Domingo, 31.10.10

Efeméride



Mais um ano de fumo livre aqui no Cachimbo.
publicado por Manuel Pinheiro às 20:00 | comentar | ver comentários (11) | partilhar

Hoje é dia de festa, não é?


Foi o único bolo que encontrei com cachimbos. Parabéns.
publicado por Paulo Pinto Mascarenhas às 19:04 | comentar | ver comentários (1) | partilhar

O pato


Quem estiver curioso acerca da estratégia de Manuel Alegre para a campanha contra Cavaco Silva, poderá simplesmente ler este artigo do Pedro Marques Lopes.
publicado por Alexandre Homem Cristo às 19:00 | comentar | ver comentários (5) | partilhar

O fiel defunto

O Miguel Morgado diz hoje ao DN que "esta história ainda não chegou ao fim. Ainda vem aí um PEC IV". Eu concordo: ainda antes de nascer este orçamento já era um fiel defunto.
publicado por Paulo Pinto Mascarenhas às 14:42 | comentar | ver comentários (5) | partilhar

Grande Finale (64)

La Reine Margot, Patrice Chéreau, 1994

publicado por Miguel Morgado às 09:50 | comentar | partilhar
Sábado, 30.10.10

O acordo Governo/PSD

Já todos tínhamos percebido que o PSD acabaria por viabilizar o Orçamento de Estado, faltando apenas saber em que formato. Eleitoralmente e estrategicamente falando, sempre me pareceu mais correcta a via protagonizada por alguns sectores do PSD: declarar a abstenção do OE sem negociar nada. Desse modo o PSD nada teria a ver com este OE, podendo continuar a “massacrar” as más opções do governo, de agora e do passado. Mas Pedro Passos Coelho escolheu aquela que me parecia a via mais difícil: negociar e tentar minorar algumas das más políticas que o governo vai implementar. Acredito que os portugueses ficaram a ganhar com esta decisão. Podemos criticar a direcção do PSD por nem sempre ter sabido comunicar as suas opções, e também o seu recuo em matéria fiscal. Mas sejamos justos: o PSD para ganhar alguma coisa teria sempre de ceder. A politica é a arte da negociação e do compromisso. E devido à intervenção do PSD, alguns aspectos positivos foram alterados à versão inicial do OE do PS.

A manutenção das taxas de IVA para o cabaz de produtos básicos e a permissão para se poderem efectuar deduções fiscais por despesas com saúde, habitação e educação, irá ajudar as famílias portuguesas. Não é muito, mas é alguma coisa.

A reavaliação das PPP e suspensão de todas as obras públicas é um facto. Já todos perceberam a necessidade destas acções, mas o governo, através da sua teimosia, parecia que não queria ver isto. O PSD obrigou governo a assumir esta realidade.

Por fim este acordo obrigou o governo a revelar o tamanho da sua incompetência na execução orçamental de 2010: mais de 1700 milhões de euros. Incompetência com a marca de José Sócrates e Teixeira dos Santos.

Esta abstenção não iliba o PSD, antes pelo contrário, de continuar vigilante e critico da acção do governo. Temos um mau governo que nos trouxe a esta situação. Devido à sua teimosia e incompetência, 2010 foi um ano perdido no que respeita à recuperação financeira do país. Mais, os últimos anos foram desastrosos para Portugal. Graças ao PS o IVA aumentou 3 por cento em menos de um ano, a carga fiscal subiu imenso e poucos cortes foram efectuados na despesa do Estado. Temos um estado papão que não parou de crescer com este governo. A sua única solução tem sido aumentar os impostos e a contribuição dos portugueses. Se o período fosse outro, não tenho dúvidas que o PSD teria votado contra o OE e provocado eleições. Era isso que lhe competia como partido da oposição. Devido a impossibilidade de termos eleições no imediato, talvez a melhor solução tenha sido mesmo esta.

publicado por Nuno Gouveia às 18:07 | comentar | ver comentários (9) | partilhar

O Governo é muito mau, mas...

...a implicação principal da sondagem que o Nuno Gouveia refere aqui parece ser a de que os portugueses não acreditam que a actual equipa do PSD consiga fazer melhor - de outro modo as sondagens apontariam para um lag muito maior entre PS e PSD, que não acontece. Por muito avessos ao risco que os eleitores possam ser ("melhor um governo péssimo que conhecemos do que outro que nem conhecemos"), o lag é simplesmente pequeno demais. Portanto, tirem-se as conclusões devidas no seio do PSD.

Outro ponto, técnico, e que seria importante esclarecer, é saber porque é que a sondagem da Católica, ao que tudo indica, não inclui uma opção entre "Bom" e "Mau" - razoável, médio, satisfatório, indiferente, o que seja.
publicado por Tiago Mendes às 14:56 | comentar | ver comentários (3) | partilhar

Todos Diferentes, Todos Iguais...


Onde? Só podia ser aqui. E na vida.
publicado por Fernando Martins às 10:28 | comentar | ver comentários (7) | partilhar
Sexta-feira, 29.10.10

Cavaco e as sondagens II

O Alexandre alertou aqui para uma questão muito importante, e que deverá orientar os estrategas da campanha de Cavaco Silva. Nada pior para um candidato que o sentimento que a sua vitória é inevitável. E em politica isso normalmente leva ao desastre. Mas Cavaco não irá precisar de ter todos os votos que teve em 2006. Menos votos poderão chegar para ele obter uma vitória até mais confortável do que na sua primeira eleição.

Nas próximas eleições presidenciais haverá uma abstenção bastante superior a 2006. Essa tem sido a regra em eleições de segundo mandato presidencial em Portugal. Quando Mário Soares foi eleito em 1986 a abstenção foi de 24 por cento, mas esse número subiu para 37 por cento em 1991. Nas eleições disputadas entre Jorge Sampaio e Cavaco Silva em 1996, a abstenção foi de 33 por cento, tendo subido para 50 por cento na reeleição em 2001. Ora, se a abstenção em 2006 foi de 38 por cento, podemos prever que nestas presidenciais ela será novamente superior a 50 por cento.

Cavaco Silva tem neste momento grande vantagem nas sondagens, mas existe em alguns sectores da direita um certo desconforto. Não tenho dúvidas que parte desta direita irá abster-se nas próximas eleições, se não estiver em risco uma vitória de Alegre, como disse o Alexandre. Mas por outro lado, há também um problema de entusiasmo no lado de Alegre. Como se sabe, até por várias declarações públicas de socialistas, esta não é uma candidatura que entusiasma. Mesmo os apoiantes do Bloco de Esquerda não estão muito motivados com Alegre. Se da esquerda tivéssemos uma candidatura insurgente e com uma base popular suficientemente forte, Cavaco poderia estar preocupado. Neste caso apenas precisará de fazer uma campanha competente. A leitura que faço destas presidenciais é que se Cavaco Silva conseguir construir uma rede de apoio em redor sua candidatura, com muitos independentes, social democratas, populares e eleitores tradicionais do Partido Socialista, Cavaco não terá dificuldade de chegar aos 55/60 por cento dos votos*. Com menos votos do que teve em 2006, mas alargando a sua base de apoio a eleitores que votaram em Mário Soares nas últimas presidenciais e aguentando um número suficiente de eleitores que o apoiou há cinco anos.

* Só para dar um exemplo disto: em 2001 Jorge Sampaio com 2,4 milhões de votos teve 55% dos votos. Em 2006, Cavaco teve quase 2,8 milhões e apenas 50,1% dos votos.
publicado por Nuno Gouveia às 18:23 | comentar | ver comentários (3) | partilhar

Cavaco e as sondagens


As sondagens têm apontado, desde há muito tempo, para a vitória de Cavaco Silva logo à primeira volta. Se tivermos em conta que cerca de metade do eleitorado que o elegeu está, por uma razão ou por outra, desiludido com a sua actuação neste actual mandato, não imagino previsão mais perigosa do que essa. Tal como alguns dos meus camaradas do Cachimbo já manifestaram, reflectindo a posição de uma direita desiludida, o voto em Cavaco só acontecerá se a sua reeleição estiver em perigo, o que faz dos resultados das sondagens um incentivo para não se deslocarem às urnas em Janeiro. O problema evidente desta opção é que se interpretam as sondagens como se fossem os resultados antecipados. É mais do que meio caminho para o desastre.
publicado por Alexandre Homem Cristo às 17:14 | comentar | ver comentários (12) | partilhar

O "resplendor da luz"

Ao que tudo indica, Passos Coelho e José Sócrates, quais Saulo na estrada de Damasco, viram ontem o "resplendor da luz" em Bruxelas (ainda que em pontos diferentes da cidade) e caíram por terra. Ou seja, vão voltar a negociar o orçamento de 2011. O problema é que, um e outro, só se deixam iluminar na "Europa". Estamos, obviamente, muito bem entregues.
publicado por Fernando Martins às 16:04 | comentar | ver comentários (3) | partilhar

Demasiado Tarde

Anda por aí uma sondagem que garante que cerca de 80% dos portugueses acham "mau" ou "muito mau" o desempenho do Governo que temos. Como é óbvio grande parte destes portugueses ou é de compreensão lenta ou acorda sempre demasiado tarde. Com as consequências que se conhecem.
publicado por Fernando Martins às 15:57 | comentar | ver comentários (9) | partilhar

O origens do "monstro"




Àlvaro Santos Pereira: "As origens do monstro" e "As origens do monstro (2)"
[C]ontrariamente ao que às vezes se apregoa, o crescimento do “monstro” começou durante o regime Salazarista, principalmente a partir dos anos 1950, quando os gastos públicos aumentaram tremendamente.(...) Quando o PIB abrandou a partir da década de 1970, mas os gastos públicos mantiveram um elevado crescimento, estavam criadas as condições para um crescimento exponencial do nosso Estado. (...)

É verdade que desde então o ritmo de crescimento do consumo público baixou (...), mas, mesmo assim, permaneceu vários pontos percentuais acima da taxa de crescimento da economia nacional. Com efeito, é perfeitamente patente que, nos últimos 60 anos, o crescimento dos gastos do Estado tem sido muitíssimo mais acentuado do que o crescimento do produto nacional (linha picotada).

Vale igualmente a pena realçar que o declínio da taxa de crescimento dos gastos públicos foi travado no final dos anos 90, quando, durante o crescimento do Estado foi mais uma vez impulsionado pelos governos de António Guterres, quando o crescimento anual das despesas públicas foi muito elevado. A partir dessa altura, a taxa de crescimento de tendência do consumo público tem permanecido praticamente inalterada, e nenhum dos governos da última década conseguiu travar o despesismo do Estado. Os gastos públicos continuaram a crescer a ritmos mais elevados do que o PIB nacional, aumentando inexoravelmente o peso do Estado na economia. Como a economia estagnou na última década, estavam criadas as condições para que o "monstro" ficasse fora de controlo, contribuindo para a lamentável situação actual.
publicado por Miguel Noronha às 15:46 | comentar | ver comentários (8) | partilhar

Daquilo nunca mais


Não, João, nem dá para quase ter saudades daquilo. Porque o que temos hoje é, quer se queira, quer não, a descendência daquilo.
publicado por Miguel Morgado às 11:56 | comentar | ver comentários (2) | partilhar

Para lá das despesas correntes



Europe needs to cut its pension deficits or risk prolonging the region’s debt crisis as investors punish governments that don’t force citizens to work longer, said Finnish Finance Minister Jyrki Katainen.

Não sei se repararam mas desde meados dos anos 90 os sucessivos ministros das finanças têm anunciado sucessivas reformas do sistema de pensões. Apesar de todas serem apresentadas como "a solução definitiva" nenhuma parece conseguir resolver de forma satisfatória o problema da sustentabilidade a médio prazo. A questão é que tal como nos esquemas de Bernard Madoff ou da D.Branca, a solvabilidade do sistema "pay as you go" só é garantida se se mantiverem determiados rácios entre contribuintes e beneficiários que o actual declínio demografico torna inviáveis. As supracitadas "soluções finais" têm optado pela revisão do cálculo das pensões e pelo aumento da idade da reforma o que, em muitos casos, significa uma alteração unilateral das condições contratuais(*) num sistema em que não nos é permitido sequer o "opt-out".

Devemos pois levar bastante a sério o aviso de Jyrki Katainen. O "médio prazo" transformar-se daqui a pouco tempo no "curto prazo" e já desperdiçamos demasidos anos. Porém, e contrariamente ao que diz Katainen, julgo que a única solução que torne o torne verdadeiramente sustentável é passarmos para um sistema de capitalização com contas individuais gerido por entidades privadas (similar aos PPR). Será menos generoso que o sistema actual mas pelo menos assenta em bases reais e não está dependente de eventuais contribuições futuras. Como efeitos secundários mas não menos importantes, estaremos a aumentar a taxa de poupança e (como no caso do fundo de pensões da PT) impedir o governo de usar indevidamente fundos que não lhe pertencem para cobrir despesas correntes.

(*)Convém notar que estas práticas são (justamente) proibidas nas relações entre privados fornecendo justa causa para denuncia de contractos e/ou pedidos de indemnização.


ADENDA: A propósito das tendências demograficas e suas implicações leiam este post do Prof Santos Pereira.
publicado por Miguel Noronha às 11:37 | comentar | ver comentários (8) | partilhar

Ponham-se a pau!

Depois disto e disto talvez seja melhor os "abrantes" irem pensando nisto.
publicado por Miguel Noronha às 11:17 | comentar | ver comentários (2) | partilhar

A Grécia também tem Orçamento

O problema é que os mercados não acreditam que o governo grego seja capaz de cumprir os objectivos nele inscritos. No fundo, o mesmo que sucedeu conosco nos últimos tempos (se bem que a uma escala bem maior). Francamente, não consigo vislumbrar a vantagem em termos um "péssimo Orçamento a ser executado por um Governo liderado por um péssimo e incapaz primeiro-ministro e servido por um péssimo e incapaz ministro das Finanças".
publicado por Miguel Noronha às 10:12 | comentar | ver comentários (4) | partilhar

Grande Finale (63)

Paths of Glory, Stanley Kubrick, 1957

publicado por Carlos Botelho às 00:00 | comentar | ver comentários (3) | partilhar
Quinta-feira, 28.10.10

Achtung baby

A gerência recomenda a leitura dos comentários do meu amigo Pedro Panarra a este post. O Pedro vive há largos anos na Alemanha, onde se entrega ao estudo de Kant e outras espécies em extinção, e é, portanto, um observador privilegiado da sociedade germânica. Tentarei responder-lhe assim que tiver tempo.
publicado por Pedro Picoito às 23:08 | comentar | ver comentários (4) | partilhar

Socialistas cada vez mais sozinhos


Este estudo da Universidade Católica para diversos órgãos de informação não deixa margem para dúvidas: cada vez menos portugueses acreditam no governo de José Sócrates. Em relação a outros resultados, destaque para a provável eleição de Cavaco Silva à primeira volta, com 63 por cento dos votos e aos 40 por cento que o PSD terá neste momento, mais 14 do que o PS. As sondagens valem o que valem, mas talvez os portugueses estejam mesmo a acordar deste pesadelo socialista em que temos vivido. E talvez esta sondagem, juntamente com a que saiu ontem da TSF/DE, explique o desespero que temos observado em alguns sectores socráticos da blogosfera.
publicado por Nuno Gouveia às 22:30 | comentar | ver comentários (9) | partilhar

Cachimbos

O Cachimbo de Magritte é um blogue de comentário político. Ocasionalmente, trata também de coisas sérias. Sabe que a realidade nem sempre é o que parece. Não tem uma ideologia e desconfia de ideologias. Prefere Burke à burqa e Aron aos arianos. Acredita que Portugal é uma teimosia viável e o 11 de Setembro uma vasta conspiração para Mário Soares aparecer na RTP. Não quer o poder, mas já está por tudo. Fuma-se devagar e, ao contrário do que diz o Estado, não provoca impotência.

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