Tens toda a razão Pedro.
Ontem ouvi na rádio um activista a proclamar o escandalo que é existirem casais a quem é negado o direito de ter filhos como algo contra natura. Enfim fez lelbrar a Manuela Ferreira Leite quando defendeu a ligação entre o casamento e a procriação. Na altura foi maltratada mas agora são os mesmos que ligam o casamento à filiação.
Renato a 29 de Fevereiro de 2012 às 00:45
Não há nenhuma contradição. A MFL disse que o objectivo do casamento é a procriação.Ora, eu casei-me e não acho que o objectivo do meu casamento seja a procriação.No entanto, não aceito que me seja negado o direito a ter filhos. Percebeu agora?
s. a 25 de Fevereiro de 2012 às 21:00
Definição legal: "adopção é o vínculo que, à semelhança da filiação natural..." - Cód. civil 1586º
E só deve ser decretada "quando apresente reais vantagens para o adoptando" (artº 1974).
O que se pretende é criar um vínculo semelhante à filiação natural, em que existe um pai e uma mãe.
Todos temos conhecimento de situações em que a criança vive apenas com um progenitor (pode até ter nascido filho póstumo), mas não cabe ao direito emular o anómalo e muito menos criando-o.
Por outro lado há o direito da criança a ser adoptada, não existe o direito a adoptar, qualquer que seja a orientação sexual.
Renato a 29 de Fevereiro de 2012 às 01:00
s. é "anómalo" um filho viver apenas com um progenitor? Só faltava essa. Já agora, quanto à adopção, e já que refere a lei (que obviamente não conhece, nem o Código Civil) sabia que a lei da adopção permite a adopção de uma criança só por uma pessoa?
loe jack a 25 de Fevereiro de 2012 às 21:35
http://asombraquemepersegue.blogspot.com/2012/02/portugal-ou-mao-que-embala-o-berco.html
df a 25 de Fevereiro de 2012 às 21:37
Mas o matrimónio está ligado à filiação e à sucessão!
Tratava-se de criar a maior estabilidade possível para que os poderes do pater familias se conservem na prole do pater que vai acedendo à sede familiar: é um successio in locum em que o pater primitivo é actualizado por cada um dos seus sucessores, num mecanismo identitário evidente.
Lidamos, por isso, com o desejo de eternidade que não me parece ser dos mais comezinhos.
Perante a eternidade o casamentos homossexualidade reduz-se ao que é.
Bic Laranja a 25 de Fevereiro de 2012 às 22:07
O matrimónio está, sim senhor(a). O mónio é a eternidade truncada. Para juntar ao aborto.
Cumpts.
"Em segundo lugar, é duvidoso que um casal sem papéis masculino e feminino definidos seja o melhor ambiente para a educação, incluindo sexual, de um jovem. A formação da personalidade, dever e direito dos pais, é uma tarefa complexa que exige um projecto de vida estável e claro."
Duvidoso? Porquê? Quer esclarecer? Acaso repudia a educação dada nos lares de acolhimento onde não há "papéis masculino e feminino"? Se a tarefa é "complexa", não se deveria permitir apenas que casais letrados com um mínimo de inteligência pudessem adoptar? Raios, até procriar? E aos casais homossexuais em que um dos parceiros já tem filhos? Devem ser tirados aos pais e serem colocados num lar de acolhimento, mas desta feita com "papéis masculino e feminino"?
pedro picoito a 26 de Fevereiro de 2012 às 12:18
O que é que entende por lares de acolhimento? A Casa Pia? permita-me que não diga mais nada...
A tarefa complexa da educação não tem necessariamente relação com a escolaridade dos pais ou a sua "inteligência" (embora ambas sejam em princípio uma vantagem), mas com a sua capacidade de comunicar aos filhos aquilo que são, o tal projecto de vida, a sua humanidade íntegra. Pode -se ser um grande educador sem muitos estudos.
Quanto a essa de limitar a procriação só a alguns, parece-me que está a quewrer caricaturar, mas tenho uma má notícia: essa sugestão já foi posta em prática. Faça uma pequena pesquisa sobre a eugenia na Europa, em particualr nos países escandinavos na década de 30 do século XX. Acho que vai ter uma surpresa. A Suécia sempre foi um país muito progressista.
No caso dos homossexuais que já têm filhos, o papel parental masculino já está em parte definido pelo simples facto de o homossexual ser pai. Enfim, não sei como é que hei-de dizer-lhe isto, mas se teve filhos é porque a sua homossexualidade não está completamente definida...
ahahahahahahah esta da "homossexualidade não estar completamente definida" pq se é pai/mãe é maravilhosa. A heterossexualidade tb se define pla presença de filhos?
pedro picoito a 26 de Fevereiro de 2012 às 22:22
Bem, como a Ana sabe, uma vez que é médica, mãe e escriba do Jugular, para haver filhos é preciso um bocadinho de heterossexualidade. Um bocadinho...
Quê, 0,89% chegarão para a berlaitada eficaz?
(o Pedro pensou mesmo no que escreveu antes de o ter feito?)
pedro picoito a 27 de Fevereiro de 2012 às 09:57
Pensei, pensei. Sobre a percentagem, cada um sabe de si.
Pois, há até pais e mães 100% homossexuais, daí a minha pergunta.
pedro picoito a 27 de Fevereiro de 2012 às 13:47
Se são pais e mães, bem, houve pelo menos uma vez em que não foram 100% homossexuais, não é?
Vou ver se arranjo maneira de lhe fazerem uma banda desenhada sobre o assunto. E assim se prova da necessidade de informação sobre saúde sexual e reprodutiva.
pedro picoito a 27 de Fevereiro de 2012 às 14:18
Talvez, mas olhe que já passei a fase da banda desenhada. Não desvalorize o conhecimento experimental.
Nunca se passa a fase da BD, digo eu, olhe que a há bem boa. Tanto conhecimento experimental enviesado, credo, sei bem do que falo, apanho-o, ao desconhecimento e às suas consequências, em consulta. Mas viver é aprender, prezo, por isso, o seu conhecimento experimental em práticas homossexuais.
Ah, não, quando cheguei à fase experimental isso já estava um bocado visto. Anos 80, lembra-se?
Das minhas lembro, se lembro, yeeeees (creio que vão ser as últimas memórias a desaparecer qdo a demência me bater à porta, plo menos assim espero)
Pedro Picoito,
já ouviu falar em inseminação artificial?
pedro picoito a 28 de Fevereiro de 2012 às 18:02
Pois, artificial.
Se a sua estranheza pelo «artificial» é tão grande, espero que, em coerência, não use óculos, não trate os dentes, não coma comida congelada (ou salgada) e não tome medicamentos. E que não use computadores - também são artificiais.
pedro picoito a 29 de Fevereiro de 2012 às 10:39
Noto, novamente com algum estranheza, que para si parece não haver qualquer diferença entre comida congelada e inseminação. Efeitos, talvez, de uma educação sexual a cargo do Estado português.
Comove-me que me considere jovem ao ponto de ter tido educação sexual estatal.
De qualquer modo, insisto: rejeita totalmente qualquer forma de inseminação artificial/procriação medicamente assistida/(insira outro nome se estes lhe parecerem incorrectos)? Defende a ilegalização dessas práticas?
pedro picoito a 29 de Fevereiro de 2012 às 23:37
Há qualquer coisa que me está a escapar. O que é que isso tem a ver com o assunto? Ou está a perguntar se quero ilegalizar a comida congelada?
O que tem a ver com o assunto é que o Pedro escreveu que para haver filhos era necessário existir «um bocadinho de heterossexualidade». Não é, existe a procriação medicamente assistida/artificial/chame-lhe o que quiser.
pedro picoito a 1 de Março de 2012 às 13:56
Mesmo no caso da PMA, tem que juntar uma célula masculina a outra feminina para se dar o P que antecede o MA. A isso chamo um "bocadinho de heterossexualidade". Como é que lhe chamaria?
Ah, já me lembro...
Se a junção de um espermatozóide e de um óvulo é heterossexualidade... Bem, é melhor ficarmos por aqui.
pedro picoito a 2 de Março de 2012 às 10:38
É melhor, é. Não vá o espermatozóide ser gay e o óvulo lésbico...
Que falta de imaginação. Não lhe passa pela cabeça que o óvulo pode ser gay e o espermatozóide lésbico?
Renato a 2 de Março de 2012 às 12:46
E as duas células, a masculina e a feminina, têm de se apaixonar e casar primeiro, ou basta um encontro ocasional, depois de beberem um copo num bar? Isto é sobretudo importante para quando mostrarem á criança os álbuns de fotografias da família e por causa do falatório entre as células do laboratório, que podem chegar aos ouvidos da criança.
pedro picoito a 2 de Março de 2012 às 14:29
Ora, que disparate! As células não falam.
No meio da sua azáfama de responder ao que eram as minhas questões ilustrativas de um possível corolário do seu post (e portanto retóricas), não me respondeu à pergunta essencial. Porque é duvidoso na sua opinião que um casal sem papéis masculino e feminino definidos seja o melhor ambiente para a educação? A sua resposta é meramente uma reorganização do que já tinha escrito sem nada lhe acrescentar. Mantenho a questão.
Você vai pegar logo na Casa Pia? Posso pegar também nos maus tratos infantis (incluindo pedofilia - ora aí está a educação sexual de que também fala) existente no seio de alguns casais heterossexuais. Eu não considero isto um argumento para nada.
Eugenia na europa em particular nos países escandinavos? Parece que se esquece qual foi a maior experiência de eugenia europeia. Mas a referência aos países escandinavos era uma forma de provocação? Não entendo. Posso falar dos governos conservadores americanos que praticaram eugenia sob a forma de penas jurídicas. De novo, eu não considero isto um argumento para nada.
Estou-me lixando se acha a minha homossexualidade ou de qualquer pessoa bem definida. O que é de facto, o que acontece na realidade, é que muitos casais homossexuais exercem a sua parentalidade em moldes legais (ou melhor dizendo, aproveitando vazios legais). Que fazer nessas situações? Don't ask, don't tell?
pedro picoito a 27 de Fevereiro de 2012 às 01:33
Não me estava a referir à sua homossexualidade em concreto, evidentemente. Também me estou lixando para a sua homossexualidade. E não é don´t ask don´t tell. Se os gays aproveitam o vazio legal para adoptar, fazem mal. Mas a principal questão é que alguns gays e quem fala por eles querem usar o suposto direito à adopção como mais um passo na sua luta política, instrumentalizando as crianças. Choca-lhe que eu diga isto? Tanto como a pedofilia. Ao resto, respondo depois, em post autónomo.
André a 25 de Fevereiro de 2012 às 23:00
Vejam este escândalo divulguem.
http://cartasdaprovincia.blogspot.com/2012/02/tentativa-de-venda-de-comboio-historico_25.html
Um destes dias combinamos e apresnto-lhe uma pipa de amigos bichas conservadores, Pedro, está prometido.
pedro picoito a 26 de Fevereiro de 2012 às 12:21
Ana, não se dê ao trabalho, também tenho alguns. Curiosamente, nenhum deles está muito preocupado em adoptar crianças.
Na minha amostra tenho de tudo, mas a verdae ´q q não fui eu que separei homossexualidade de conservadorismo, a ideia foi sua
pedro picoito a 26 de Fevereiro de 2012 às 22:24
Como a Ana notou, era uma ironia. Será que é preciso explicar tudo?
Não só notei como o anotei, ora veja: "Homossexuais conservadores é o que para aí não falta, Pedro, como muito bem sabe, sai-lhe furada, por isso, a ironia com que terminou a sua crónica.", daqui
http://jugular.blogs.sapo.pt/3152823.html
F Gomes a 26 de Fevereiro de 2012 às 00:07
Paupérrimo, o seu comentário na tv, incapaz de esconder o paroquialismo das suas noções. A interiorização de papéis sexuais por parte da criança não tem forçosamente ou directamente a ver com a presença imediata de um pai e de uma mãe, naturais ou adoptivos, numa espécie de presépio essencial. Tantas vezes os avós, outros familiares, ou amigos dos pais, e tantas outras figuras próximas ou distantes cumprem esse papel, nos afectos e na psicologia profunda. Esta noção remonta aos primórdios da ciência psicológica. A criança pode identificar os papéis formadores, masculino ou feminino, com outros indivíduos (frequentemente quando há défice dos progenitores, esse tão frequente - o qual pessoas da sua orientação ideológica nunca supõem). O exemplo das escolas holandesas revela oportunismo e simplismo. O excesso de zelo politicamente-correcto dessas escolas não justifica a sua débil argumentação. As crianças orfãs naturais não se sentiriam também traumatizadas pela falta de razão para festejarem? Exemplo medíocre. É curioso como o seu tipo de argumentos prefere «Deus, Pátria e Família» à necessidade urgente de criar lares para crianças com desesperada necessidade de afecto e protecção. Discussão do séc XIX. Mais uma, no rabo da Europa (*este texto não respeita o chamado «novo acordo ortográfico»)
Ana a 26 de Fevereiro de 2012 às 12:11
também achei o argumento da escola holandesa ridículo , bem como a sua referencia às, cito "coitadinhas das crianças". Coitadinhas são as pessoas que argumentam com base em preconceitos como "é antinatural " ou "é um desvio" ou, ainda, que o facto de se ser educado por um casal homossexual isso vai influir na sua orientação sexual posterior. Se assim fosse, pergunto: como raio é possível que haja homossexuais cujos pais nunca o foram?! Se tivesse oportunidade de lhe responder no programa quando utilizou o argumento da escola holandesa diria: então e os "coitadinhos" dos meninos que só têm um pai ou só uma mãe? Sim, aqueles "coitadinhos" que vivem numa família monoparental, o que será deles se na escola comemorarem o dia da mãe e ele não tiver uma mãe? Ou um pai? E se o pai abandonou a mãe ou, por exemplo, morreu? Essa criança "coitadinha" vai comemorar o dia do pai morto ou a escola seria sensível a essa situação particular? Onde está a suposta defesa da criança num caso destes? Não está! Porque, verdade seja dita, se realmente o que interessa é a criança deixem-se de falsos argumentos que somente revelam a estupidez do preconceito. Conheço várias criancinhas que foram educadas por casais homossexuais e são tudo menos "coitadinhas". Ah, e por acaso até são heterossexuais imagine-se!
A todos aqueles que ainda consideram a homossexualidade algo não natural, respondo assim: http :/ www.youtube.com /watch?v=yqBdD0NMeag&feature=related
Esclarecidos?
pipa a 29 de Fevereiro de 2012 às 00:46
Duas pessoas do mesmo sexo não podem procriar nem cumprir o papel de progenitores. Logo, não podem adoptar (nem casar deviam poder, se casar for o que foi durante milénios - umas instituição para proteger os mais fracos - as crianças - e o direito da mulher à maternidade e a sucessão, coisas que até convém, para humanidade continuar mais uns tempos. Já se sabe que para certos gays era preferível que todos fossem gays e houvesse umas quantas mulheres (tipo vaches), para procriar através da inseminação artificial.
pedro picoito a 26 de Fevereiro de 2012 às 12:30
Deve estar a confundir-me com outra pessoa qualquer que apareceu na televisão. Apesar das minhas dificuldades com a gramática, não sou o Jorge Jesus. A sua questão das escolas holandesas parece muito interessante, mas lamentavelmente, e admito a culpa, não faço a mais pequena ideia do que se trata. Esteja à vontade para trocar as identidades masculina e feminina, mas peço-lhe algum respeito pela minha identidade.
Anónimo a 26 de Fevereiro de 2012 às 12:48
Foi alguém em nome do blogue que falou na tv, não me interessa quem, e V. sabe muito bem de quem se tratará. Se o blogue se apresenta em grupo, responde como grupo. Faça o humor que quiser (débil) com o facto de um testemunho público que ajudou a influenciar o destino de milhares de crianças ter sido feito com base na ignorância de dados elementares, mais do que adquiridos pela pedopsiquiatria. E há má-fé patente nesta escolha. Esteve em causa a defesa de um modelo social (aliás vencido), e não o destino de muitas crianças. Esteve em causa a ignorância do panorama sociológico verdadeiro (que inclui, entre outros, o fenómeno das mães solteiras, que a igreja e os seus porta-vozes descuidam, se não desprezam). E assim se abordam assuntos sociais graves e urgentes neste país: com uma ordem conceptual ao nível da catequese do Estado Novo.
pedro picoito a 26 de Fevereiro de 2012 às 12:59
Não sei de quem se trata, não faço a mais pequena ideia do que é está falar, este blogue não responde como um grupo porque aqui as pessoas pensam pela própria cabeça. O que obviamente lhe custa a entender, porque não lhe interessa quem lá foi (já tinha percebido: e suponho que também não lhe interessa muito o que foi dito) e ainda se esconde atrás da Igreja e o Estado Novo para defender a sua posição. Liberte-se de preconceitos. Areje-se. Ria das minhas piadas (eu sei que é difícil, mas tente).
Ana a 26 de Fevereiro de 2012 às 15:24
lá estamos nós a concentrarmo-nos no superficial e a ignorar o fundamental... Não me interessa quem falou, já me esqueci do nome do senhor. Foi alguém que se apresentou no programa combate de blogs como sendo o autor desta crónica. Adiante... O importante é o tema e o debate em torno do mesmo, sobre a pertinência dos argumentos que visam o superior interesse da criança. Se quanto a isso a sua resposta é o silêncio posso deduzir que concorda com o exposto? Se não concorda, desenvolva a sua visão em vez de se limitar a dizer que "não fui eu" ou "não sei de nada" porque isso realmente não acrescenta nada. Faço uma pergunta muito simples: entre uma criança ser adoptada por um só indivíduo e um casal (homossexual ou não) há alguma diferença? Mais concretamente, e agora ironizando um pouco, será que uma criança cuja família seja monoparental tenderá a tornar-se num adulto perigosamente casto?
pedro picoito a 26 de Fevereiro de 2012 às 22:39
Mas como é que quer que eu lhe responda se as suas perguntas não são para mim?
Ana a 26 de Fevereiro de 2012 às 17:13
esclarecendo: "Combate de Blogs - 25 de Fev. O Combate de Blogs desta semana analisa a proposta do Bloco de Esquerda para permitir a adopção por casais homossexuais. Francisco Silva, do blog Artigo 58, vai defender a proposta e Pedro Pestana Bastos (Cachimbo de Magritte) vai apresentar-se frontalmente contra, num debate que vai ser polémico." [in: http://www.tvi24.iol.pt/programa/4038]. Uma vez que já não é possível comentar no artigo de Pedro Pestana Bastos por já ter atingido o máximo de comentários permitido, a conversa continuou aqui. Já agora, a este respeito, lamento não ser possível ao menos visionar os comentários colocados no artigo do autor em questão. Limitações do blog, concerteza. Mas continuando a minha argumentação a favor do interesse da criança de ser adoptada por quem a ama e com ela estabelece um vínculo semelhante ao da filiação, partilho esta análise de uma advogada a partir da lei vigente: http://www.verbojuridico.com/doutrina/2011/catarinafernandes_adopcaocriancashomossexuais.pdf. Refere a autora na sua conclusão o seguinte: "Se a lei é expressa quanto à proibição da adopção de crianças por casais homossexuais, bem como, por pessoas do mesmo sexo que vivem em união de facto é, naturalmente, contra a adopção de crianças por candidatos singulares à adopção com a mesma orientação sexual (“homossexual”). Nem de outra forma faria sentido interpretar a lei pois, coerentemente, qualquer um destes candidatos singulares pode, a qualquer momento, construir ou refazer a sua vida familiar com outro(a) companheiro (a) no seguimento e respeito pela orientação sexual que, livremente, escolheu." Tendo em conta esta interpretação da lei (com a qual não concordo), então porque podem singulares adoptar? Se eu, singular e heterossexual, sou uma candidata legítima a adoptar uma criança que amo, terei condições para afirmar que "desta água não beberei" e nunca por nunca me tornarei homossexual? (bissexual seria o termo mais indicado...) Mas, e se isso acontecer, passarei a ser uma "má" mãe para a criança? Ninguém diz que não. Nem pode! Compreendo que "querer mudar mentalidades por decreto costuma fazer vítimas." Mas isso não significa que passe a estar correcto fazer vítimas ao querer estagnar por decreto as mentalidades. Por último, quando o Pedro Picoito afirma que "é duvidoso que um casal sem papéis masculino e feminino definidos seja o melhor ambiente para a educação, incluindo sexual, de um jovem" aconselho-o a aprofundar a distinção entre sexo e género. Faça uma pesquisa no google. Pode ser que aprenda alguma coisa sobre a complexidade de que fala com tantas certezas...
pedro picoito a 26 de Fevereiro de 2012 às 22:46
E sei que lhe custa um pouco a entender mas eu não sou o Pedro Pestana Bastos. Não vale a pena continuar aqui a sua dicussão do Combate de Blogs porque não sei o que é que ele disse e não falo por ele nem ele fala por mim. Vou então ver ao Google a distinção entre sexo e género. Espero que as imagens sejam boas.
Ana a 27 de Fevereiro de 2012 às 13:58
estas perguntas são para si, sim, mas se prefere continuar a fazer-se desentendido o problema é seu. Entre argumentar consigo ou com uma pedra, prefiro continuar a falar com a pedra... Não é tão preconceituosa.
pedro picoito a 27 de Fevereiro de 2012 às 14:20
E a pedra também foi à televisão?
sol a 29 de Fevereiro de 2012 às 01:01
Ainda bem que há muitos milhões de pessoas sem tanta confusão na cabeça, e no genes... A humanidade agradece. Olhem que até os gregos antigos, que bem gostavam de rapazinhos, também achavam conveniente procriar e manter um certa normalidade. Em prol da descendência.
Credo! Quanta confusão!
Você, quando se põe a deambular sobre questões sociais apenas consegue provar uma terrível incapacidade de compaixão pelo próximo.
É sempre tocante ver que aqueles que se opõem acerrimamente ao aborto se mostram tão preconceituosos em relação à natureza dos vivos.
Você não parece compreender que na frase "Querer mudar mentalidades por decreto costuma fazer vítimas.", encerra em si mesmo a resolução da sua ignorância:
O decreto não é, em geral, uma forma de mudar mentalidades mas antes a de evitar que algumas mentalidades (como a sua) ditem como os outros devem viver. Espero que perceba (um dia) que é por haver mentalidades autoritárias e fechadas como a sua que se justificam os decretos...
pedro picoito a 26 de Fevereiro de 2012 às 12:41
Não percebo porque é que devo ter mais compaixão pelos gays do que pelas crianças que os gays instrumentalizam em nome da tal compaixão. Mas claro, isso é porque sou fechado. Já agora, caso não tenha reparado, os nascituros vítima de aborto também fazem parte do número dos vivos. E a minha compaixâo também vai para eles.
Não quero ditar a forma como os outros devem viver. Acharia absurdo criminalizar a homossexualidade, por exemplo. O que não aceito é a exigência corporativa de adoptar por parte dos gays, sobretudo quando o passado mostra que é apenas uma estratégia política para alcançar o reconhecimento social do tal modo de vida. À custa das crianças sobre as quais o movimento gay entende ter direitos.
Manuel Boucherie a 26 de Fevereiro de 2012 às 03:48
Este Post (e outrops anteriores) representa a prova cabal de que a extrema direita (que está a "usurpar" o poder a nivel Mundial) também já chegou a este (pseudo) blogue.
Ou será o Sr. Pedro a piscar o olho ao poder instalado?
O Bloco de Esquerda incomoda, porque é o único partido honesto virado para os reais problemas das pessoas.
Ideais Burgueses sei eu que os tem ...
pedro picoito a 26 de Fevereiro de 2012 às 12:43
Piscar o olho ao poder instalado?
Nós somos o poder instalado...
Ou seja, quem não aceita as novas ideias fracturantes, progressistas e igualitaristas passa a ser de "extrema-direita". não, o bE não incomoda, apenas irrita um bocadinho dentro do seu pretensiosismo patético.
sol a 29 de Fevereiro de 2012 às 01:10
Ao que se saiba, o PCP foi o único partido unânime a votar contra mais uma tentativa do lobby gay tomar de assalto o país, nas costas dos cidadãos, através dos seus pontas de lança (BE Verdes- nenhum anunciou no programa a votação desta "lei"). Querem legislar os costumes, pois as pessoas de Esquerda lá estarão para exigir os direitos das crianças, que não têm se sofrer por causa de uns quantos militantes quererem mostrar que reinam.