Anónimo a 30 de Setembro de 2010 às 00:28
Felizmente há a França
Quando milhões de franceses se movimentaram para protestar contra o aumento da idade da reforma dos 60 para os 62 anos, não faltou quem lhes viesse com as ameaças do costume: Olhem que aqui ao lado, na Alemanha, é aos 67... Vejam lá, não refilem muito, senão ainda vos pode acontecer o mesmo... Vá lá, sejam realistas... Não queiram viver acima das vossas possibilidades...
Mas os franceses, honra lhes seja feita, são gente bem menos submissa que os alemães, e menos cegos à nudez do rei quando este calha de ir nu. E assim, quando um jornalista televisivo confrontou um manifestante anónimo com aquela argumentação, recebeu como resposta que a produtividade francesa era hoje o dobro do que há vinte anos, pelo que não havia nada de irrealista nas suas reivindicações.
Ora acontece que nos nos vinte anos anteriores a produtividade cresceu ainda mais - como não podia deixar de crescer dados os enormes e espantosos avanços tecnológicos a que temos assistido. Ou seja: entre 1970 e 2010, a produtividade mais que quadruplicou. Ou seja, para quem não está a ver o alcance deste facto: cada hora de trabalho humano vale hoje por quatro horas em 1970.
Este número poderá mudar se considerarmos factores de ponderação como o factor demográfico, num sentido, ou no sentido oposto a entrada para o grupo dos países desenvolvidos de outros que não faziam parte dele há 40 anos. Um facto subsiste: o Mundo está hoje muito mais rico do que estava há 40 anos. Se o ócio é um luxo e custa caro, somos suficientemente ricos para o pagar; e parece que em todo mundo ninguém entende isto a não ser os franceses.
Se abstraíssemos do politicamente possível e considerássemos apenas o objectivamente possível, podíamos ter hoje horários de trabalho de dez horas semanais; ou salários quatro vezes mais altos; ou reformas aos 45 anos; ou um qualquer compromisso que combinasse estes bens segundo a vontade de cada um e a vontade democraticamente expressa dos povos. Uma jornalista portuguesa de direita ironizava, não há muitas semanas, com aqueles "atrasados" que ainda sonham com a Suécia dos anos 70. Cometeu aqui um erro de diagnóstico: não sonhamos, exigimos; e não queremos a Suécia dos anos 70: queremos muito mais e muito melhor.
Se isto parece utópico, tal não se deve a qualquer impossibilidade objectiva, mas sim a uma impossibilidade política. Nem os mercados, nem nenhuma lei natural alguma vez determinaram a distribuição da riqueza ou do ócio. E se hoje a maioria dos seres humanos não recebe o dividendo que lhe cabe do progresso económico e tecnológico das últimas décadas, isto deve-se a um facto e a um facto só: há poder a mais nas mãos erradas e poder a menos nas certas.
Utopia? Não há nada de utópico em "exigir o impossível" quando o impossível só o é politicamente.
www.legoergosum.blogspot.com/2010/09/felizmente-ha-franca.html
esqueceu-se dos epítetos
para os
60 mil tecnocratas dos quadros socialistas comunistas sociais democratas, democratas sociais monárquicos
e uma minoria do Bloco
que só lá deve ter metido sobras
dado a falta de câmaras....
que ganham entre 40 mil e 60mil por ano
e dos profs do antigo 9 e 10º escalão a 28000/ano
a maioria dos que entraram em 74 a 1989
fora os que já se reformaram
Anónimo a 30 de Setembro de 2010 às 20:07
Estes tugas merecem o que lhes está a cair em cima. Então não é que continuam a achar que o mal do país é dos "chorudos" vencimentos dos professores?????????!!!
Antes da sinistra criatura existia um Estatuto de Carreira Docente cujo topo (tecto/plafond máximo) era a valores actuais de 2000 Euros líquidos, no final de carreira. Para um corpo de licenciados altamente especializado, com a mais nobre profissão numa Democracia, com uma carreira duríssima e muitíssimo mal remunerada durante quase duas décadas e meia, é MUITO?
Estes porugueses são loucos.
Vão ter a resposta que merecem, não "visível", dos professores, na prática quotidiana de sala de aula. Percebem ou não que a grande catástrofe económica, social e cultural do país é justamente esta ???!!!
AINDA NÃO PERCEBERAM?
Infelizmente, vão percebê-lo da pior forma - pela força da razão, da realidade, das consequências terríveis para cada um e para o colectivo.
Não se queixem - alguns professores deram-se ao trabalho de vos avisar. Muitas vezes.
Disse.
Anónimo a 30 de Setembro de 2010 às 22:35
Olha-me Outro MENTIROSO!
Hoje é Silva Lopes na RTP a dizer que o acordo com os professores custou 400 milhões de euros, arrancados aos bolsos dos contribuintes [sic].
Esta gente não tem mesmo um pingo de vergonha na cara. Onde e como é que estes números são possíveis? Com o congelamento das progressões em 2011, quer Silva Lopes dizer que os 400 milhões de euros foram o custo das progressões dos professores este ano?
Mesmo que isso fosse aplicado aos 115.000 docentes dos quadros (por hipótese lunática) isso significaria quem em 2010 cada professor teria recebido mais 3.500 euros, coisa de mais 250 euros mensais a mais para todos.
Mas esta gente não se coíbe de MENTIR?
www.educar.wordpress.com/2010/09/30/olha-me-outro-mentiroso/
Anónimo a 30 de Setembro de 2010 às 22:41
Sobre o financiamento da Educação: condicionantes globais e realidades nacionais *
Nos mesmos anos de 2007 e 2008, o Estado poupou, relativamente a 2006(também a preços constantes),cerca de 1099 Milhões de euros em pessoal.”
* Vasco Graça
www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/rle/n13/13a04.pdf
Professores Anónimos disse...
Estes tugas
epíteto depreciativo utilizado por movimentos de resistência à ocupação portuguesa
merecem o que lhes está a cair em cima. Então não é que continuam a achar que o mal do país é dos "chorudos" vencimentos dos professores?????????!!!
e não só professores
não dos vencimentos, mas das reformas aos 57 anos com 1800 a 1900 líquidos durante 20 a 30 anos para as mulheres
e 15 a 22 anos para os homens
22000 x 20=440mil euros
Para um corpo de licenciados altamente especializado,
tendo em conta que a maioria fez profissionalização indo uns meses a cursos na universidade aberta ou em universidades como a de évora
isso é estupidez anónima pura
com a mais nobre profissão numa Democracia,
que diga-se de passagem pouco tem feito para dignificar a democracia e a profissão
em manifestações próprias de miúdos imbecis e de vistas estreitas
com uma carreira duríssima e muitíssimo mal remunerada durante quase duas décadas e meia,
70% dos engenheiros, biólogos, Geólogos (sem minas) no sector privado ganha muito menos e neste momento raros são os que têm progressão
ou emprego, de resto muitos voltaram às universidades para obterem profissionalização no ensino
se ainda não reparou nisso é mais obtuso do que parece
é MUITO?é
reformas durante 20 a 25 anos sem suporte
para 150mil professores
é muito
Estes porugueses? são loucos.
e também dá erros
típico do ensino massificado pós 25 de Abril