Isaltino Botto a 30 de Janeiro de 2007 às 12:49
Êu não sabia, mas de facto à pessoas que se andam a injectar com seringas das farturas! Ó homem, não seja ignorante. Claro que só pode ser a pedido da mulher, senão a mulher pega numa pistola ou numa faca e em vez de se perder uma vida perdem-se duas. Tenta lá proibir uma mulher de abortar. Não, mas tente... está a ver como só pode ser a mulher a decidir?
Uma coisa é o que vossa senhoria quer, outra coisa é o que é. É por isso que esta lei não pode continuar, porque é, tal como o senhor, uma lei cega, surda e muda!
T a 30 de Janeiro de 2007 às 13:12
De facto à pessoas ignorantes. à sim senhora!
O objectivo não passa por proibir uma mulher de abortar. O objectivo passa por utilizar o poder coercivo do Estado para fazer valer um direito do homem. E porque não?
rduarte a 30 de Janeiro de 2007 às 17:52
Estou consigo. E porque não?
Bem hajas, por iluminares o espírito de todos nós. Só uma questão: se a mulher à qual transmito o meu património genético tiver mais transmissões de património, como é que posso saber que é o meu que está a ser utilizado para fins pessoais?
Isaltino botto a 30 de Janeiro de 2007 às 22:16
t, o argumento que deve combater é o de não conseguir proibir uma mulher de abortar.
De facto é há e não à! foi um erro, mas percebeu nao percebeu? Ou está armado em Cátia Guerreiro?
Até começar a contribuir — monetária e afectivamente — para o desenvolvimento da criança*, o homem não passa de um dador de esperma. Por isso não tem direito a decidir seja o que for. A mulher, claro, pode dar-lhe o direito de participar na decisão (p.ex., porque considera que não o fazer pode afectar a relação dos dois), mas só mesmo se ela lhe der tal poder.
* Como uma criança só o é depois do nascimento, o homem só tem inerentemente voto na matéria depois do nascimento. Até lá, é só com a mulher.
lukachenko a 31 de Janeiro de 2007 às 11:27
Coisas bonitas e inteligente se dizem por aqui... Contudo, a questão essencial fica por resolver. Há vida a ser extraida. Triste fado o do Ocidente...
TPestana a 31 de Janeiro de 2007 às 11:52
Caro fernando gouveia:
Essa do dador de esperma é mesmo a sério??? É que das duas uma, ou estás a ser irónico e assim compreende-se a tua posição, ou estás mesmo a falar a sério e aí a questão já é diferente...
Claro que a ideia em si é sempre aberrante, mas para ridicularizar ainda mais a situação resta perguntar se concordas que essa tua teoria do dador também funciona quando um homem e uma mulher estão casados?
Já agora só um ponto de situação:
- se a mulher quiser, não é um "direito que dá ao homem de participar na decisão" mas sim um dever que lhe impõe, dever de pensão de alimentos, dever de dar amor a um filho, etc. etc.
- Já para não falar do direito que o homem tem de impor à mulher os seus direitos de pai, não porque a mulher "lhe dá esse poder", mas porque a Lei ainda existe em Portugal (apesar de estarem a querer acabar com ela)...
desculpa mas a tua teoria simplesmente NÃO está correcta
Sr. S a 31 de Janeiro de 2007 às 16:00
Caro Sr T:
Foi com agrado que vi alguém abordar a temática do aborto de um prisma que todos têm receio de abordar: o ponto de vista masculino.
Não obstante, existem casos em que o aborto surge na sequência do não masculino: "Não penses que vou assumir a paternidade", "Não sei se o filho é meu", "Não penses que caso contigo", "Não quero saber, desenrasca-te", etc.
Quanto à protecção do património genético, penso que o consentimento é dado, tacitamente, com a introdução do pénis na vagina sem utilização de contraceptivos, podendo, no entanto, ser invocada a má-fé da receptora (ex: "tá descansado que eu tomei a pílula", "fiz uma operação - sou transexual", e nenhuma destas frases corresponde à realidade).
Grato pela atenção dispensada.
S
Tpestana a 31 de Janeiro de 2007 às 17:54
Caro Sr. S
Sem dúvida, tem toda a razão.
o problema é que a pergunta não fala de "a pedido da mulher quando o pai recusar", nem faz qualquer ressalva aos casos em que o homem até poderia dizer à mulher, "tem o filho que eu trato dele"...
Claro que são situações estranhas, mas podem surgir...
Houve uma reportagem muito boa na revista do jornal "Sol" que falava de maridos/companheiros que não queriam que as mulheres/companheiras abortassem.
mas não tiveram escolha, perderam um filho que também era deles(ou uma coisa humana como lhe chamava a Lídia Jorge)....