A duas velocidades

 

 

Não é novidade, e os exames nacionais de 2010 vieram confirmar a regra: as regiões do interior do país, nomeadamente no sul, assim como a Madeira e os Açores, estão a ficar para trás. Embora fora da agenda mediática, este é um dos maiores desafios da Educação nacional: como puxar para cima os alunos destas regiões, enquanto se elevam os standards nacionais? A prevista atribuição de autonomia de decisão às escolas será um bom passo, pois permitirá uma melhor adaptação às necessidades locais, mas dificilmente será suficiente.

O que se fez noutros países, e que poderia resultar em Portugal, foi, juntamente com a autonomia, criar mecanismos de incentivo (evolução na carreira ou recompensa financeira) para os melhores professores aceitarem leccionar nestas regiões e escolas. Com melhores professores e com maior autonomia (com planos de acção/recuperação aprovados e monitorizados por equipas externas), os desempenhos dos alunos melhoraram. São bons exemplos que nos poderiam inspirar.

 

(mapa retirado do recém publicado relatório sobre os Exames Nacionais dos ensinos básico e secundário realizados no ano lectivo 2009-2010, p. 49)

publicado por Alexandre Homem Cristo às 14:55 | comentar | partilhar