Terça-feira, 30.09.08

A solução? Desregular

Agora que todo o sistema financeiro está perto do colapso, o regulador decide eliminar uma das regras responsáveis pelo desastre. Antes tarde do que nunca.
publicado por Joana Alarcão às 22:57 | comentar | ver comentários (2) | partilhar

Da Série "Grandes Títulos"

House to Wall Street: Drop dead
publicado por Manuel Pinheiro às 12:54 | comentar | partilhar

Quem diz que a Justiça em Portugal não funciona?

Li aqui que Alberto João Jardim foi condenado a pagar a Edite Estrela uma indemnização de 20 mil euros. Parece que Alberto João descreveu as críticas de Edite Estrela à sua governação como uma "peixeirada". É sempre com comoção que assisto ao cumprimento da justiça. Em particular, num assunto tão grave como este. Agora já tenho uma resposta na ponta da língua para aquele meu amigo que passa a vida a dizer que em Portugal a justiça não toca nos "poderosos". Pensando bem: será que tenho?
publicado por Miguel Morgado às 11:58 | comentar | ver comentários (3) | partilhar

Democracia Política

Uma maioria confortável na Câmara dos Representantes rejeitou ontem o "Plano Paulson". Em rigor, ninguém sabe muito bem se o dito Plano, caso viesse ou venha ainda, mas com outro nome, a ser posto em prática, é capaz de resolver a crise financeira norte-americana e mundial. Só se sabe que a votação da Câmara dos Representantes - tanto esta que rejeitou o plano como uma outra que o tivesse aprovado - foi uma vitória da democracia política. Viva, portanto, a democracia num momento em que os tecnocratas esclarecidos e muitos neo-keynesianos suspiram pela instauração de uma qualquer espécie de despotismo, seja ele iluminado ou não.
publicado por Fernando Martins às 00:05 | comentar | partilhar
Segunda-feira, 29.09.08

Quarteto de Outono

Por que é que o início do Outono é financeiramente tão infeliz?
publicado por Miguel Morgado às 23:40 | comentar | ver comentários (2) | partilhar

"Look at me, I've got a bracelet too!"

publicado por Joana Alarcão às 20:40 | comentar | ver comentários (7) | partilhar

Uma evidência...

...invisível para o primeiro-ministro, para a ministra da Educação e para outros:

publicado por Carlos Botelho às 02:10 | comentar | ver comentários (8) | partilhar
Domingo, 28.09.08

Descubra o erro

Leia esta frase: "Tendo em conta as suas confrangedoras prestações televisivas e forma como a campanha de McCain tenta a esconder Palin do escrutínio dos media, parece ser incontestável que a Governadora do Alaska é absolutamente incompetente para o cargo para que foi nomeada." Consegue descobrir o erro no argumento sem ajuda? Sobre as capacidades intelectuais do autor devemos lançar um véu de polidez. Mas se o argumento é um argumento com peso nesta campanha política, se os eleitores americanos se sentem hoje inclinados a votar num candidato político em função das suas habilidades televisivas, se identificam prestação televisiva e competência para o cargo, então temos de retirar as conclusões devidas sobre o declínio do seu sistema político.
publicado por Joana Alarcão às 21:01 | comentar | ver comentários (30) | partilhar
Sábado, 27.09.08

Dia Mundial do Turismo


Já que é o dia do turismo, e Bernardo Trindade, o sec. estado do sector, diz que já não tem mais trabalho (o Programa do Governo para a área do turismo está concluído, ao fim de três anos e meio de legislatura”) acho que vale a pena fazer um breve balanço do que foi feito por este governo no sector.
Em primeiro lugar, as pessoas: tenho uma certa estima pelo secretário de estado, porque trabalhou em empresas privadas (Grupo BES) antes de ocupar este posto, e isso nota-se no modo como tenta ajudar os privados; mas também tenho pena dele, porque não tem poder, e isso também se nota. Quem tem o poder é o chefe do Turismo de Portugal, Luís Patrão, porque é quem tem o dinheiro. É o califa no lugar do califa.
Em segundo lugar, o que foi feito: o PENT e o TP,ip. O PENT é o plano de desenvolvimento do turismo em Portugal, uma ideia bem socialista, mas que quem trabalha no sector agradece porque ao menos explica como é que o Estado quer dirigir o sector. O Turismo de Portugal ip é um resultado visível do Simplex, que juntou uns quantos organismos num só, e que tem feito um trabalho interessante. Ganhou agora o prémio do melhor Europe's LeadingTourist Board, e ainda tem uma enorme margem de progressão.
E, por fim, a formação. Este é o aspecto mais importante do turismo em Portugal, porque o crescimento esperado para a próxima década vai criar dezenas de milhar de novos empregos nesta área (p.ex., de 5 hotéis 5* no Algarve em 2003 passaremos para 32 em 2011), e é preciso ter gente formada para os ocupar. Por um lado, a mentalidade estatista na Educação também se aplica no Turismo: o TP,ip só ficará contente quando toda a formação dada em Portugal no âmbito do turismo for feita em entidades do Estado. Por outro, vale a pena saudar a entidade que hoje foi apresentada, o Hospitality Management Institute, porque pode ser que venha a ser um bom instrumento de formação de executivos.
publicado por Joana Alarcão às 18:48 | comentar | partilhar

Breve pausa nas eleições americanas para explicar a origem do mundo (I)



Num post aí mais abaixo, discuto com Palmira Silva o que é ou deixa de ser o criacionismo. O pretexto, inevitavelmente, é Sarah Palin e as suas malfeitorias, mas a questão vai mais longe. A questão, como tentei explicar sem sucesso, gira à volta do lugar dos crentes na democracia.

Comecemos por lembrar algumas evidências sobre o criacionismo. Em sentido genérico, pode chamar-se criacionismo a qualquer doutrina que afirme que o universo foi criado por Deus. Quase todas as religiões, incluindo obviamente o Cristianismo, são criacionistas neste sentido e são compatíveis com a teoria da evolução das espécies, uma vez que nem Darwin prova a inexistência de Deus nem as religiões se opõem em geral ao estudo científico do universo. Num sentido mais restrito, dá-se o nome de criacionismo à crença na verdade literal do relato bíblico da criação em seis dias e há cerca de 6000 anos, crença hoje confinada a algumas igrejas protestantes que põem em causa o evolucionismo. Outra coisa ainda é o intelligent design (ID), uma teoria surgida na América em meios próximos do criacionismo literal e que, a partir de dados da observação científica, diz mais ou menos o seguinte: o conjunto de características físicas e químicas que, em dado momento, permitiu o aparecimento da vida na Terra é tão extraordinário e único no universo que nunca poderia explicar-se pelo acaso e, portanto, prova racionalmente a existência de uma vontade superior à natureza. (cont.)
publicado por Pedro Picoito às 18:19 | comentar | ver comentários (30) | partilhar

Paul Newman

Uma pausa na rodagem do Exodus [1960]
publicado por Carlos Botelho às 16:56 | comentar | partilhar

Ruy Belo por Mexia

Gostei da crónica do Pedro Mexia sobre Ruy Belo, no Público de hoje (parcialmente disponível aqui). Mexia faz de Belo uma leitura visceral, pessoal, íntima, como muitos católicos da geração anterior que se incluem a si mesmos entre os "vencidos do catolicismo", na expressão do poeta que João Bénard popularizou, querendo nomear todos aqueles que, nos difíceis anos 60 e 70, se afastaram da Igreja sem perder a fé.
Não tem uma opinião distanciada, nem quer ter, nem é talvez possível tê-la sobre esta poesia tão confessional. O próprio Mexia nos diz que se reconhece "na sensação de vencidos do catolicismo", o que é raro na nossa geração - em que todos os católicos são vencidos. "Católico como ele, vivi um confronto semelhante, embora tão diferente, já não com a cultura oficial católica mas com o catolicismo feito resquício de um universo que acabou, ridicularizado na praça pública, vinte séculos de ideias sobre a graça, o perdão e a substância do tempo afunilados na mercearia dos costumes sexuais."
Apesar dos pesares, vale a pena voltar a Ruy Belo porque os "vinte séculos de ideias sobre a graça" talvez tenham algo a dizer ao nosso "tempo detergente".
publicado por Pedro Picoito às 13:35 | comentar | partilhar

Da Série "Eu Sei Quem Tu És"

"So has Fr. Sirico mixed libertarian heresy about human freedom into his Christian view of morality and law? I’ll leave that for him to reflect on. But it isn’t difficult to imagine how a person can be so committed to free markets and minimal government that he erroneously discerns an antitax message in Catholic moral theology, and thereby engages in the error biblical scholars call “eisegesis,” reading into someone else’s position what you want to find there."
(P.S. Leste isto, Chelo?)
publicado por Miguel Morgado às 13:14 | comentar | ver comentários (1) | partilhar

O melhor resumo

"Before I get spun, I'd say: small, Pyrrhic victory for McCain. McCain wanted to make Obama seem naive and inexperienced. He did about 40% of that. Obama wanted to make McCain seem dangerously ambitious, bellicose and hotheaded. He did 0% of that. But a) the foreign policy stuff came after a long period on the economy, where McCain seemed a bit frenetic and Obama had the upper hand; and b) Obama didn't seem non-credible, which may be enough to carry him through given all the other advantages he has." Aqui.
publicado por Joana Alarcão às 05:27 | comentar | ver comentários (2) | partilhar

He says, “We're going to wipe Israel off the face of the Earth,” and we say, “No, you're not?”

O outro momento do debate. Quanto às sondagens: irrelevantes. Não interessa quem as pessoas pensam que ganhou o debate. Interessa em quem tencionam votar em Novembro. Ganhar um debate significa ganhar com o debate.
publicado por Joana Alarcão às 05:14 | comentar | ver comentários (1) | partilhar

Se isto não é uma gaffe?



Ver o fim do video. Resta saber até que ponto a maior gaffe da campanha até agora penetrará o silêncio imposto pelos media. É claro que a hostilidade entre a campanha de McCain e a imprensa foi um erro possivelmente fatal. Os media de referência são mais poderosos do que há quatro ou oito anos. E McCain levou o conflito muito mais longe e mais a sério do que Bush.

publicado por Joana Alarcão às 04:52 | comentar | ver comentários (3) | partilhar

Obama perde debate?

publicado por Joana Alarcão às 03:57 | comentar | partilhar

Primeira impressão

Muito claro porque McCain pensa que não se deve votar Obama. Não creio que Obama tenha conseguido explicar porque não se deve votar McCain. Pelo contrário, a sua preocupação foi insistir na coincidência de opiniões entre os dois. Não quero chamar imediatemente a isto um erro, mas é uma estratégia que me deixa perplexo. Mais comentários em breve.
publicado por Joana Alarcão às 03:45 | comentar | partilhar

Novas sondagens estaduais

Não é o desastre para McCain. Um mau resultado na Virginia, que na minha opinião é um estado que McCain tem de ganhar. Mas o resto continua estável, contra todas as previsões. Se me dissessem há duas semanas que McCain sobreviveria a um colapso em Wall Street, decerto não acreditaria. Isto revela uma resistência a Obama que não pode deixar de preocupar a sua campanha. Afinal, a situação nos mercados financeiros só pode melhorar.
publicado por Joana Alarcão às 01:54 | comentar | ver comentários (1) | partilhar

30 minutos antes do debate McCain-Obama

São raros os posts que me ajudam a olhar a realidade política com maior transparência. Miguel Morgado escreveu um post assim. Concluiu que o grande mérito de McCain foi o de ter conseguido transformar, aos olhos dos americanos, uma crise de natureza financeira numa crise com implicações no plano da segurança nacional. Se Obama podia surgir alguns dias atrás como o candidato mais indicado para atenuar os efeitos de uma crise radicada na Administração Bush, neste preciso momento em que escrevo, McCain surge aos olhos dos americanos como o candidato mais habilitado a assumir o posto de "comandante-em chefe" que os Estados Unidos necessitam.
publicado por Nuno Lobo às 01:30 | comentar | ver comentários (1) | partilhar

Cachimbos

O Cachimbo de Magritte é um blogue de comentário político. Ocasionalmente, trata também de coisas sérias. Sabe que a realidade nem sempre é o que parece. Não tem uma ideologia e desconfia de ideologias. Prefere Burke à burqa e Aron aos arianos. Acredita que Portugal é uma teimosia viável e o 11 de Setembro uma vasta conspiração para Mário Soares aparecer na RTP. Não quer o poder, mas já está por tudo. Fuma-se devagar e, ao contrário do que diz o Estado, não provoca impotência.

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