Domingo, 30.11.08

A guerra no Iraque foi "positiva"?

Podiam ter dito isto umas semanas mais cedo. Seria mais honesto.
publicado por Joana Alarcão às 07:14 | comentar | partilhar

Os Loucos Anos 80 (71)

Pois é, devotos dos loucos anos 80, we're here to stay.
publicado por Miguel Morgado às 00:00 | comentar | partilhar
Sábado, 29.11.08

Ainda que mal pergunte

A presença das delegações de Cuba e da Coreia do Norte no Congresso do PCP é uma ironia?
publicado por Pedro Picoito às 23:25 | comentar | ver comentários (5) | partilhar

Boa malha

'Bem se pode dizer, camaradas, que basta o Bloco [de Esquerda] soltar um espirro, que logo muitos jornalistas se constipam!'
Jerónimo de Sousa, esta manhã, no XVIII Congresso do PCP
publicado por Carlos Botelho às 14:09 | comentar | ver comentários (3) | partilhar

Da série "A concorrência faz melhor"

"Museus", pelo Paulo Tunhas. Concordo da primeira à última linha.
Acrescento apenas que este novo-riquismo museológico parece ser uma fatalidade do governo Sócrates. Se bem se recordam, foi Isabel Pires de Lima quem inaugurou o estilo ao trazer uma exposição de terceira linha do Hermitage, devidamente propangadeada como um investimento milionário na "cultura", quando não havia dinheiro para abrir o Museu de Arte Antiga à hora do almoço.
Foi-se a Ministra, ficou a mania. Que nem sequer é das grandezas.
publicado por Pedro Picoito às 11:35 | comentar | partilhar

Citação do dia

Antes que me venham com Marx e Montesquieu, deixo-vos uma do Georges Brassens que ouvi hoje de manhãzinha:
Mais bêtement, même dans l`orage,
Les routes vont vers des pays ("Le parapluie").
Especialmente dedicada a todos os que ficaram "intranquilos" com a nova vida do Instituto Sá Carneiro.
publicado por Pedro Picoito às 11:30 | comentar | partilhar

Ainda o IFSC

A renovação que está a decorrer no IFSC é a institucionalização de uma plataforma de participação e produção de pensamento que há muito era necessária no PSD, quer pela essência dos conteúdos quer pela forma como, pelo menos em parte, eles são produzidos e disponibilizados: " A nossa sede será o site do Instituto". O renovado IFSC não é propriedade de um militante nem tem como propósito ser um veículo de suporte de carreira de ninguém, é antes uma mudança estrutural na filosofia de trabalho do partido e do instituto que perdurará mais além da permanência dos actuais militantes que por ele temporariamente zelam na actual administração e nos vários grupos de trabalho. Por não estar vinculado ao destino ou vontade eleitoral de um qualquer militante em particular é mais inclusivo, por isso pode pensar em prazos e moldes distintos, criando e legando uma ferramenta de trabalho que poderá ser utilizada e melhorada por intérpretes distintos. Por último, sei bem que no país da crítica normalmente não cai bem o elogio, mas o reconhecimento do mérito neste processo é importante, e ele vai direitinho para as actuais direcções do PSD e do IFSC, personificadas na Manuela Ferreira Leite e no Alexandre Relvas. Escrevi em tempos que os melhores políticos são aqueles que criam riqueza à sua volta e maximizam o "output", e não aqueles que tudo secam e tudo controlam para maximizar a aparência de brilho na performance pessoal (ex: Sócrates), curiosamente a que menos importa, ao contrário dos resultados colectivos. O renovado IFSC é prova disso. Mais resultados virão.
publicado por Manuel Pinheiro às 01:57 | comentar | partilhar
Sexta-feira, 28.11.08

Surrealismo e arroz de polvo

Na blogosfera, algumas das reacções ao lançamento do site do Instituto Sá Carneiro aproximam-se do surrealismo.
O Vasco Campilho diz sem dizer (estou capaz de evocar o Passos Coelho, não fosse a nostalgia), que o referido site não passa de um plágio da plataforma Construir Ideias. Parece que há certas coincidências de palavras como plataforma, construir e ideias, muito suspeitas quando se está perante duas plataformas para construir ideias, que levam o Vasco a sustentar a imitação. O caso só se resolve, julgo eu, proibindo o Instituto Sá Carneiro de usar os termos constantes do Index passoscoelhista. Sugiro em alternativa - que não em alternância, nunca em alternância - os originais "submarino", "desconstruir" e "unicórnios". É isso. Que tal fazer do site um submarino para desconstruir unicórnios? Está bem assim?
Mas palma do delírio vai para os que não perderam velhos hábitos, apesar de servirem novos monges. A cabala, sempre a cabala. Não esqueceram nada e não aprenderam nada. Aqui, por exemplo, descobre-se que um almoço de Alexandre Relvas com meia dúzia de bloggers a fim de divulgar o site (e para o qual também fui convidado) nada mais é do que uma capciosa traição a Manuela Ferreira Leite. A mesma Manuela Ferreira Leite que, algumas horas depois, presidiria ao lançamento do site cuja direcção ela própria confiara a Alexandre Relvas. Ah, e a ementa está incompleta. Falta a entrada que, contam-me as minhas fontes (até eu tenho fontes), foi o melhor da coisa.
Há gente que pensa pelos cotovelos.
publicado por Pedro Picoito às 22:30 | comentar | partilhar

A Inglaterra e o Futuro

Ao que parece, as autoridades indianas indicam que alguns dos terroristas (pelo menos 2, mas o número pode chegar a 7) que atacaram Mumbai são cidadãos britânicos, nascidos em solo inglês. É verdade que o Primeiro-Ministro Gordon Brown desmentiu que houvesse, por enquanto, informações confirmadas desse facto. Mas também é provável que Gordon Brown não podia ter dito outra coisa. Afinal, Brown apenas disse que o Primeiro-Ministro indiano nada mencionara a esse respeito na conversa telefónica que tivera lugar alguns momentos antes desta declaração. Seja como for, ninguém duvida de que as informações avançadas pelos indianos sejam plausíveis.
Talvez isto sirva de lição (embora outros exemplos pudessem ser dados) a todos os que há uns tempos, aqui em Portugal, juravam solenemente que havia um "modelo anglo-saxónico" de integração das comunidades imigrantes infinitamente mais bem sucedido do que o "modelo francês". Por "modelo anglo-saxónico" os nossos avisadíssimos "analistas" não se referiam apenas ao modelo americano, mas também ao inglês. Só em França é que havia revoltados, excluídos e discriminados. O republicanismo francês, diziam eles, paga-se muito caro numa sociedade que é, queiram ou não, multicultural. Que o republicanismo francês se paga (e se tem pago) caro, não sou eu que o vou desmentir. Mas é igualmente claro que o "modelo inglês" tem produzido a sua quota parte de revoltados, de amotinados, de excluídos e discriminados, e sobretudo de gente que não se identifica como inglesa e odeia mortalmente a Grã-Bretanha.
Nos últimos 20 anos, enquanto as almas piedosas se enterneciam com as virtudes do "modelo inglês" de integração, a sociedade britânica, sob o patrocínio da ideologia multiculturalista, ia gradualmente multiplicando as fortalezas que um dia lhe declararão guerra. Resta saber se essa guerra não começou já.
publicado por Miguel Morgado às 22:09 | comentar | ver comentários (3) | partilhar

Instituto Sá Carneiro: o site

O Instituto Sá Carneiro lançou ontem o seu site, numa sessão presidida por Alexandre Relvas e Manuela Ferreira Leite. O objectivo é aproveitar as enormes potencialidades da internet, através de textos, vídeos, gráficos e comentários, para debater ideias, formular propostas políticas, mostrar números sobre a situação económica e social do país e, last but not the least, evocar o património do partido homenageando o seu fundador e líder histórico. O site é também uma prova de que Manuela Ferreira Leite quer dar ao Instituto, inactivo durante a direcção de Menezes, um papel importante nos combates eleitorais que se avizinham e no reforço da identidade ideológica do PSD.
O site está dividido em várias partes. Destaco os vídeos com intervenções de Sá Carneiro, pela primeira vez disponíveis na internet (tanto quanto sei), e os depoimentos sobre temas já abertos, em particular o de Eduardo Lourenço sobre Identidade e Comunidades. Não vou falar do resto, para dar algum suspense à visita, mas posso revelar que certos fumadores do Cachimbo participaram na elaboração dos conteúdos: o Manel Pinheiro e o Jorge Machado no "Portugal 2020" e o Miguel Morgado e este vosso escriba nas "Novas Narrativas, Novas Ideias". Aliás, o Miguel é mesmo uma das personalidades que depõem (isto não soa lá muito bem...) sobre Cidadania, dispensando às massas a fulgurante oratória e a incontível telegenia com que a natureza o abençoou. Prontos, tá bem, estou a exagerar, mas vão lá fazer uma visita e depois podem desmentir-me.
publicado por Pedro Picoito às 11:51 | comentar | ver comentários (3) | partilhar

Claude Lévi-Strauss

publicado por Carlos Botelho às 01:47 | comentar | partilhar
Quinta-feira, 27.11.08

Publicidade Institucional

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publicado por Manuel Pinheiro às 17:12 | comentar | ver comentários (5) | partilhar

New blog on the block

Há um novo blogue no ar: Risco contínuo.
Boa escrita, grafismo original e a presença de alguns bloggers distintos, entre os quais o meu companheiro de outras lutas João Távora, eis um cartão de visita que se recomenda.
publicado por Pedro Picoito às 17:09 | comentar | ver comentários (1) | partilhar

Direitos do homem ou direitos da natureza?

Abri a página on-line do Público e deparei-me com esta citação:

"A electrizante redenção da declaração revolucionária da América, de que todos os seres humanos nascem iguais, abre as portas à renovação da liderança dos EUA num mundo que precisa desesperadamente de proteger o seu legado essencial: a integridade e capacidade de vida do planeta." (Al Gore, "Visão", 27-11-2008)

Começo por dizer que não li a Visão. Posto isto, assim de repente, há algo na afirmação de Al Gore que me faz lembrar uma coisa que li há dias. O assunto é a nova Constituição do Equador:

As pessoas e os povos têm os direitos fundamentais garantidos por esta Constituição e pelos instrumentos internacionais dos direitos humanos. A Natureza é sujeito desses direitos proclamados por esta Constituição e Lei.

E o Artigo 1 diz:

A Natureza ou Pachamama [a Deusa Terra], onde a vida reproduz-se e existe, tem o direito a existir, persistir, manter e regenerar os seus ciclos vitais, estrutura, funções e processos evolutivos.

A Declaração da Independência americana é revolucionária, sim, mas ela é revolucionária na medida em que proclama que o lugar ocupado pelos homens entre as criaturas é excepcional, devendo, por causa dessa excepcionalidade, ser política e legalmente protegido:

Todos os homens são criados iguais [o que é diferente de se dizer, simplesmente, "nascem iguais"], dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a procura da felicidade.

Uma coisa será o Al Gore conduzir a sua luta ambiental no sentido de instituir como um dever dos homens a protecção da vida no planeta; outra, bem diferente, será a tentativa de garantir à Natureza direitos iguais aos direitos humanos fundamentais.

Pior ainda se começar a ler na Declaração da Independência americana coisas que não só não estão lá como até significam precisamente o contrário do que lá está.
publicado por Nuno Lobo às 11:46 | comentar | ver comentários (2) | partilhar
Terça-feira, 25.11.08

Os loucos anos 80 (70)

Apesar do melhor de David Bowie pertencer à década de 70, os loucos anos 80 não deixaram de nos dar alguns bons momentos deste génio da música pop. Logo no início, em conjunto com os Queen, banda que a mim não deixou saudades, Bowie assinou "Under Pressure", canção que tem o mérito de evidenciar a sua voz em detrimento da voz de Freddie Mercury. Alguns anos mais tarde, David Bowie era actor ao mesmo tempo que cantava uma das minhas canções preferidas de todos os tempos, "Absolute Beginners".




(…) As long as we’re together / The rest can go to hell / I absolutely love you / But we’re absolute beginners / With eyes completely open / But nervous all the same

(...) As long as you’re still smiling / There’s nothing more I need / I absolutely love you / But we’re absolute beginners / But if my love is your love / We’re certain to succeed

If our love song / Could fly over mountains / Could laugh at the ocean [Could sail over heartaches] / Just like the films / There’s no reason / To feel all the hard times / To lay down the hard lines / Its absolutely true


"Under Pressure"



publicado por Nuno Lobo às 23:11 | comentar | ver comentários (8) | partilhar

JCE sobre a Europa e a América

Gostei de ler o artigo de João Carlos Espada, na American Interest Online, acerca das eleições presidenciais americanas. Contudo, discordo da ideia avançada acerca do desaparecimento do anti-americanismo na Europa. Muito pelo contrário, a vitória de Obama é a expressão do anti-americanismo europeu e do anti-americanismo europeu na América. Por outras palavras, Obama significa a vitória da europeização da América. A verdade é que os europeus e os americanos, que tanto gostam de Obama, não gostam da América qua América. No mesmo sentido, leio o artigo de João Carlos Espada no Expresso. Achei interessante a ideia de que a esquerda e direita americanas estão mais próximas uma da outra do que estão das suas homólogas europeias e vice-versa. Mas não deixo de pensar que se trata de uma ideia verdadeira há 40 ou 50 anos mas com pouca actualidade nos dias que correm. E também aqui se trata do resultado do processo de europeização da América. A esquerda americana está hoje muito próxima da esquerda europeia. Os intelectuais de esquerda americanos são cada vez mais parecidos com os intelectuais de esquerda europeus. O mesmo não se passa à direita. Pelo contrário, embora de um modo menos evidente do que o movimento que acontece à esquerda, os intelectuais de direita europeus é que são cada vez mais parecidos com os intelectuais de direita americanos. O debate actual entre a esquerda e a direita é cada vez mais o debate entre a Europa e a América - respectivamente, claro.
publicado por Nuno Lobo às 17:35 | comentar | ver comentários (2) | partilhar

Esta vale mais que mil palavras

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publicado por Manuel Pinheiro às 16:02 | comentar | partilhar

Excitações

Como se pode ouvir aqui, há sempre quem adore um bom casse-tête.
Enfim, parafilias.
publicado por Carlos Botelho às 11:56 | comentar | ver comentários (2) | partilhar
Segunda-feira, 24.11.08

Inspiração para Direitolas

How To Take A Beating



"Pain or damage don't end the world. Or despair or fucking beatings. The world ends when you're dead. Until then, you got more punishment in store. Stand it like a man... and give some back."
publicado por Manuel Pinheiro às 21:57 | comentar | partilhar

Vigarices: o caso BPN

Aos poucos vai-se sabendo a verdadeira dimensão da vigarice que imperava no BPN e à sua volta. A dúvida que fica é a seguinte: mas então aquela gente, que não deixava de ter alguma notoriedade ou "visibilidade pública", pensou que o regabofe poderia durar para sempre?; não anteciparam que algumas práticas eram simplesmente demasiado grosseiras (recordo-me, por exemplo, de não haver actas das reuniões da administração) para não serem, um dia, consideradas suspeitas? Não sei qual será a resposta para estas perguntas, mas desconfio que um certo sentimento de superioridade possa ser responsável por esta tremenda imprudência.
Quando falo em "sentimento de superioridade", refiro-me à convicção de que num quintal que dominamos tudo se pode fazer. Como dizem as claques de futebol nos seus momentos de euforia, "esta m.... é toda nossa!". O vigarista que se demora a conceber maneiras de apagar os vestígios da sua vigarice tem pelo menos algum respeito pelos outros, não só por quem fiscaliza, mas também por quem deve ser respeitado: o Legislador, os accionistas, os clientes, os cidadãos de um Estado onde impera a igualdade perante a lei. Respeita os outros na medida em que tem alguma consideração pela sua inteligência, e age com algum sentido do pudor (o dele e o dos outros). No caso BPN nem isso houve.
publicado por Miguel Morgado às 15:27 | comentar | ver comentários (3) | partilhar

Cachimbos

O Cachimbo de Magritte é um blogue de comentário político. Ocasionalmente, trata também de coisas sérias. Sabe que a realidade nem sempre é o que parece. Não tem uma ideologia e desconfia de ideologias. Prefere Burke à burqa e Aron aos arianos. Acredita que Portugal é uma teimosia viável e o 11 de Setembro uma vasta conspiração para Mário Soares aparecer na RTP. Não quer o poder, mas já está por tudo. Fuma-se devagar e, ao contrário do que diz o Estado, não provoca impotência.

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