Segunda-feira, 30.11.09

Manda a verdade


Que se mostre: a verdadeira fotografia, sem enquadramento e trabalho gráfico, é esta. Claro, fumando.
publicado por Jorge Costa às 19:39 | comentar | ver comentários (3) | partilhar

Eles comem tudo Eles comem tudo Eles comem tudo E não deixam nada



Confesso que não perdi muito tempo a ler a notícia, mas uma vista-de-olhos na diagonal foi suficiente para perceber que a confusão já começou. A notícia é capa no i e com direito a editorial e tudo. O Sporting tem uma gamebox duo de promoção destinada a casais, homem & mulher, solteiros ou casados, com o propósito de atrair mais mulheres ao Estádio de Alvalade. A ideia é simpática e até poderia surtir efeito não fora a queixa de que o Sporting é agora sujeito de estar a discriminar os “casais” homossexuais. Miguel Pacheco abre assim o seu editorial de hoje: “Correm tempos estranhos em Alvalade. À falta de mais mulheres nas bancadas, os leões puseram à venda um produto estranho.” É caso para dizer que estranhos são os tempos que correm fora de Alvalade. Basta uma pessoa pensar meia vez para perceber que a extensão da promoção a “casais” homossexuais dita o fim da campanha: juntamente com alguns amigos, compro anualmente uma gamebox para assistir aos jogos do Sporting; no dia em que a gamebox de promoção, destinada a casais, passar a contemplar pessoas do mesmo sexo, eu e os meus amigos deixaremos de pagar "x" euros por cada gamebox individual e passaremos a pagar "x-y" euros por metade de cada gamebox duo. Assim, o que poderia ser uma boa ideia para atrair mulheres ao Estádio de Alvalade, deixa de fazer qualquer sentido comercial. O Sporting deixa cair a promoção e ponto final no assunto. É claro que Miguel Vale de Almeida ilumina a coisa a uma outra luz: "É ilegal e absolutamente inaceitável. Só posso entender isso como pura maldade." Os itálicos são meus e servem para nos alertar do que nos espera muito em breve.
publicado por Nuno Lobo às 17:59 | comentar | ver comentários (20) | partilhar

Curiosas indignações com o desrespeito pelo segredo de justiça

Na pré-campanha para as legislativas de Setembro, José Sócrates foi entrevistado por Judite de Sousa na RTP. No final da entrevista, o entrevistado foi confrontado com as notícias que (oh tão convenientemente) tinham saído nos jornais nas semanas anteriores 'informando' que o caso Freeport estava prestes a ser fechado sem qualquer acusação ou sequer suspeita ao PM. Deixemos de lado, por agora, o facto mais relevante das notícias: serem falsas (o caso Freeport ainda não foi encerrado e aparentemente ainda demorará a ser arquivado ou produzir acusações), quiçá uma 'encomenda', para usarmos as palavras de um jornal amigo; estas notícias, se verdadeiras, seriam resultado de fugas de informação do MP e de quebras do segredo de justiça.
Muito curiosamente, tendo em conta as indignações actuais e a pretensão do PS de agravar penas para a infracção do segredo de justiça, o PM, naquela situação, não esbracejou contra estas supostas fugas nem se indignou com jornalistas ou magistrados. Não, o PM respondeu à pergunta de Judite de Sousa como se considerasse normalíssimo saber-se na comunicação social os resultados de uma investigação criminal antes de esta terminar. De facto, há que ser selectivo com as indignações.
publicado por Maria João Marques às 15:34 | comentar | ver comentários (11) | partilhar

O problema

«Verdade que discutir Armando Vara enquanto a bancarrota se aproxima raia a loucura. Só que no estado a que as coisas chegaram, nada se resolverá com Sócrates. A realidade é esta
.
É assim que termina o artigo de Vasco Pulido Valente no Público de ontem. Porém, parece-me que VPV não pega no problema pelos cornos. Sugere que uma coisa é a investigação a Armando Vara, e outra bem diferente é a bancarrota que se anuncia. VPV parece não perceber que Vara e a bancarrota são duas faces ou dois aspectos (entre outros) do mesmo problema. Com ou sem Sócrates.
publicado por Miguel Morgado às 14:50 | comentar | ver comentários (6) | partilhar

Confiança

Nunca se ouviram tantas exortações à "confiança" como no último ano: é a "confiança" na economia, é a "confiança" na justiça, é a "confiança" nas instituições, é a "confiança" em nós mesmos, é a "confiança" no País. É um verdadeiro arraial de confiança.
Eu não tenho nada a opor, desde que se acrescente a pergunta indispensável: a confiança deve estar limitada apenas ao que é confiável? Ou também devemos confiar no inconfiável?
publicado por Miguel Morgado às 14:30 | comentar | ver comentários (2) | partilhar

Arendt


A imagem parece-me particularmente... bela. Hannah Arendt, sem estar a fumar. Até por isso é rara. Aqui fica. Para os admiradores, como eu, na proximidade de mais um aniversário.
publicado por Jorge Costa às 13:43 | comentar | ver comentários (4) | partilhar

Citação montesquieuana do dia

«Os costumes de um povo escravo são uma parte da sua servidão; os de um povo livre são uma parte da sua liberdade.»
publicado por Miguel Morgado às 12:45 | comentar | ver comentários (1) | partilhar

A ver

Pacheco Pereira sobre um certo "blogue", o prémio que o i recebeu e a reportagem da SÁBADO sobre o governo, as empresas semi-públicas e a publicidade nos jornais.



publicado por Miguel Morgado às 11:57 | comentar | ver comentários (2) | partilhar

Da série "Tshirts políticas"

publicado por Paulo Marcelo às 08:27 | comentar | ver comentários (2) | partilhar
Domingo, 29.11.09

Nºs, nºs, nºs

Números, números, números. 57% dos suíços, inesperadamente, votaram favoravelmente o banimento à construção de minaretes. Israel prepara-se para trocar 980 terroristas por Gilad Shalit. E o Irão anuncia 10 novas centrais de enriquecimento de urânio. Para um domingo que deveria ter sido calmo, foi obra.
publicado por Jorge Costa às 19:28 | comentar | ver comentários (7) | partilhar

Os loucos anos 80 (102)



A vida vai torta
Jamais se endireita
O azar persegue
Enconde-se à espreita

Nunca dei um passo
Que fosse o correcto
Eu nunca fiz nada
Que batesse certo
(...)

Circo de Feras, Xutos e Pontapés (1987)

publicado por Paulo Marcelo às 17:17 | comentar | partilhar

Hannah Arendt e a sua «fé»

Dedico este post ao meu grande amigo Rabino Eliezer Shai di Martino


Hannah Arendt, fumando

Vou tentar falar de Hannah Arendt e da sua «fé», que eu creio ser quintessencialmente judaica, mais, muito mais do que provavelmente ela sabia (desculpem-me a imodéstia).

Que seja do meu conhecimento, há apenas uma ocorrência, nos escritos de Hannah Arendt, sobre o problema. Está na correspondência que ela manteve com Karl Jaspers, a mais vasta das suas correspondências, durando de 1926 a 1969.

Em 15 de Fevereiro de 1951, Karl Jaspers envia-lhe de Basileia uma carta agradecendo-lhe efusivamente o envio de um exemplar das Origens do Totalitarismo.

Querida Hannah!

O seu livro acaba de chegar. Mesmo antes de o ler - e estou ansioso por fazê-lo - quero agradecer-lhe imediatamente e dizer-lhe que o livro chegou e está nas minhas mãos. (...)

Li apenas a introdução: brilhante, parece-me - nunca vi a situação e a tarefa do nosso tempo apresentadas com tal clareza, simplicidade e vivacidade.

E o capítulo final, que já conhecia parcialmente. Maravilhoso na sua exigência - que é simultaneamente justa e necessária. Mas como conseguiremos que ela seja aceite por todos? Será necessário mais do que fazê-la, para que seja cumprida.

Não ficou Jahweh demasiado de fora do campo de visão?

Hannah Arendt responde-lhe em 4 de Março do mesmo ano.

Lieber Verehrtester-

(...) A sua questão «Não ficou Jahweh demasiado de fora do campo de visão?» tem estado no meu espírito desde há semanas, sem que eu seja capaz de chegar a uma resposta para ela. Não mais do que fui capaz de encontrar uma, para a minha própria exigência inclusa no capítulo final. Ao nível pessoal, faço o meu caminho pela vida com uma espécie (infantil? porque inquestionável) de confiança em Deus (por oposição à fé, que pensa sempre que sabe e, portanto, tem de se debater com dúvidas e paradoxos). Não é possível fazer muito mais, com isso, é claro, do que ser feliz. (...)

E é Jaspers quem remata este pequeno diálogo sobre a «fé», uma semana depois.

Querida Hannah! Que alegria, a sua carta de 4 de Março. (...)

A sua confiança «infantil» em Deus, não é isso filosofia? Num certo ponto, somos crianças: de outra forma não conseguiríamos viver - e agradecemos que toda a reflexão, que não conhece limites para si própria, regresse sempre, em última instância, a um impulso não intelectual, do qual toda a verdade, basicamente, procede. (...)


É claro que a felicidade primordial de que fala Arendt, e Jaspers comenta tão bem, não se prestava a posteriores paráfrases, e esta conversa ficou onde tinha de ficar: por aqui.

Na sua aparente simplicidade, há algo de extremamente significativo, para o propósito deste post, que é dito por Hannah Arendt, distinguindo entre Fé e Confiança.

De facto, fé é o termo pelo qual é quase sempre traduzido o vocábulo hebraico emunah. Mas de uma forma que não capta o essencial da espiritualidade judaica, nele contido. Por vezes, porém, a imperfeição da tradução é de tal modo patente, que coloca problemas insolúveis, optando-se então forçosamente por outros termos, que justamente sugerem uma aproximação semântica ao termo emunah, mais fiel. Como na primeira oração que qualquer judeu religioso faz, logo ao acordar:

Modê ani lefanekha
Melekh khai vêkaiam,
shêkhêzarta bi nismati
bekhemlá
rabá emunatekhá.

Que traduzo,

Dou graças perante ti,
Rei vivo e eterno,
Por me teres restituído a alma,
Com compaixão.
Grande é a Tua...

Fé? Obviamente que não! A Tua - aqui, em inglês, o tradutor costuma optar por Trustworthiness: Fiabilidade. Não encontro melhor termo para traduzir emunatekhá.

É dessa confiança matinal em Deus que Hannah Arendt fala, no curto texto que ocorre na troca de correspondência com Jaspers.

Mas certamente que tudo ficará mais claro para o leitor, se seguir, aqui, Menachem Kellner (é mesmo provável que nada do que digo seja compreensível, se a leitura não for feita...), no seu belo ensaio sobre a Fé Bíblica, tal como é compreendida pelo Judaísmo, a atmosfera espiritual em que, afinal, respirava Hannah Arendt, talvez, repito, mais do que ela soubesse - o seu era um meio familiar bastante secularizado -, mas que tão eloquentemente articulou, na sua resposta a Jaspers.
publicado por Jorge Costa às 11:49 | comentar | ver comentários (6) | partilhar
Sábado, 28.11.09

Hannah Arendt, pequena homenagem antes de 4 de Dezembro

Hannah Arendt, a grande, a imensa filósofa (o corrector de texto não reconhece esta palavra, e ela própria não se reconhecia, e com boas razões para o fazer, nessa categoria profissional), morreu em 4 de Dezembro de 1975. Dentro de dias estaremos a celebrá-la, em mais uma data aniversária.

O que acho absolutamente espantoso neste pequeno vídeo, em que Susan Neiman fala de Hannah Arendt e de um tópico fundamental, talvez o tópico fundamental do seu - de Hannah Arendt - pensamento - o problema do mal -, é o ele conseguir fazê-lo de um modo tão claro e conciso.

Mas há mais, e é importante dizê-lo, até mesmo porque, com frequência, isso não foi notado pelo exército de estudiosos da obra da filósofa.

E nesse mais quero sublinhar o horizonte teológico - judaico - do pensamento de Arendt, horizonte relativamente ao qual o seu pensar manteve uma permanente ligação em tensão, sem nunca dele descolar verdadeiramente.

Que o mundo seja um lugar bom para os homens viverem (é assim que Deus avalia a sua criação), e não o exílio heideggeriano da inautenticidade, eis o que a radica nesse horizonte e converte o problema do mal no desafio supremo da actividade pensante. Tudo é extremamente complexo no seu pensamento. Mas creio não me enganar, se disser, com Susan Neiman, que todo o esforço da filósofa foi o de tentar compreender como é que pode surgir, florescer, o mal, até atingir a figura inaudita da Shoah, sem que a bondade ontológica do mundo seja susceptível de impugnação, e sem que a realidade do mal seja simplesmente rasurada (superada), com recurso aos números de prestidigitação da dialéctica hegeliana (ou qualquer outra).

Mas ouçamos, por um minuto, Susan Neiman.


publicado por Jorge Costa às 23:58 | comentar | ver comentários (5) | partilhar

Como de costume, não chega

A resposta do líder palestiniano Mahmud Abbas à moratória anunciada por Benjamin Netanyahu à construção de colonatos foi a que se esperava, aqui. Depois de a ter exigido como condição para o recomeço das negociações de paz, a inesperada resposta positiva de Israel foi considerada insuficiente. Nada, absolutamente nada de novo daquele lado.

Como nota com cristalina clareza o editorial do Jerusalem Post, a resposta de Abbas é lógica e consistente com a tradição. Abbas, mesmo que quisesse, não pode corresponder. Nem sequer fingir que o faz, com eleições à porta. Porque, como é óbvio, não são os colonatos na margem ocidental do Jordão o pomo da discórdia.

Ao contrário do que querem as boas almas, muitas vezes cheias de boa vontade, a questão não é, nunca foi, tão-pouco uma questão de partilha de territórios, mas a da existência de Israel. E, uma vez mais, mesmo que Abbas quisesse condescender, não poderia fazê-lo. Entrar em negociações supõe aceitar o princípio de um compromisso durável entre as partes. Ora, é a existência de uma das partes que não pode ser aceite. E, na actual, conjuntura, nem a brincar.
publicado por Jorge Costa às 18:55 | comentar | ver comentários (2) | partilhar

Inglês Técnico


«A throwaway prepaid cellphone, typically used by dealers. Used until the minutes are up, then thrown away so they cannot be tapped

Revisão artística sugerida aqui em baixo:

Gotta use them burners, nigga.
publicado por Manuel Pinheiro às 14:53 | comentar | ver comentários (2) | partilhar

Joseph de Maistre

Tanto os liberais, como a esquerda em geral, sempre viram Joseph de Maistre como um monstro assustador, de capa negra e dentes podres, que queria voltar a impor o jugo terrível da Inquisição e endoutrinar as criancinhas com a aliança entre o Trono e o Altar. Ora eu sempre o achei divertido. Um exemplo: Maistre, numa nota de rodapé de uma das suas obras mais famosas, confessa a sua ignorância sobre a origem da lenda de que as terríveis violências e crueldades da conquista espanhola das Américas ocorreram por instigação dos padres. Termina a dita nota de rodapé mencionando que a única pista que tem para este enigma foi-lhe dada por um amigo espanhol, que lhe disse: "Julgo que é uma historieta desse imbecil do Garcilasso* (sic)"
.
*(referência a Garcilaso de la Vega - não o poeta, mas "El Inca" - que publicou a narrativa mais célebre desse período da história da expansão espanhola).
publicado por Miguel Morgado às 14:23 | comentar | partilhar

Dubai - A Vertigem


Foto surripiada de Il Foglio.
publicado por Miguel Morgado às 13:10 | comentar | ver comentários (5) | partilhar

António Barreto e o estado do País (2)

Que conclusão se impõe tirar? E isto para não lhe perguntar que caminho pisar...

Se não houvesse a Europa e se ainda houvesse Forças Armadas, já teríamos tido golpes de Estado. Estamos à beira de iniciar um percurso para a irrelevância, talvez o desaparecimento, a pobreza certamente. Duas coisas são necessárias para evitar isso. Por um lado, a consciência clara das dificuldades, a noção do endividamento e a certeza de que este caminho está errado. Por outro, a opinião pública consciente. Os poderes só receiam uma coisa: a opinião dos homens livres.

Poderemos estar à beira de uma crise institucional?
Com a justiça que temos, sim! Com a cultura dominante nos partidos, sim!

Hoje no i.
publicado por Miguel Morgado às 11:30 | comentar | ver comentários (8) | partilhar

António Barreto e o estado do País

Prefere chamar-lhe "dependência"?

Prefiro, acho que é mais grave. Em Portugal quase toda a gente depende do Estado, do governo, das instituições públicas oficiais, dos superiores, dos empregadores. Não há verdadeiros focos de independência. Depende-se de muita coisa: do alvará, de ter autorização, de ser aceite, da boa palavrinha do bom secretário de Estado que diz ao bom banqueiro que arranje uns bons dinheirinhos para fazer o investimento. A dependência é enorme. Não é asfixia, uma vez mais, é dependência. As pessoas têm receio pelo seu emprego, pelo seu trabalho, pelo trabalho da família. Conheço algumas que até têm receio de falar...
.
publicado por Miguel Morgado às 11:26 | comentar | partilhar

O Estado de Direito

Andei a percorrer os blogues do costume e não encontrei nenhuma referência a esta notícia. Será que os paladinos do Estado de Direito andam distraídos? Ou não ficaram indignados com a possibilidade de suspeitos terem sido avisados que estavam a ser escutados?
publicado por Nuno Gouveia às 11:23 | comentar | ver comentários (4) | partilhar

Cachimbos

O Cachimbo de Magritte é um blogue de comentário político. Ocasionalmente, trata também de coisas sérias. Sabe que a realidade nem sempre é o que parece. Não tem uma ideologia e desconfia de ideologias. Prefere Burke à burqa e Aron aos arianos. Acredita que Portugal é uma teimosia viável e o 11 de Setembro uma vasta conspiração para Mário Soares aparecer na RTP. Não quer o poder, mas já está por tudo. Fuma-se devagar e, ao contrário do que diz o Estado, não provoca impotência.

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