Segunda-feira, 28.02.11

Kadhafi e os outros (2)

Um exemplo (mas nem era nesse cavalheiro em particular que estava a pensar aqui).
publicado por Miguel Morgado às 23:24 | comentar | partilhar

Entretanto...

O spread entre os dez e os cinco anos já é inferior a 20 pontos de base. A dois anos, firme, nos 4,75%.
publicado por Jorge Costa às 18:11 | comentar | partilhar

Estudo de Harvard confirma o que disse Bento XVI sobre o combate à SIDA em África


Ainda se lembram da polémica à volta das declarações de Bento XVI na viagem para Angola? Um estudo recente (A Surprising Prevention Success: Why Did the HIVEpidemic Decline in Zimbabwe?) realizado pela Universidade de Harvard dá razão às ideias do Papa sobre o combate à SIDA, em especial no continente africano, que tanta polémica causaram. Daniel Halperin do departamento de saúde global da população de Harvard afirma que um comportamento sexual responsável e a fidelidade ao próprio cônjuge foram factores que determinaram uma drástica diminuição da epidemia no Zimbábue. Este especialista analisou, desde 1998, a disseminação de doenças sexualmente transmissíveis nos países em vias de desenvolvimento, com dados estatísticos e estudos no terreno. Entre 1997 a 2007, a taxa de infecção entre adultos diminuiu de 29% para 16%. Uma das conclusões afirma: The behavioral changes associated with HIV reduction mainly reductions inextramarital, commercial, and casual sexual relations, and associated reductions in partner concurrency (...) Estou curioso por ouvir o que dizem aqueles que na altura rasgaram as vestes. Provavelmente uma simples nota de rodapé. Ou nem sequer isso.
publicado por Paulo Marcelo às 17:55 | comentar | ver comentários (11) | partilhar

Não se importa de explicar o que quer da Europa, já que não quer ajuda? Ou prefere que a coisa fique assim, reduzida a zero?

Olhando para o que tem sido a experiência da Grécia e da Irlanda, não me parece que os mercados financeiros estejam convencidos de que o recurso à ajuda europeia resolva os problemas nacionais e sejam de facto um grande contributo para a estabilização do euro, diz a cabeça em cima.

Pois não (é uma cabeça, este ministro). A ajuda é isso mesmo: ajuda; garantia de liquidez durante o ajustamento. O problema percebido pelos mercados é outro. É o da solvência, ou seja, da capacidade, ou não, de interromper a trajectória de endividamento e, assim, restabelecer a capacidade própria de satisfazer compromissos futuros. Presumo que o ministro não esteja à espera que a Europa o ajude nisso. No caso da Grécia, avoluma-se a ideia de que a reestruturação da dívida é inevitável. Como será connosco. Além de liquidez, que mais quer o ministro? Juros mais baixos do que os do mercado? Quão mais baixos? Porque não diz o ministro das Finanças e o primeiro-ministro o que deveria a "Europa" fazer? Esgotada a cassette surrealista do FMI, arriscamo-nos a ter de enjoar, no mês de Março, com declarações totalmente destituídas de sentido, como as que hoje Sócrates e Teixeira dos Santos ensaiaram, deslocando o ónus dos nossos problemas para uma "Europa" não menos fantasmagórica do que o FMI, sem que nenhum jornalista tenha a curiosidade, sempre que o ministro e o primeiro-ministro da nossa praga acenam com ela, de lhes perguntar: o quê, concretamente? Não é por sabermos que nenhum deles terá o que quer que seja a dizer de positivo sobre o assunto que a pergunta deve ser evitada. Pelo menos, ao desmontar a "ameaça", ajudaria a libertar a atmosfera do ambiente zombie em que o bando que nos governa insiste em manter-nos.
publicado por Jorge Costa às 16:58 | comentar | partilhar

Vem aí o PEC IV

Já se estava mesmo a ver. A despesa (ie a parte da equação onde o governo tem maior controlo) continua a subir e o aumento de receita de Janeiro foi conjuntural. Resultado, adivinham-se mais impostos e cortes avulsos na despesa para breve. Espero que quem caucionou os anteriores planos deste executivo incompetente tenha aprendido a lição. Ah, e a culpa é dos outros. Nós estamos a fazer tudo bem. Convém não esquecer.

ADENDA: A sério. Estou fascinado com a sapiência económica do nosso engenheiro-formado-ao-Domingo. Espanta-me que nunca tenha conseguido arranjar um emprego a sério.
publicado por Miguel Noronha às 15:42 | comentar | partilhar

Há quem não queira dançar o tango

Enquanto nós vamos empurrando a responsabilidade para terceiros, também os finlandeses começam a ficar fartos de pagar contas alheias.
publicado por Miguel Noronha às 14:53 | comentar | partilhar

Mau-Mau

Filipe Nunes Vicente inicia Mau-Mau, nome também da sua anunciada incursão na novela, que esperamos ler em breve. Um novo blogue, plural, com as colaborações de FNV, fnv, Fnv e FnV.
publicado por Jorge Costa às 14:30 | comentar | partilhar

Efemérides

6 anos de insurgências celebrados com mais um reforço para a "ala" austríaca do blogue. O que, para os mais distraídos, quer dizer algo como: A China vai recrutar mais um chinês para a sua ala chinesa. Muitos parabéns.
publicado por Manuel Pinheiro às 14:11 | comentar | partilhar

Ideias muito deles

Estranho que o primeiro-ministro, ele próprio ou seu alter-ego, ou vice-versa, ainda não tenha pensado nisto. A Itália de Berlusconi, um homem avançado como Sócrates, já se enterrou nisto há que tempos.
publicado por Jorge Costa às 12:40 | comentar | partilhar

Democracia e presidenciais no Egipto: venha o diabo e escolha

Mohamed El Baradei, e a perspectiva do Islamismo com o apoio da Irmandade Muçulmana.

Amr Mussa, o favorito e a perspectiva da demagogia nacionalista radical.

O futuro democrático do Egipto começa a desenhar-se. Barry Rubin analisa os perfis de ambos, aqui e aqui, e, referindo-se à candura ocidental, tão etnocêntrica malgé elle que é incapaz de olhar para o outro - o mundo árabe - sem se ofuscar na projecção que faz de si sobre uma realidade que ignora obstinadamente, termina de maneira muito grega: aqueles que os deuses escolhem destruir, primeiro fazem-nos olhar para os seus inimigos como moderados.
publicado por Jorge Costa às 12:03 | comentar | partilhar

Os negócios e o Estado


Ainda que pudessemos ter moderado (e muito, penso eu) o recurso ao lambebotismo na condução das relações com o regime do Coronel Khadafi, o facto é que uma das lições a tirar desta bela trapalhada é que é extremamente desaconselhável misturar política e negócios. Existem outras, tão boas ou melhores, mas o que agora interessa reter é que sujamos o nome do país em troca de uns (largos) milhares de Magalhães(*)

(*) que por sua vez exemplificam bem o favoritismo e o mau uso do dinheiro dos contribuintes
publicado por Miguel Noronha às 11:19 | comentar | partilhar

Um precedente interessante

publicado por Paulo Pinto Mascarenhas às 09:38 | comentar | partilhar
Domingo, 27.02.11

Moacyr Scliar

publicado por Carlos Botelho às 23:59 | comentar | partilhar

Mesmo, mesmo

o que o Egipto precisa. Ou, pelo menos, as egípcias.
publicado por Maria João Marques às 23:42 | comentar | ver comentários (1) | partilhar

Quando é que acaba o circo?

Na semana passada, Vasco Pulido Valente disse o que havia a dizer sobre o ridículo da visita catedrática de sumidades socialistas à Tunísia para ensinar as boas almas do outro lado do Mediterrâneo todas as técnicas das excelentes transições para a democracia.
Hoje quando ouvi na rádio o persistente Vitorino, o protagonista da procissão, a falar despudoramente sobre o assunto, lembrei-me das memoráveis palavras de um sócio (anónimo) do Benfica que, numa das imortais Assembleias-Gerais do clube na era Vale e Azevedo, se aproximou do então presidente e, esbracejando, lhe gritou: "Quando é que acaba o circo?"
publicado por Miguel Morgado às 21:07 | comentar | partilhar

Conversas ocas

Este sujeito afirma que uma vez é os interesses, outra os princípios. Com o distinguo, imensamente popular, o Marcelino, sempre modesto nas suas exigências, calou-se. Pena que não lhe tenha ocorrido perguntar ao entrevistado quando é que é a vez de uns e a vez de outros. Se se decide aos dados, ou assim.
publicado por Jorge Costa às 19:45 | comentar | partilhar

Da Série Cachimbos e Vinhos (4)

Momento Pedro Arroja:



Os protestantes, os cristãos, os judeus e o vinho. Daquele que é muito provavelmente o melhor documentário sobre esta indústria: Mondovino
publicado por Manuel Pinheiro às 15:23 | comentar | ver comentários (1) | partilhar

Lições das Arábias

Que ao menos este episódio da Líbia sirva para esclarecer essa misteriosa entidade chamada "opinião pública portuguesa", e alguns jornalistas, quanto ao tipo e calibre da operação levada a cabo por José Sócrates, quando este prefere exóticos compradores de dívida nacional ao "FMI", esse papão que afinal de contas, e pace Bloco de Esquerda e PCP, é dirigido pelo conjunto dos nossos aliados que são, julgo eu, democracias liberais, representativas e constitucionais.
publicado por Miguel Morgado às 15:13 | comentar | partilhar

Kaddhafi e os outros


Disse isto ontem na TVI24 (pode ser que ainda venha a receber o video), mas volto a dizer aqui. O apoio que Kaddhafi recebeu de muita gente por esse mundo fora - e podemos falar apenas do mundo ocidental - não se deveu apenas aos maléficos "interesses comerciais". Essa versão da história é talvez boa para impressionar a pequenada, mas não conta para gente que se recusa a viver vergado à linguagem da comunicação social de massas. Ao longo destes anos, incluindo os últimos dez, Kaddhafi esteve rodeado de amigos ocidentais também por razões de conveniência política e até ideológica.
Kaddhafi foi muito conveniente para a malta do costume quando, em parceria com a Arábia Saudita, a China, o Zimbabué, Angola, Cuba e outros destinos paradisíacos dos direitos humanos, liderava o ridículo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, cuja missão consagrada consistia na multiplicação de relatórios condenatórios de Israel. O protesto continuado de países como os EUA ou Austrália só podia confirmar a bondade natural do Conselho e de um dos seus instigadores como foi Kaddhafi.
Também foi muito conveniente quando formou com outros padroeiros da causa dos oprimidos, como Fidel Castro e Chavéz, uma frente espiritual-diplomática contra o império do mal, os EUA e os seus aliados. Foi alvo de elogios directos e indirectos quando apelava, não se percebia se sob o efeito de aluciongéneos, a outra globalização e a outra ordem mundial que não estivesse controlada pelo homem branco. E foi positivamente aplaudido quando exigiu o pagamento de indemnizações das antigas potências coloniais europeias às vítimas - ele próprio, claro - da colonização. Ora aqui estava o grande líder providencial que vinha corrigir as injustiças que os europeus tinham cometido no passado. Se ele estava disponível para fustigar a tenra consciência europeia, então o pessoal reconhecido estava disponível para ignorar uma ou outra excentricidade, como o facto público e notório de a tirania líbia não ter igual no Norte de África.
Tudo isto foi apreciado por muita gente no Ocidente (escuso-me de dizer o mesmo quando Kaddhafi era um dos grandes patrocinadores do terrorismo internacional, apenas porque essa história é mais velha). Quem julga que estou a exagerar, leia o artigo publicado na "New Statesman" pelo inefável Anthony Giddens - o guru de tanta gente que ainda nos governa -, em 2006, repito, em 2006, que por um triz não descobria uma (outra) terceira via na Líbia e vislumbrou no rosto de Kaddhafi a face de um "modernizador".
É por estas e por outras que dispenso as cantigas da malta que há tanto tempo que desafina.
.
Adenda: o vídeo do "Combate de Blogs" da TVI24 do último sábado está aqui.
publicado por Miguel Morgado às 13:39 | comentar | partilhar

Quizz

Se excluirmos a hipótese do consumo abusivo e continuado de psicotrópicos, o que levará um economista funcionável a ser assim aos domingos e feriados?
publicado por Jorge Costa às 13:33 | comentar | partilhar

Cachimbos

O Cachimbo de Magritte é um blogue de comentário político. Ocasionalmente, trata também de coisas sérias. Sabe que a realidade nem sempre é o que parece. Não tem uma ideologia e desconfia de ideologias. Prefere Burke à burqa e Aron aos arianos. Acredita que Portugal é uma teimosia viável e o 11 de Setembro uma vasta conspiração para Mário Soares aparecer na RTP. Não quer o poder, mas já está por tudo. Fuma-se devagar e, ao contrário do que diz o Estado, não provoca impotência.

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