Nota positiva, pois claro...

O Estado deitou para o lixo uns quantos milhões de euros na sequência, única e exclusivamente, da teimosia do Governo. José Sócrates demorou quase três anos a aceitar aquilo que era óbvio desde o início. O processo à volta do novo aeroporto de Lisboa não poderia ter sido conduzido de pior forma. Mesmo assim, apesar de ser um autêntico caso de estudo sobre a forma como não deve ser conduzido um processo de investimento público desta dimensão, o editor executivo do Diário Económico, Miguel Costa Nunes, consegue encontrar um ângulo para elogiar José Sócrates:
«A decisão do Governo pela construção do novo aeroporto de Lisboa em Alcochete tem o perfil de uma boa decisão. Pela forma como Sócrates a sustentou no estudo do LNEC, mas também pelo modo como se colocou ao lado do seu ministro Mário Lino, mesmo que isso ainda lhe venha a custar dissabores. (...)»
Há coisas fantásticas, não há?
Só nos resta pedir desculpa a José Sócrates se, nos últimos três anos, ainda que de forma involuntária, lhe causámos algum transtorno. Quanto ao tempo e dinheiro que foi para o lixo, o que é que isso interessa?
Porreiro, pá...
publicado por Joana Alarcão às 00:26 | comentar | partilhar