Quarta-feira, 31.08.11

31 de Agosto - Dia do Desperdício

Começo por pedir desculpa por não alinhar com a unânime alacridade que por aí vai, por aparecer como um desmancha-prazeres. É condenável, é verdade, que, num dia em que tanta gente bem intencionada e esforçada encontra, finalmente, motivo para um sorriso na sua triste vida, assome a feia cabeça de uma criatura sem nome, que, incapaz de tomar parte no banquete, teime em não ir embora, como diria o Erasmo. Hoje foi o dia em que 37 000 professores ficaram do lado de fora da Escola. Trinta e sete mil. É um desperdício dificilmente concebível.

Só criaturas que padeçam de imaturidade moral e de miséria mental se podem contentar com a hecatombe. São entusiasmos misólogos. Dessa numerosa e tão vocal gente não se pode, sequer, dizer que estão mentalmente apetrechados com escombros culturais - nem isso, porque mesmo esses escombros são, ainda, vestígios de qualquer coisa que passou por "cultura". Não. Essa malta orneia por desertos infra-humanos. Vive em mundos onde o sol nunca se põe - nunca viram, portanto, a noite como promessa de revelação -, nem nunca nasce - desconhecem, também, a luz, que dá a ver as coisas.

A partir de hoje, milhares e milhares de horas possíveis de contemplação reveladora de uma obra de arte, de leituras iluminantes de tantos poemas, de pasmos inesperados perante textos literários até aí ignorados e desprezados, de adestramento na plasticidade da língua, nas Wendungen de Hofmannsthal, da transfiguração do presente depois do conhecimento do passado, de cálculos agora descobertos e já não inacessíveis, de relações espaciais ainda ontem insuspeitas, de soletrações pausadas da tabela periódica que se descobrem como uma decifragem da realidade, da junção infantil das primeiras letras, que nos afasta de todas as outras espécies, tudo, tudo isso foi posto no caixote do lixo. Parabéns.

publicado por Carlos Botelho às 23:59 | comentar | ver comentários (22) | partilhar

Da série "a concorrência faz melhor"

Os Católicos e a Política, por Henrique Raposo.

 

Aproveito para fazer uma pergunta ao Henrique: sabes onde posso encontrar o artigo de Lucas Pires na Communio que citas no teu texto ? Não conheço e fiquei curioso. Algum dos Cachimbos tem o texto que me possa emprestar?

publicado por Paulo Marcelo às 18:12 | comentar | ver comentários (2) | partilhar

Meio bilhete

 

Dois docentes da Faculdade de Direito que vivem no Porto e dão aulas em Lisboa apanham todas as sextas o Alfa para regressarem a casa. Um é assistente convidado e tem um vencimento de 1000 euros. O outro é Professor Catedrático e tem um vencimento de 5000 Euros. No entanto o Professor Catedrático apresenta o seu BI e, porque tem 65 anos, paga apenas meio bilhete. O mesmo se passaria com Américo Amorim ou Belmiro de Azevedo.

Ao contrário do que acontece em Espanha em que os descontos são concedidos apenas a aposentados que tenham a "tarjeta dorada" em Portugal, qualquer pensionista a partir dos 60 anos ou qualquer cidadão a partir dos 65 anos paga apenas meio bilhete.

Se em Espanha os descontos são apenas de 25% nos dias de semana e de 40% nos fins de semana, cá são sempre de 50%, sendo que Portugal tem actualmente o regime de descontos mais cego da União Europeia.

Bastava a revisão deste pornográfico regime do meio bilhete para arrecadar mais do que os dez milhões de euros que a CP estima com o aumento generalizado das tarifas.

  

publicado por Pedro Pestana Bastos às 17:42 | comentar | ver comentários (5) | partilhar

E a despesa?

 

 

O quadro supra (p 35 do Documento de Estratégia Orçamental 2011-2015) demonstra em termos simples a origem do desvio do défice do OE 2011 (no valor de 1.5% do PIB) e as medidas que serão implementadas para o corrigir. Se não me falha a interpretação, estas se resumem-se ao imposto extraordinário, a rescalonamentos no IVA e a outras receitas extraordinárias. Julgo que tinha ficado prometido que o ajustamento pelo lado da receita representaria apenas 1/3 do total. Estou a ver que sim.

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publicado por Miguel Noronha às 16:44 | partilhar

Para não se desabituarem

-Temos (finalmente!) prometida para hoje à tarde a revelação dos "cortes históricos" na despesa pública. Mas antes disso tomem lá mais uma subida de impostos. Espero que, ao menos, isto agrade ao pessoal do PS.

 

 

ADENDA: António José Seguro chamava-lhe "contributo solidário". Pedro Passos Coelho diz que é "solidariedade especial". Eu chamo-lhe "extorsão fiscal". 

ADENDA2: "Portugal plans biggest cuts in 50 years" escreviam no Financial Times. Em vez disso tivemos apenas o anúcio do aumento dos impostos que ainda não tinham aumentado. Onde é que está o "histórico" corte da despesa pública?

publicado por Miguel Noronha às 11:36 | partilhar

Aquela palavra começada por "D"

Segundo o Público, o Ministro das Finanças anunciou a intenção de duplicar a meta anual de redução de funcionários públicos inscrita no acordo com a "troika". Acho muitíssimo bem. Ainda que continue com pruridos em usar a palavra "despedir".

publicado por Miguel Noronha às 11:13 | partilhar

“La fiesta y la cruzada” (JMJ)

 

 

 

publicado por Nuno Lobo às 10:58 | comentar | ver comentários (3) | partilhar

Não seja por isso

 

A RTP não valerá, enquanto canal, muito dinheiro. Não é certamente com isso que se resolve o problema do défice. Face à realidade actual, a RTP não trará grande receita para o Estado", realçou Pais do Amaral ao Diário Económico

 

Penso ser possível chegarmos a um acordo mutuamente vantajoso. Façamos assim. Os accionistas da TVI (e eventualmente os da SIC) assumem o financiamento da RTP (o que inclui eventuais défices de exploração e aumentos de capital). Evitam a entrada de um novo concorrente que lhe venham roubar (mais) algumas horitas de sono e eventuais perturbações causadas aos defensores do serviço público de televisão pelo desaparecimento de "O Preço Certo". A vantagem para os contribuintes é óbvia.

publicado por Miguel Noronha às 09:40 | partilhar

Continuamos nisto

Por mais risível que seja, há sempre uma qualquer "razão de estado" que nos impede de reduzir a despesa pública. É sempre preferível aumentar os impostos.

publicado por Miguel Noronha às 08:14 | partilhar
Terça-feira, 30.08.11

O que é injusto e imoral em Portugal não é 'os ricos não pagarem impostos', imoral e injusto é o estado gastar por ano METADE do que os portugueses produzem

Todos os minutos que perdermos discutindo se se deve ou não aumentar os impostos sobre os 'ricos' ou se se deve ou não taxar as heranças e as doações ou se, como na descabelada proposta do PS, se se deve penalizar fiscalmente as empresas que são lucrativas e já pagam IRC são minutos que se perdem no combate ao maior problema do país: o tamanho do nosso estado, que de tão grande absorve recursos aos particulares e às empresas que os esmagam, os deixam sem capacidade de poupar, de investir e até de consumir (para chegarmos ao item das contas nacionais preferido dos keynesianos); logo, que os impedem de produzir e de criar riqueza no país.

 

É iníquo este discurso contra os 'ricos', e eu que não olhei para o lado e não fingi que o injusto saque ao subsídio de Natal decretado por este governo era mais do que um atentado à economia e aos portugueses, que o governo a isso havia sido obrigado ou que não era um péssimo sinal sobre o que poderíamos esperar da política de finanças públicas (e que se tem concretizado), digo-o e repito-o quantas vezes forem necessárias.

 

O que é fundamental para este país não é taxar os ricos - cujos rendimentos já foram taxados, que têm uma capacidade de poupança (coisa preciosa por estes dias) que interessa não castigar, que podem deslocalizar-se com facilidade e que, infelizmente e devido ao estúpido socialismo deste país, são poucos. Nem taxar as heranças ou doações - uma proposta inaceitável que já me fez arrepender de ter votado em Cavaco Silva e que, felizmente, o governo parece recusar; uma proposta que, mais uma vez, desincentiva a poupança (só se poupa até ao fim da vida se tivermos a quem deixar as poupanças; se não houver herdeiros, desbarata-se o que ganhámos e tenta-se, como Oscar Wilde, morrer acima das possibilidades); e uma proposta anti-natural, porque doações de pais para filhos deveriam estar absolutamente fora da esfera de intervenção do estado; o incentivo da maioria das pessoas para constituir património é precisamente o de ter algo para deixar aos filhos, de poder dar uma vida financeiramente mais confortável aos filhos. Nem desincentivar as empresas de terem os maiores lucros possíveis - maximizar os lucros é a obrigação de qualquer empresa.

 

O que está fundamentalmente mal neste país é o estado monopilizar metade do que produzimos. Concentremo-nos, portanto, aí, que já teremos trabalho abundante, e deixemos-nos de socialismos.

publicado por Maria João Marques às 22:36 | comentar | ver comentários (7) | partilhar

In the 90's (XII)

A melhor banda espanhola. Infelizmente terminaram em 1997, mas regressaram em 2007 para uma digressão comemorativa dos 20 anos. Esta "La Carta", do álbum "Senderos de Traicón", foi tocada ao vivo no último concerto, no estádio do Saragoça. Espero que um dia regressem novamente, e dessa vez, também a Portugal. 

publicado por Nuno Gouveia às 22:30 | comentar | partilhar

A tensão cresce

A queda de Hosni Mubarak no inicio deste ano levou alguns a pensar que tudo seriam rosas no país dos Faraós. A liberdade e a democracia triunfara perante o despotismo do regime opressor. Bem, infelizmente não foi isso que sucedeu, e neste momento trava-se uma dura batalha interna para saber que tipo de regime teremos no futuro. E a liberdade e a democracia parecem ainda miragens para o povo egípcio. No entanto, e enquanto não existe estabilidade no país (e é provável que tal não haja a médio prazo), parece evidente que as relações israelo-egípcias, pacificadas desde o acordo de Sadat e Begin em 1978, nunca mais serão as mesmas. O sentimento anti-Israel no país permanece forte, e as tensões têm vindo a agudizar-se entre os dois países. Até ao momento, Israel não precisava de se preocupar com a fronteira a Sul. Mas têm ocorrido vários incidentes na zona, e hoje soube-se que a marinha israelita enviou dois navios de guerra para a fronteira com o Egipto, perto do Mar Vermelho. Para complicar a situação, o Irão desviou uma esquadra para a mesma região. Com os olhos colocados na Líbia, e também na Síria, convém que a comunidade internacional comece a olhar com atenção para o Egipto e qual o tipo de regime que se está a construir por lá. E já agora, que utilizem a sua influência e poder para condicionar internamente as opções que forem seguidas. Ou alguém deseja um novo Irão na região? 

publicado por Nuno Gouveia às 17:18 | partilhar

Jogar Seguro

O Governo revela uma total ausência de insensibilidade social, quem o diz é o Tozé.

publicado por Filipe Anacoreta Correia às 17:17 | comentar | ver comentários (2) | partilhar

E se a Alemanha sair do euro?

O líder da BDI (confederação empresarial alemã) defende a saída da Alemanha do euro e  a criação de uma nova moeda transnacional em conjunto com a Finlândia, a Áustria e a Holanda que funcionaria à imagem do antigo marco alemão. É o regresso da ideia do "eurinho e do eurão"

 

Não se espante se apesar da oposição da classe política e intelectual portuguesa existirem cada vez mais eleitores (e contribuintes) alemães a aceitar esta ideia.

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publicado por Miguel Noronha às 16:23 | partilhar

O combate institucional

 

Os dois casos que neste Verão envolveram as Secretas (Ongoing e Nuno Simas) são o reflexo de um regime com instituições políticas fracas. Muito longe estamos do sonho republicano de James Madison, em que a saúde do regime e a prevenção do abuso do poder dependiam da inter-fiscalização institucional. E tão longe estamos que esse abuso existe e acontece diariamente, só raramente chegando à manchete dos jornais e ao conhecimento público. A República portuguesa é ainda um regime cujas instituições políticas se sustentam nas impunidades selectivas, que variam de acordo com as relações pessoais dos ministros. Poderá não ser tão imediato como subir impostos, mas é neste combate institucional que se enfrentará o défice.

publicado por Alexandre Homem Cristo às 14:17 | comentar | ver comentários (2) | partilhar

PPP's que funcionam

 

Um interessante artigo do City Journal descreve a forma como a gestão privada transformou alguns parques públicos nova-iorquinos cuja negligente gestão municipal tinha deixado deixado degradar e transformado em zonas de criminalidade elevada. Um dos maiores casos de sucesso é o famosoCentral Park:

 

"Central Park in spring may be the most glorious public space on Earth. Flowering dogwoods and lilacs scent the air as children, sprung from being cooped up all winter, pack the playgrounds. Bicyclists and runners swirl around the six-mile grand loop, battling through the steep hills of Harlem to take in the skyline views farther south. High-end food carts sell waffles and organic fare. It’s hard to believe that 30 years ago, tourists would stand on 59th Street staring north, afraid to venture into the park. New York City’s green spaces are “certainly at a modern high point,” says Adrian Benepe, commissioner of the Department of Parks and Recreation (who started his career in 1979 as a park ranger and thus “worked in the parks system at its low point,” too).

 

But perhaps the most amazing thing about Central Park is how little tax money goes into maintaining it. Though it is still ultimately the city’s responsibility, the park has been managed since the 1980s by the nonprofit Central Park Conservancy, and it relies on private donations for most of its budget. The marriage between the city and the Conservancy has been a fruitful one. Can this model, known as a public-private partnership, restore and invigorate all of New York’s green spaces, including neighborhood parks in less affluent areas? It’s an important question, not only as the city faces tough fiscal times but as urban planners increasingly view parks as tools of economic development and public health."

publicado por Miguel Noronha às 10:54 | partilhar

As origens do estatismo

Don Boudreaux sobre a Teoria da Escolha Pública e legado de James Buchanan e Gordon Tullock

 

"Economists have long assumed that private-sector consumers and producers act chiefly to promote their own self-interests. This assumption is both realistic and the foundation of much of the knowledge that economists since Adam Smith have contributed to public understanding.

 

But when analyzing the public sector, economists naively assumed voters and government officials are motivated by concern for the general public and not by their own self-interests. That is, the same person who was assumed to act to increase his own well-being as much as possible and to have only limited knowledge about the way the world works when serving as president of, say, General Motors, was assumed to cast aside concern for his own well-being and to become blessed with encyclopedic knowledge and wisdom the moment he takes the oath of office to serve as, say, president of the United States.

 

One unfortunate consequence of this schizophrenia in economists' analysis was excessive trust in government"

 

Para uma excelente introdução (em português) à Teoria da Escolha Pública recomendo a leitura de "O Que é a Escolha Pública?" de José Manuel Moreira e André Azevedo Alves.

publicado por Miguel Noronha às 09:43 | partilhar

Serviços de inteligência

A notícia de que o jornalista Nuno Simas foi alvo de escutas ilegais pelos serviços secretos é obviamente grave. E confirma a velha suspeita de que há instituições públicas que não existem para nos defender - antes pelo contrário. Claro que isto só se sabe agora porque alguém quer ajustar contas com o anterior director, que foi entretanto trabalhar para a Ongoing de Nuno Vasconcelos, com a qual por sua vez o Expresso de Pinto Balsemão, que deu a notícia, tem um contencioso. Não há aqui inocentes. Mas, até por isso, é bom que os governos mudem de vez em quando: para que os podres poderes sejam arejados. Dividir as baixezas do Estado pelo bem comum é uma das enormes vantagens da democracia.

publicado por Pedro Picoito às 00:21 | comentar | ver comentários (7) | partilhar

Da série "A concorrência faz melhor"

Outras musas.

publicado por Pedro Picoito às 00:17 | comentar | partilhar
Segunda-feira, 29.08.11

Crónicas do Planeta Oval

Parem as máquinas. Contra todas as expectativas, a Austrália venceu anteontem o torneio das Três Nações de rugby, batendo a Nova Zelândia por 20-25 no jogo decisivo - uma autêntica final, por capricho do calendário e dos resultados anteriores. A duas semanas de receberem o Mundial, que não ganham desde a primeira edição, em 1987, também disputada em casa, há quatro milhões de neozelandeses em choque.

Compreende-se: depois de dois anos quase invictos (com uma única derrota, igualmente às mãos dos Wallabies, mas num jogo amigável), esta foi a segunda azia consecutiva. Há semana e meia, jogaram e perderam contra a África do Sul, em Durban, mas ninguém levou aquilo a sério. A jogar com uma equipa B, nitidamente em poupança de esforços, mesmo assim os All Blacks dominaram os Springboks e só perderam à conta de dois ensaios anulados (um mal, outro bem) e da falta de pontaria de um Dan Carter com a cabeça no Mundial.

Desta vez foi a doer e ambas as equipas jogaram na máxima força. Estava mais em jogo do que simplesmente uma vitória sobre os eternos rivais ou mesmo a vitória na principal prova do hemisfério sul. Ninguém tinha dúvidas de que se enfrentavam, na noite de Brisbane, os dois candidatos maiores a erguer a próxima William Webb Ellis. Quem vencesse, partiria em vantagem. E não foram os Kiwis... Para agravar as coisas, o actual treinador da Austrália, Robbie Deans, é uma velha glória All Black e o primeiro estrangeiro a comandar os Aussies. Cada vitória sobre as antigas cores é vista pelos seus compatriotas como uma espécie de traição. Se Deans ganhar o Mundial, o melhor é pedir asilo político a Camberra.

Claro que, para o resto da Humanidade, tudo isto são excelentes notícias. O mito da invencibilidade maori foi pela água do Pacífico baixo. O espectro de um Mundial com vencedor antecipado, tão evidente era até há dois dias a superioridade dos anfitriões, seguiu o mesmo caminho. O Pacífico tem muita água. E, além de Boks e cangurus, a setentrional Inglaterra também desfraldou as velas e parte com o vento pelas costas, depois de ter resolvido a falta de bússola dos centros com o recrutamento de Manu Tuilagi, um jovem 13 de origem samoana (as águas do Pacífico...) que marcou dois ensaios em dois jogos de rosa ao peito e promete ser uma das revelações nos antípodas. E ainda há a França, sempre imprevisível -  e sempre disposta a cumprir a missão providencial de reduzir  a pó as esperanças neozelandesas, como em 1999 e 2007. A revista Rugby World dizia, meio a brincar meio a sério, que os frogs estão a jogar tão mal que se preparam para ser finalmente campeões do mundo. Allez les Bleus! Em suma, é tempo de ir buscar umas cervejas e sentar-se à frente da televisão. Alguém tem que combater a crise.

publicado por Pedro Picoito às 17:50 | comentar | ver comentários (2) | partilhar

Cachimbos

O Cachimbo de Magritte é um blogue de comentário político. Ocasionalmente, trata também de coisas sérias. Sabe que a realidade nem sempre é o que parece. Não tem uma ideologia e desconfia de ideologias. Prefere Burke à burqa e Aron aos arianos. Acredita que Portugal é uma teimosia viável e o 11 de Setembro uma vasta conspiração para Mário Soares aparecer na RTP. Não quer o poder, mas já está por tudo. Fuma-se devagar e, ao contrário do que diz o Estado, não provoca impotência.

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