
publicado por Pedro Picoito às 17:25 | comentar | ver comentários (6) | partilhar
Quarta-feira, 09.07.08

Caro Filipe

Isto não se faz...
publicado por Pedro Picoito às 22:25 | comentar | ver comentários (3) | partilhar

E se o PSD ganha em 2009?

A pergunta, se feita há três meses, suscitaria uma óbvia gargalhada. Menezes reinava com punho de plástico e o PSD afundava-se gloriosamente nas sondagens e no surrealismo.
E hoje? Bem, a hipótese de uma vitória laranja nas próximas legislativas já abandonou o domínio do absurdo. A prova é que tu, caro leitor, continuas a ler este post. A prova é que Sócrates foi à RTP um dia depois de Manuela Ferreira Leite ser entrevistada na TVI. A prova é que o líder parlamentar da maioria se atirou à mesma entrevista em plena Assembleia da República. A prova é que um Ministro respondeu a um Vice-Presidente do PSD que lhe pediu contas.
Isto mudou muito. E vai mudar ainda mais. A crise económica, ao que tudo indica, vai piorar. O Ministro da Agricultura não vai melhorar. A Ministra da Educação vai propor todos os estudantes portugueses ao Nobel da Física. E a realidade não vai ser abolida por decreto, apesar da sugestão de Rui Ramos e da vontade do Governo.
publicado por Pedro Picoito às 21:25 | comentar | ver comentários (12) | partilhar

Uma boa notícia

O Paulo Gorjão voltou.
publicado por Pedro Picoito às 17:57 | comentar | ver comentários (3) | partilhar

E tiros ao lado

Isto não é verdade. E "isto" relativamente ao segundo parágrafo, porque o primeiro é uma intriga de sacristia que não interessará nem ao menino Jesus. António Sampaio e Mello é uma excelente escolha de Manuela Ferreira Leite, acrescenta ao que já se sabia e que sucessivamente se vem reconfirmando: os melhores políticos são aqueles que criam riqueza à sua volta e maximizam o "output", e não aqueles que tudo secam e tudo controlam para maximizar a aparência de brilho na performance pessoal (ex: Sócrates), curiosamente a que menos importa, ao contrário dos resultados colectivos, pois são estes últimos que aumentam o bem estar.

Voltando então ao rótulo colado na Atlântico a António Sampaio e Mello, talvez seja útil relembar que ASM é assessor económico de Obama, o que, no limite, talvez faça duvidar do rótulo. Mas quem tiver tempo e interesse poderá ler aqui o que ASM escreve sobre "O lucro como objectivo da empresaI. O homem racionalmente egoísta: uma metáfora dogmática", "A maximização de valor para o accionista não é consentânea com o óptimo social.", "bom e mau capitalismo", "A divisão do lucro: equidade e justiça social" ou sobre " Do contrato social à dedicação ao próximo". E quem a isto acrescentar outras leituras sobre a economia portuguesa e mundial do mesmo autor só pode concluir que, com algumas e sempre existentes divergências aqui e alí que só trazem beneficío à equipa, encaixa sem surpresas.
publicado por Manuel Pinheiro às 13:08 | comentar | ver comentários (6) | partilhar
Terça-feira, 08.07.08

A obra menor

No Público de Domingo, Maria Filomena Mónica despachava o 1984 de Orwell como "uma obra menor".
No comments, dear.
publicado por Carlos Botelho às 23:15 | comentar | ver comentários (8) | partilhar

Taxi driver

Todos nós fomos já alguma vez conduzidos por um taxista que preconizava, prometia o fuzilamento expedito de toda a gente prà esquerda do PSD. Nalguns casos mais voluntariosos, nem certos militantes deste último escapavam. Numa ocasião, afagando já nervoso o meu pescoço, conheci um que, douto, me garantia que o Saddam tinha apenas querido salvar o Koweit. Mas, ingénuo, caíra vítima dos Judeus, dos Americanos (comprados por aqueles) e dos Comunas - em aliança contra naturam.
Dentro do mesmo grupo, há aqueles que, enfurecidos com a dissolução dos costumes, vociferam o espancamento terapêutico dos maricas ou os que propõem, com aritméticas exclusivas, a benéfica expulsão dos imigrantes. Outros, deprimidos com a nossa despudorada caldeirada rácica, encontram aí a razão da nossa preguiça, da nossa incompetência, do nosso atraso. O raio do atraso. A esta, pode chamar-se a classe do taxista ultra.

Mas há uma outra espécie (do mesmo género): que o outro é que tinha razão, devia era tê-los fuzilado a todos no Campo Pequeno [os fuzilamentos são irresistíveis], que este povo é muito atrasado, mesmo muito atrasado - é a influência dos padres [o ideal, ideal era fuzilá-los, claro] e que, como Você deve saber, as mentalidades, é uma chatice, custam muito a mudar, a porra das mentalidades! - atrasadas, este povo é de uma mentalidade... [neste ponto nota-se sempre um genuíno sofrimento argumentativo] ...mesmo atrasada! Este povo precisa de ser educado - mudar-lhe as mentalidades, pra ficar mais aberto! Esta é a classe do taxista radical.
Apercebi-me que muitos dos que andam por aí agora a rosnar o "atraso das nossas mentalidades", de "tolerância" desfraldada, a respeito do tema candente da moda, padecem, pela songa, da síndroma do taxista radical.
publicado por Carlos Botelho às 22:48 | comentar | ver comentários (3) | partilhar

Um evento, dirá a esquerda

(Clique na imagem para aumentar, dirá a direita.)
publicado por Pedro Picoito às 19:41 | comentar | ver comentários (3) | partilhar

Europa

Quando o "não" irlandês travou a marcha triunfal do Tratado de Lisboa, nem tive tempo de explicar as razões da minha pequena alegria. Reencontrei-as hoje, ao voltar a um dos mais brilhantes livrinhos que se têm escrito sobre a história do Velho Continente, e por um mestre insuspeito.
Há tradução, mas deixo-vos com o francês original.

"Même en ses périodes d`unité, l`Europe a été diversité, que ce soit sous l`Empire romain, sous la Chrétienté ou dans la révolution industrielle. La longue durée de l`Europe est une dialectique entre l`effort vers l`unité et le maintien de la diversité. C`est pourquoi la formule d`une Europe des nations me semble actuellement la mieux adaptée aux besoins d`une unité européenne."

Jacques Le Goff, La Vieille Europe et la Nôtre, Seuil, 1994, p. 62.
publicado por Pedro Picoito às 14:01 | comentar | ver comentários (5) | partilhar

Da série "A concorrência faz melhor"

O Pedro Caeiro é um dos tesouros escondidos da blogosfera. Ora leiam isto e deliciem-se, por favor.
publicado por Pedro Picoito às 13:28 | comentar | partilhar

Responsabilidades sobre os devolutos?

No centro histórico ou em excelentes localizações em Lisboa? Existem várias causas históricas sobre as quais nem vale a pena conversar. Mas dentro das soluções actuais, imaginem quem é a maior força de bloqueio: A Câmara Municipal de Lisboa. É para eles que deve ir essa medalha de quem mais contribui para que as coisas efectivamente não desbloqueiem. O Urbanismo da CML, os seus arquitectos, engenheiros, coordenadores de zona, chefes de divisão, directores municipais, vereadores e, sempre, os Presidentes. Para eles porque mesmo que se queixem de algum enquadramento legislativo e burocrático que não controlam na totalidade, são sempre capazes de dar (passado muito, muito tempo) a interpretação que mais prejudique o cidadão. Quem queira demonstrar o nível assustador de incompetência e de dano real que alguma administração pública consegue fazer em Portugal, tem alí um dos melhores exemplos.
publicado por Manuel Pinheiro às 12:07 | comentar | partilhar
Segunda-feira, 07.07.08

Alberto Martins na máquina do tempo

Se, por magia ou sortilégio técnico, transplantássemos o Alberto Martins que temos hoje para Abril de 1969, para aquela famosa cerimónia no edifício das matemáticas na Universidade de Coimbra, com a presença de Américo Thomaz, ele, o presidente da Associação Académica, de capa e batina, interromperia a sessão e diria, como realmente disse: 'Vossa Ex.ª, Senhor Presidente da República, dá-me licença que use da palavra nesta cerimónia em nome dos estudantes da Universidade de Coimbra?'. Thomaz, irritado, diria que sim, mas que primeiro falaria um ministro. O que realmente aconteceu. Fez-lhe assim crer que lhe daria a palavra depois. Só que, nesta nossa cambalhota mágica do tempo, o Presidente da República não enganaria o estudante. Porque se tratava, não esqueçam, do Alberto Martins de hoje.
Consentido, diria depois: 'Pedi a palavra a Vossa Ex.ª, Senhor Presidente, para, como dirigente estudantil, protestar aqui o apoio incondicional dos estudantes de Coimbra ao Senhor Ministro da Educação Nacional. E quero também salientar o esforço abnegado de Vossa Ex.ª, que se encontra aqui pela primeira vez não tendo cá estado antes, em lutar contra os elementos subversivos que procuram minar os fundamentos espirituais da nossa Pátria. Há sempre elementos da oposição dispostos a denegrir as boas medidas do Governo de Portugal. Não quero terminar, sem antes sublinhar aqui o papel incansável de Sua Ex.ª, o Senhor Presidente do Conselho, como esteio, amparo seguro da nossa grande Nação multirracial.'
E sorriria para os lados.
publicado por Carlos Botelho às 23:07 | comentar | ver comentários (12) | partilhar

Tais toi, donc

O prometido artigo de Isabel Pires de Lima sobre o pólo nortenho da Cinemateca aí está, no Público de hoje. E se os contributos de Bénard da Costa e Luís Miguel Cintra já não se recomendavam, este então é de fugir.
Não sei o que será mais doloroso: se o pastiche inepto de Camilo (a referência a Ceide, onde o escritor se matou, não é lá muito feliz... para a própria), se a tentativa de ter graça, se a presunção e a água benta, se a pura e simples grosseria, se o nível a que faz descer a polémica, se a lembrança de que a autora foi em tempos Ministra da Cultura.
Em todo o caso, a deputada pelo Porto não prestou exactamente um serviço à causa. Quem gosta de cinema e vive no Norte bem pode agradecer-lhe.
publicado por Pedro Picoito às 17:25 | comentar | ver comentários (8) | partilhar

Cachimbos de lá

Honoré Daumier, Cachimbada matinal (s.d.)
publicado por Pedro Picoito às 12:11 | comentar | partilhar

Cartel no preço dos combustíveis?

Desde que o preço dos combustíveis foi liberalizado, pela Portaria n.º 1423-F/2003, o gasóleo aumentou para o dobro e a gasolina 95 para mais de metade dos anteriores preços tabelados.
Três factores contribuem para estes aumentos drásticos.
O primeiro é a subida do preço da matéria-prima nos mercados internacionais. Especulativo ou não, é um fenómeno essencialmente externo, pouco podemos fazer para contrariar esta tendência.
O segundo é o factor fiscal. Os impostos (ISP e IVA) têm um elevado peso na formação do preço final: 59,2% (gasolina 95) e 47% (gasóleo), segundo o recente Relatório da Autoridade da Concorrência (AdC). O menor peso dos impostos em Espanha explica a diferença de preço quando cruzamos a fronteira.
O terceiro factor é o mais complexo: a estrutura do mercado em Portugal. A Galp Energia é monopolista na refinação de combustíveis, controla mais de 75% da capacidade total de armazenagem e abastece mais de 80% dos combustíveis vendidos ao público (Relatório AdC, pg. 15). Claro que há coincidências difíceis de explicar, como a subida quase simultânea de certos preços. Reconheço não ter o dom da omnisciência do dr. Louçã, que lhe permite conhecer o “cartel de facto” dos combustíveis. Mas sei que um cartel implica alguma forma de concertação (mesmo que tácita) entre os operadores. O Direito baseia-se em factos (não em suposições), até agora não encontrados pela AdC, apesar dos oito processos de investigação em curso.
O Tribunal de Justiça europeu afirma: “Um paralelismo de comportamento não pode ser considerado como fazendo prova de uma concertação, a menos que a concertação constitua a única explicação plausível para esse comportamento.” (Ac. Partecepazioni, 1999). Ora, talvez os comportamentos paralelos dos últimos meses possam ser explicados pelas condições estruturais do mercado nacional: níveis elevados de concentração, produto homogéneo, reduzida elasticidade da procura a variações de preços, estrutura de custos semelhante, fácil monitorização de preços. Recordo que a Lei da Concorrência não proíbe que os operadores se adaptem de modo inteligente (desde que unilateral) às características do mercado. A Teoria dos Jogos ajuda a explicar alguns fenómenos dos mercados oligopolista, como o português.
Não vale a pena iludirmo-nos com teorias conspirativas para esconder o problema de fundo, para o qual só existem soluções de longo prazo: consumir menos petróleo e procurar alternativas energéticas. Tudo o resto é cavalgar na onda populista do choque petrolífero.

[Versão completa do texto no Diário Económico]
publicado por Paulo Marcelo às 11:38 | comentar | ver comentários (5) | partilhar
Domingo, 06.07.08

Calendário rosa é ainda melhor

Por aqui, tal é já o desespero da permanente cruzada "socrática" (até agora sob a capa desarmante de uma espécie de amena "sensatez" burguesa), que até já se finge não perceber que há, pelo menos, uma diferença entre 2004 e 2008. Uma diferença de calendário. Quatro aninhos. Que, em política, pode ser uma diferença enorme.
Como se as opções políticas não se tomassem em função das condições concretas ao tempo. Mas é preciso dizê-lo?
publicado por Carlos Botelho às 16:33 | comentar | ver comentários (5) | partilhar

Cachimbos

O Cachimbo de Magritte é um blogue de comentário político. Ocasionalmente, trata também de coisas sérias. Sabe que a realidade nem sempre é o que parece. Não tem uma ideologia e desconfia de ideologias. Prefere Burke à burqa e Aron aos arianos. Acredita que Portugal é uma teimosia viável e o 11 de Setembro uma vasta conspiração para Mário Soares aparecer na RTP. Não quer o poder, mas já está por tudo. Fuma-se devagar e, ao contrário do que diz o Estado, não provoca impotência.

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