Quarta-feira, 29.02.12

Eleições na Rússia (II)

Não resisto a uma piada, a propósito das eleições de Março.

 

"O Chefe de Gabinete de Vladimir Putin entrega-lhe os resultados das eleições presidenciais de 4 de Março, dizendo:

- Chefe, tenho boas e más notícias. 

Ao que Putin responde:

- As boas notícias primeiro.

- O Chefe ganhou as eleições.

- Então o que é que pode ser uma má notícia?, perguntou Putin.

- Ninguém votou em si."

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publicado por Victor Tavares Morais às 22:04 | comentar | ver comentários (1) | partilhar

Fim do euro (17) Nova ajuda a Portugal

Têm-se multiplicado os comentários sobre se Portugal precisa de um novo pacote de ajuda. Do lado das autoridades, portuguesas e europeias, o discurso é que uma nova ajuda não é necessária, mas isto é muito mais uma mensagem política do que uma análise objectiva da situação.

 

O segundo pacote de ajuda à Grécia foi genericamente aprovado a 21 de Julho do ano passado, mas só há muito pouco tempo é que os termos da ajuda foram definidos e, mesmo assim, de forma ainda não completamente conclusiva. Talvez mesmo só depois das eleições legislativas de Abril é que possa haver fumo branco e isto se os resultados eleitorais não forem de acordo com as últimas sondagens, que indicam que a Grécia se pode tornar ingovernável a partir daí.

 

Como é óbvio, a última coisa que a crise do euro precisa é que se comece já a discutir uma nova ajuda a Portugal. Os fracassos da ajuda à Grécia são demasiado evidentes, pelo que assumir mais um descalabro, desta feita em Portugal, provocaria um contágio muito para além do nosso país, algo a evitar a todo o custo.

 

No entanto, uma análise objectiva da situação portuguesa conduz à conclusão de que será necessário um novo pacote de ajuda, embora esta necessidade deva ser desdramatizada.

 

O actual pacote de ajuda prevê que em meados de 2013 Portugal possa voltar aos mercados e deixe de precisar de auxílio. No actual contexto, esta condição parece totalmente irrealista. Mesmo que Portugal cumpra todos os requisitos – uma hipótese heróica – é altamente improvável que possamos regressar aos mercados tão cedo.

 

Na versão mais benigna, Portugal enfrentará uma recessão mais profunda do que o previsto, o que implicará um défice mais elevado do que o previsto, mas as necessidades de financiamento poderão manter-se se se conseguirem receitas extraordinárias em 2012 ou se conseguirem maiores receitas das privatizações.

 

Genericamente, não se recomenda a venda das jóias de família para financiar despesas correntes, mas se estas despesas forem de alimentação, estaremos perante um mal menor. Em 2012 enfrentamos uma situação semelhante a esta. A recessão maior do que o esperado e o facto de no ano passado não termos diminuído o défice de forma estrutural torna a meta orçamental do corrente ano quase impossível de alcançar. No entanto, se conseguirmos receitas extraordinárias que permitam respeitar as necessidades de financiamento negociadas com a troika, estaremos a cumprir parte das nossas obrigações.

 

Se não pedirmos mais dinheiro, mas apenas ajuda durante mais tempo, isso poderá ser encarado com enorme benevolência, como o ministro das finanças alemão já deu a entender.

 

Mesmo que precisemos de mais dinheiro, isso também poderá ser olhado com alguma bonomia se as necessidades adicionais resultarem exclusivamente de uma recessão mais profunda do que o inicialmente antecipado, devido à recessão europeia.

 

Neste momento estima-se que os fundos disponíveis para emprestar a Portugal e aos outros países em dificuldades sejam aumentados para 500 mil milhões de euros a partir de Julho. Os líderes europeus têm vindo a dizer que agora estamos mais fortes, mas o G20 insistiu com os países europeus para que estes reforcem o FEEF e o seu substituto, o MEE. 

 

É um pouco chocante que sejam os países do G20 a ter uma visão mais lúcida sobre as necessidades para enfrentar a presente crise do euro. E é também muito irónico que, se os fundos acessíveis ao FEEF fosse muito aumentados, talvez não fosse sequer necessário usá-los.

 

De momento, a oposição alemã a este reforço do FEEF já fez abortar a reunião prevista para esta sexta-feira. Com tantas falsas partidas é muito estranho que os líderes europeus se tenham convencido que estão agora mais fortes e que a crise está controlada.

 

[Publicado no jornal “i”]

publicado por Pedro Braz Teixeira às 18:38 | comentar | ver comentários (2) | partilhar

A difícil campanha de Obama

Em Novembro Obama enfrenta uma dura batalha pela sobrevivência na Casa Branca. Ao contrário do que vou lendo na imprensa portuguesa, sempre muito influenciada pelos media "liberais" americanos, Obama enfrenta uma série de obstáculos que estão muito longe de lhe garantir a reeleição. Ainda esta semana foram publicadas duas sondagens (Gallup e Rasmussen) que colocam Obama empatado com Mitt Romney. Estas sondagens são ainda mais significativas quando Mitt Romney está envolvido numa verdadeira guerra civil nas primárias republicanas e que está a ser lesiva para a imagem de Romney. Muito dificilmente serão favas contadas para Obama, como muitos parecem acreditar em Portugal. 

 

Na verdade, os últimos dois meses foram positivos para Obama. A taxa de desemprego baixou ligeiramente e os indices económicos melhoraram, os republicanos têm-se enfrentado numa campanha muito agressiva, cheia de ataques pessoais entre si, e o presumível nomeado, Mitt Romney, arrisca-se a passar mais uns meses em campanha contra os seus adversários republicanos. Quanto mais longa for a campanha das primárias, menos tempo terá para se focar em Obama. Além disso, é um candidato que gera muita desconfiança na base do eleitorado republicano mais conservadora. Um outro factor a considerar é que o Presidente Obama contará certamente com uma vantagem financeira importante em relação ao adversário republicano, o que não deixará de ser importante em muitos swing states.

 

Mas a minha convicção que Obama não terá vida fácil assenta em principios muitos simples: o desemprego em Novembro nunca deixará de ser o mais elevado numa campanha de reeleição desde 1936, quando FDR derrotou Alf Landon; os preços da gasolina estarão elevadíssimos (duplicaram desde a entrada de Obama na Casa Branca); e a popularidade de Obama mantém-se em níveis muito próximos dos 46 por cento, um número demasiado perigoso para o Presidente. Por outro lado,e  apesar da campanha negativa republicana, depois de nomeado, Romney facilmente unirá o partido em seu redor: em primeiro porque o desejo de derrotar Obama ultrapassará a desconfiança que gera na base, e depois porque certamente irá escolher um candidato a Vice Presidente mais conservador do que ele, como Marco Rubio, Chris Christie ou Bob McDonnell, que o ajudará a galvanizar o partido. Nenhum republicano ficará em casa por muito pouco que goste de Romney. 

 

Acreditando que Obama dificilmente conquistará novo eleitorado em relação a 2008, o seu grande desafio será segurar o máximo de independentes possíveis, tentando por um lado acenar com o papão republicano, e por outro, tentar replicar a "magia" da sua campanha de há quatro anos. No entanto, depois de um mandato cheio de reveses e dificuldades, Obama não terá a vida fácil. No Verão, depois de conhecidos os indicadores económicos e os nomes da dupla republicana, talvez dê para fazer uma previsão mais ou menos realista. No momento, e apesar de ligeira vantagem para Obama, é arriscado tentar prever o que irá suceder em Novembro. Até porque seria baseado meramente em questões de fé e não no pragmatismo que a realidade exige. 

publicado por Nuno Gouveia às 14:53 | partilhar

Amanhã, na essejota

 

“Ainda há esperança?”. O P. Alberto Brito, sj, Provincial dos jesuítas em Portugal, dá o mote à pergunta, a que procuram responder as reflexões de Isabel Jonet, Paulo Rangel e do jornalista António Marujo. A atriz Cleia Almeida, uma das protagonistas do premiado “Sangue do Meu Sangue”, apresenta um filme, o cantor Tiago Bettencourt comenta um vídeo, o fotógrafo Luís Ferreira Alves mostra-nos uma imagem, o cartoon é de Luís Afonso e a jornalista Paula Moura Pinheiro fala acerca de um quadro. O livro sugerido por Pedro Mexia, um poema de Manuel António Pina, vencedor do Prémio Camões 2011, a música escolhida pela fadista Carminho e a história contada pelo escritor Jacinto Lucas Pires abrem horizontes acerca de um olhar otimista sobre o futuro. Esta edição conta ainda com a participação do jesuíta irlandês Michael-Paul Gallagher, professor na Universidade Gregoriana em Roma, e uma entrevista ao porta-voz da Santa Sé, P. Federico Lombardi, para além de uma surpreendente reflexão de uma Carmelita que, do interior do convento, olha para o mundo como quem o conhece profundamente.

 

É amanhã, na essejota.net.

publicado por Alexandre Homem Cristo às 12:54 | comentar | partilhar

Eleições na Rússia (Perguntas & Respostas)

 

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publicado por Victor Tavares Morais às 12:52 | comentar | partilhar

Relatos do quotidiano

Abre-se a porta da “clínica” dos Arcos. Sai uma mulher de rosto triste logo seguida de um homem com ar triunfante. Leonor, da porta da Missão Mãos Erguidas, vigilante como uma sentinela, vozeia o “alerta”: Mãe, precisa de ajuda? Ao que a mulher melancólica responde: Preciso, e muito! Leonor avizinha-se. Interpela. Escuta. A desgraçada desabafa que não quer abortar seu filho; é o homem que está com ela que o determinou. Leonor pergunta se ele é o pai. Que sim, responde a outra. Leonor fixa-a nos olhos e remata: o seu filho não precisa do pai para nada; o seu filho não precisa de um pai que o quer matar. O homem, rubro de cólera, bufa palavras bravas. Leonor, serenamente, volta-se para o mesmo e questiona-o: O senhor já desejou a morte de alguém? Respondeu de imediato que nunca. Ao que Leonor retorquiu: Então, parece-lhe bem que a primeira pessoa a quem deseja a morte seja o seu próprio filho? Depois de uns instantes de muda perplexidade gaguejou raivas. Leonor, sem se deixar amedrontar, continuou: Infelizmente existe uma lei injusta que executa os filhos à morte por decisão da mãe; mas, por enquanto, ainda não há nenhuma lei que obrigue as mães abortar! O senhor não pode forçar a sua mulher a matar o filho! O tom imperioso e firme deixou sem resposta o desalmado que num arremesso pegou da mão da mulher arrastando-a rua abaixo, não conseguindo porém evitar que Leonor tivesse passado alguns panfletos e DVDs à infeliz. Chegados ao automóvel, depois de ter fechado a porta com grande estrondo, este jurista (eram os dois juristas), de olhos inchados, numa fúria incontida rasgou todos os papéis, quebrou o suporte informático, berrou impropérios e arrancou aceleradamente fazendo chiar estridulamente os pneus, que deixaram a sua marca no alcatrão. Ela deixou-o para ter a criança. Foi feliz o parto, e a mãe babada amamenta agora com maviosa ternura o esplêndido bebé. Entretanto o assanhado pai que longamente amuara estomagado está-se reaproximando e, se Deus quiser, não tardará a reconciliação.

 

[Texto de Nuno Serras Pereira]

publicado por Paulo Marcelo às 11:24 | comentar | ver comentários (20) | partilhar
Terça-feira, 28.02.12

In the 90's (XL)

Foi na década de 80 que os Iron Maiden fizeram os seus trabalhos mais emblemáticos, mas este Fear of the Dark, de 1992, é um dos hinos da banda inglesa. E esta versão tocada no mítico festival Monster of Rock de Donington Park é eterna. 

publicado por Nuno Gouveia às 22:30 | comentar | partilhar

Terei percebido bem?

António José Seguro disse hoje que a avaliação positiva da troika significa mais recessão. Sendo o PS o partido que negociou e assinou o acordo que a coligação está a executar, essas palavras significam que Seguro preferia que a avaliação fosse negativa. Já faltou mais para que Seguro, como sugeriu o Paulo, se junte ao discurso demagógico da extrema-esquerda e renuncie ao acordo que o seu partido assinou. Pelo menos haveria uma clarificação da posição do PS em relação ao acordo com a troika e demonstraria uma coragem política que até ao momento não tem evidenciado. Assuma-se, homem!

publicado por Nuno Gouveia às 14:10 | partilhar

Amanhã, na Gulbenkian

 

Últimas inscrições. Mais info, aqui.

publicado por Alexandre Homem Cristo às 11:59 | comentar | partilhar

O Insurgente

 

Na blogosfera há os blogs que espreitamos, os blogs que visitamos e os blogs que lemos. A minha experiência na blogosfera começou essencialmente como leitor do Insurgente. Nestes sete anos na minha seleção de diária de blogs, muitos entraram e muitos sairam, mas o Insurgente ficou sempre. Fez ontem 7 anos e está em grande forma tendo anunciado o ingresso do Ricardo Lima e o regresso do Luciano Amaral e do Miguel Noronha. Parabéns.

publicado por Pedro Pestana Bastos às 10:07 | comentar | ver comentários (2) | partilhar

Democracia directa

Quem ainda não votou na sondagem do lado direito desta página, sobre o nome de uma eventual moeda nacional (ideia lançada pelo Pedro Braz Teixeira a acompanhar os seus excelentes artigos sobre o "Fim do Euro") é bom que o faça durante as próximas horas porque vamos encerrar a votação muito em breve. O sistema só permite um voto por pessoa, claro. Não sei bem porquê mas escolhi o Cruzado. Votei vencido, portanto, mas ainda não convencido.

publicado por Paulo Marcelo às 10:03 | comentar | ver comentários (1) | partilhar
Segunda-feira, 27.02.12

Da série "Sei o que fizeste no verão passado"

«Eu tenho dito ao primeiro-ministro que ele tem uma obsessão pela austeridade, tem uma paixão pela austeridade e que o caminho da austeridade não resolve os problemas dos portugueses

 

Estas palavras não são do líder do BE ou do PCP. São palavras ditas este Sábado, na Guarda, pelo Secretário-Geral do PS. Sim, o mesmo partido que esteve seis anos no governo antes de Portugal ter de pedir ajuda externa para não entrar em bancarrota. O mesmo partido que estando no governo aprovou vários programas de austeridade (lembram-se dos quatro PECs?). O mesmo partido que negociou e assinou o MoU com as instituições internacionais que nos emprestaram 78 mil milhões de euros. Um acordo onde estão previstas grande parte das medidas de austeridade, de que ninguém gosta, como é óbvio, mas que têm se ser cumpridas por este Governo para nos mantermos à tona de àgua. E que mesmo assim são criticadas pelo partido que negociou e assinou essa mesma austeridade-em-versão-MoU. Pois. Agora expliquem-me uma coisa como se eu fosse muito burro: será falta de memória ou estão mesmo a tomar-nos por parvos?

publicado por Paulo Marcelo às 19:39 | comentar | ver comentários (4) | partilhar

Erland Josephson - Domenico

 

Erland Josephson, como Domenico, no Nostalgia, de Andrei Tarkovsky (1983).

publicado por Carlos Botelho às 12:00 | comentar | partilhar

Acerto de contas

Nos últimos dias, troquei com a Ana Matos Pires alguns números sobre a mortalidade materna por aborto antes e depois de 2007, ano da liberalização. Afirmei mais abaixo que não se registavam mortes por aborto antes de tal ano e havia uma morte por aborto legal depois.

É da mais elementar honestidade reconhecer, depois do link da Maria João Pires, que o primeiro dado está errado: um relatório do Programa Nacional de Saúde Reprodutiva indica a ocorrência de 14 mortes maternas por "diferentes situações de aborto" entre 2001 e 2007. Seria interessante saber quantas se devem a abortos legais (recordo que em 1984 se legalizou o aborto por violação, malformação do feto ou risco de vida da mãe) para comparar com a situação pós-2007,  mas isso não é esclarecido. Presumo que todas ou a maioria das mortes tenham resultado de abortos clandestinos, uma vez que as três excepções de 1984 sempre foram estatisticamente pouco relevantes.

Quanto à segunda informação, a fonte sobre a morte por aborto legal ocorrida depois de 2007, que a Ana tão ansiosamente pediu até ser fornecida, está aqui, na página 8.

Esta adenda, como é evidente, põe em causa um dos argumentos que usei no post referido. Vou reformulá-lo.

A batalha prossegue na frente gay (salvo seja). Estejam à vontade para usar a caixa de comentários por trincheira, mas lembrem-se que tenho um especial gosto em apagar cretinices.

publicado por Pedro Picoito às 11:59 | comentar | ver comentários (39) | partilhar

Erland Josephson com Bergman

 

[Em 1999]

publicado por Carlos Botelho às 03:14 | comentar | partilhar
Domingo, 26.02.12

O burro sou eu.

 

Tinha prometido a mim próprio que não escrevia uma linha sobre o debate da adopção por "casais" homossexuais. De facto, com o país em risco de falência, em que todos os meses milhares de portugueses ficam numa situação de desemprego e dezenas de famílias entregam as casas aos credores hipotecários, considero que este é um debate que, nesta altura, não deve ser alimentado. Todavia, a caixa de comentários deste post do camarada Pedro Picoito tem sido invadida com ataques à minha prestação num debate de sábado na TVI 24. Como o Pedro Picoito nada tem a ver com o programa venho dar o corpo às balas. Resumindo, o que afirmei reitero:

 - Não faz sentido ter este debate neste momento. Já todos percebemos que o Bloco de Esquerda, como representante da esquerda gourmet não consegue impôr outra agenda que não seja esta (agora anunciam a eutanásia). Os tempos não estão para esquerdas gourmet mas sim para políticas de austeridade. Portugal é hoje como uma casa a arder e o Bloco de Esquerda, em vez de ajudar a apagar o fogo, teima em discutir se devemos pintar as paredes da casa de rosa pink ou rosa choque.

- Nem os heterosexuais nem os homossexuais têm um direito à adopção, o que existe é um direito das crianças a terem uma família, de preferência um pai e uma mãe. Na matéria de adopção as crianças devem ser a nossa única preocupação e não devem ser instrumentalizadas por uma qualquer causa.

- Como já frisou o Pedro Picoito a heterosexualidade não é prova de capacidade para a adopção. Há muitos casais heterosexuais que não bons pais e seguramente que há muitos homossexuais que serão bons pais ou boas mães.

- O amor com que educamos e nos dedicamos a uma criança não se confunde nem implica a filiação. Todos conhecemos mulheres e homens que se casam ou se juntam já com filhos de outras relações anteriores e não se torna necessário a adopção dos filhos do parceiro.

- Eu entendo que não é indiferente para uma criança ter dois pais ou duas mães em vez de um pai e uma mãe. A maternidade e a paternidade preenchem dimensões diferentes no desenvolvimento de uma criança. Quem é pai ou mãe experimenta esta realidade todos os dias.

Por último uma palavra para salientar que confundir os homossexuais com os activistas da "agenda gay" é um erro. Seria o mesmo que confundir os trabalhadores com alguns sindicalistas da CGTP. A maior parte dos homossexuais está-se nas tintas para esta agenda.

Finalmente, para os que pretendem atacar a minha prestação com acusações de homofobia e outras já agora critiquem com conhecimento. É a partir do minuto 34.

 E Pedro, escusas de te queixar à ILG. O burro sou eu.

 

 

publicado por Pedro Pestana Bastos às 22:42 | comentar | ver comentários (15) | partilhar

Da série "T-shirts políticas"

publicado por Paulo Marcelo às 09:00 | comentar | ver comentários (2) | partilhar
Sábado, 25.02.12

Quotas

É avisado instituir agora um regime de quotas para as mulheres. Elas serão em breve uma maioria qualificada nos órgãos de gestão das empresas e das instituições públicas. É melhor criar agora o estigma, antes que cheguem lá por competência e provas dadas. Isso é que poderia ser verdadeiramente embaraçoso.

publicado por Victor Tavares Morais às 22:46 | comentar | ver comentários (5) | partilhar

Crónicas da Renascença: A Adição Gay*

 

            O Parlamento português discutiu  ontem a adopção por casais homossexuais, sob proposta do Bloco de Esquerda e dos Verdes e com o voto negativo da maioria dos deputados, incluindo os do PCP. É mais uma tentativa do reconhecimento social da homossexualidade por via da lei, na sequência da legalização do “casamento” gay (embora com sorte diferente: mudam-se os tempos, mudam-se as maiorias).

Em bom rigor, uma vez aprovado o “casamento” entre pessoas do mesmo sexo, não parece haver qualquer argumento jurídico contra a adopção. Quem pode casar, pode adoptar. E a orientação sexual não é prova de capacidade parental. Todos conhecemos heterossexuais que são maus pais e homossexuais que provavelmente seriam bons pais.

As minhas razões contra a adopção por casais gay são outras.

Em primeiro lugar, o interesse das crianças, principal ponto da questão, não pode ser instrumentalizado por quem procura a normalização pública de uma identidade sexual minoritária. Se aceitarmos isso, as crianças tornam-se reféns da política de reconhecimento de uma minoria, no sentido que Charles Taylor dá a este termo. A homossexualidade não é fonte de direitos. Na sociedade portuguesa, sujeitar a criança ao estigma de ter dois pais ou duas mães é um preço demasiado alto a pagar pela vitória do progresso, tal como o entendem alguns. Querer mudar mentalidades por decreto costuma fazer vítimas.

Em segundo lugar, é duvidoso que um casal sem papéis masculino e feminino definidos seja o melhor ambiente para a educação, incluindo sexual, de um jovem. A formação da personalidade, dever e direito dos pais, é uma tarefa complexa que exige um projecto de vida estável e claro. O movimento gay quer fazer reconhecer esse projecto de vida através da adopção, quando deveria ser ao contrário. Está viciado em ideais burgueses, como a família tradicional, em nome dos amanhãs que cantam. Dá vontade de pedir - que sejam um pouco menos conservadores.

 

*26/2/2012

publicado por Pedro Picoito às 18:18 | comentar | ver comentários (152) | partilhar
Sexta-feira, 24.02.12

In the 90's (XXXIX)

A história do grunge de Seattle teria sido diferente se Andrew Wood, o vocalista dos Mother Love Bone, não tivesse morrido uns dias antes do único álbum da banda sair em 1990. 

publicado por Nuno Gouveia às 21:19 | comentar | ver comentários (1) | partilhar

Cachimbos

O Cachimbo de Magritte é um blogue de comentário político. Ocasionalmente, trata também de coisas sérias. Sabe que a realidade nem sempre é o que parece. Não tem uma ideologia e desconfia de ideologias. Prefere Burke à burqa e Aron aos arianos. Acredita que Portugal é uma teimosia viável e o 11 de Setembro uma vasta conspiração para Mário Soares aparecer na RTP. Não quer o poder, mas já está por tudo. Fuma-se devagar e, ao contrário do que diz o Estado, não provoca impotência.

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