A. R a 16 de Março de 2012 às 23:21
Estas Ilgas e OpusGay e o raio que os parta só lhes falta ostentar a suástica cor de rosa
Renato a 16 de Março de 2012 às 23:32
Bem, a ILGA não é uma organização tão respeitável nem tão antiga e vetusta como a Igreja Católica ou como a Rádio Renascença, ou como os estudos que apresentou e o Direito Natural, mas ainda assim, acho que merece um debate sério o que eles dizem.
Parabéns Pedro. Alguma coisa andarás a fazer de bem para teres esses senhores à perna.
la-c a 17 de Março de 2012 às 11:49
Nuno Gouveia, por amor de Deus. Então o Pedro Picoito debita um conjunto de falsidades científicas, distorce (ou não percebe) o que lê, cita cientistas que já deixaram de o ser, precisamente porque andava a manipular as conclusões dos seus estudos, e tu dás os parabéns porque ele tem a ILGA à perna? Como não tens nenhum argumento para o defender, dizes que como conseguiu ofender uns mariquinhas, é porque está a fazer algo de bem?
LA-C
Sim, dou os parabéns ao Pedro Picoito por ter uma organização como a ILGA à perna. Não gosto de policias do pensamento ou de organizações que perseguem quem pensa de maneira diferente deles. Que é precisamente o que é esta ILGA. Sendo eles mariquinhas ou não.
De resto, não acompanhei esta questão e nem tenho conhecimentos sobre o assunto. Mas penso que cada um é livre de dar a sua opinião, sem ter que aturar com as castas auto-proclamadas "moralmente superiores" que por aí andam.
Fracos e tristes argumentos, Nuno, pr além de tudo de um apriorismo que diz tudo.
LA-C a 17 de Março de 2012 às 14:05
Nuno, que argumentação tão fraquinha. Então se, por total absurdo, o António andasse na rádio a dizer que os homossexuais eram impuros e que deviam ser apedrejados e outras tontices do género, a seguir à revolta da ILGA, o Nuno escreveria que alguma coisa o António teria feito de bem, para andar a ser perseguido por tão tenebrosa associação. O Nuno não escreveria tal coisa, pois não?
Pois…, é de facto necessário olhar para a mensagem que está a ser veiculada. Mas quanto a isso, não vale a pena. O Nuno já disse que não acompanhou o debate pelo que não pode discutir o assunto. Assim é fácil.
Luis,
Isso de dizer "que argumentação tão fraquinha" vale o que vale. Numa discussão (isto é uma discussão? ), é fácil argumentar dessa forma, desclassificando os outros.
Eu também poderia considerar muito fraquinho dar um exemplo absurdo para argumentar. Que eu saiba, o Pedro Picoito, não defendeu violência sobre ninguém. Deu uma opinião e sustentou-a. E que eu saiba, não existem verdades absolutas, muito menos em questões complexas como esta. Por muito que certas organizações, como a ILGA, a pretendam impor.
Anónimo a 17 de Março de 2012 às 14:34
"Isso de dizer "que argumentação tão fraquinha" vale o que vale. "
Claro que pode, mas não faz muito sentido, dado que eu logo a seguir expliquei o por quê desta minha opinião.
"Eu também poderia considerar muito fraquinho dar um exemplo absurdo para argumentar."
Pode, claro. Mas, infelizmente, dado que o seu único argumento foi o de que se o Pedro estava a gerar inimizades na ILGA então algo de bom estava a fazer, o meu exemplo é certeiro. Dei-lhe um exemplo em que a ILGA atacaria alguém e que não era por isso que esse alguém merecesse ser louvado.
"[O Pedro] deu uma opinião e sustentou-a."
Foi essa sustentação que eu critiquei. Disse que era intelectualmente desonesta. Mas logo a seguir fugiu a essa questão dizendo que não tinha acompanhado o debate de início. Como disse antes, assim é fácil.
Repito: fez uma comparação que não faz sentido nenhum, porque eu sei que o Pedro Picoito nunca apelaria à violência contra ninguém. Logo, nunca diria tal coisa se fosse alguém que pudesse tecer tais opiniões.
De resto, não acompanhei o debate dos comentários, mas li o artigo do Pedro Picoito e li o comunicado da Ilga. E mantenho: algo estará a fazer de bem para esta organização tenha sentido a necessidade de vir a público. Faz parte de quem pretende impor a sua visão à sociedade, nomeadamente na tentativa de impor uma "verdade única" que não me parece crível que exista nesta matéria.
pedro picoito a 17 de Março de 2012 às 13:27
LA-C, acho que não está a ver o filme. Não debitei falsidades científicas: citei estudos cujo maior problema (para algumas pessoas) era serem dos anos 90 e tirei as minhas conclusões. Em certos casos, ninguém contestou os tais estudos que citei. A mim impressiona-me sempre como é que alguém tem opiniões tão definitivas como a sua sem ter aciompanhado o que realmente se passou.
Não é verdade o que está a dizer ao Luís, Pedro, e não lhe fica nada bem.
pedro picoito a 17 de Março de 2012 às 13:39
é verdade e repito-o. a si, por exemplo, mostrei-lhe estudos que mostram que a instabilidade dos casais homossexuais é muito maior do que a dos casais hetero. Concluí que isso é mau para as crianças. qual foi a sua reacção? não foi contestar os estudos, porque são incontestáveis, foi contestar a mkinha connclusão. Mais um bocadinho e está dizer que é óptimo para uma criança ver-se a meio de um processo de divórcio...
Não me mostrou nada disso, não me mostrou nenhum estudo comparativo da instabilidade de casais homo vs hetero nem me mostrou nenhum estudo que concluísse sobre o efeito do que quer que fosses sobre as crianças. Isto para já não falar, de novo, do uso de bibliografia desactualizada e de conclusões abusivas q tirou, não sustentadas nem permitidas pelo desenho do estudo nem pela metodologia usada.
Só pr lhe recordar td o q discutimos no seu outro post:
1. "De Ana Matos Pires a 11 de Março de 2012 às 17:15
E depois admira-se do epíteto de desonesto intelectual. Enfim, título alternativo seria "Ou de como a qualidade parental depende do objecto fodido"
http://jugular.blogs.sapo.pt/3167409.htmlresponder a comentário | discussão
De pedro picoito a 12 de Março de 2012 às 10:06
Esse é um dos pontos que nos separa radicalmente. para mim, o sexo é uma relação entre dois sujeitos e não entre um sujeito e um objecto. Compreendo que a sua visão seja essa, já que também parece acreditar que a criança seja um objecto à disposição dos casais gay para adoptar.
E se sou intelectualmente desonesto, o melhor é mesmo deixar de debater comigo. Não pode é tentar dar uma aspecto muito científico à coisa e depois insultar-me porque apresento dados científicos que não lhe agradam.
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De Ana Matos Pires a 12 de Março de 2012 às 11:10
Literalidades tb lhe ficam bem, Pedro. É linguagem psicanalítica, vem da relação objectal, o Winnicott -
http://en.wikipedia.org/wiki/Donald_Winnicott - dedicou-lhe muito do seu tempo.
O que está em causa não agradarem-me ou não, não é nessa base que eu discuto."
2. "De Ana Matos Pires a 12 de Março de 2012 às 03:04
J. M. Bailey et al
“Sexual Orientation of Adults Sons of Gay Fathers”, in Developmental Psychology, 31, 1995, pp. 124-129
Ao ler estes 2 comentários tive curiosidade e fui abrir um outro estudo referido no post (o de cima) e deparei com o seguinte abstract:
"The sexual development of children of gay and lesbian parents is interesting for both scientific and social reasons The present study is the largest to date to focus on the sexual orientation of adult sons of gay men. From advertisements in gay publications, 55 gay or bisexual men were recruited who reported on 82 sons at least 17 years of age. More than 90% of sons whose homosexual orientation could be rated were heterosexual. Furthermore, Gay and heterosexual sons did not differ on potentially relevant variables such as the length of time they had lived with their fathers. Results suggest that any environmental influence of gay fathers on their sons' sexual orientation is not large"
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De pedro picoito a 12 de Março de 2012 às 10:26
A percentagem de 9% de filhos de homossexuais poderem vir a ser também gays já a tinha citado. a questão é a conclusão: se a percentagem de homossexuais entre a população é de 1 a 2%, como é que se pode concluir que não há influência?
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De Ana Matos Pires a 12 de Março de 2012 às 15:07
Ora explique lá essa relação de causalidade, pf.
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De pedro picoito a 13 de Março de 2012 às 12:07
se a percentagem de homossexuais é significativamente maior entre adultos criados em lares homoparentais do que entre adultos criados em lares hetero, então é provável que a orientação sexual dos pais tenha influência na identidade sexual dos filhos. Ou isso ou os corn flakes do pequeno-almoço.
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De Ana Matos Pires a 13 de Março de 2012 às 14:23
Bem me queria parecer que a relação de causalidade era interpretativa, assim do tipo "todas as rosas são flores, a minha mãe é Rosa, a minha mãe é flor". Retirar inferências causais de estatísticas descritivas é metodologicamente maravilhoso, ainda por cima sem que uma das percentagens tenha sido encontrada no decorrer do trabalho científico q está a ser referido nem inquestionavelmente verdadeiro. Prefiro SpecialK
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De pedro picoito a 13 de Março de 2012 às 18:47
Retirar inferências causais a partir de estaísticas descritivas não é a própria definição de ciência? Não foi assim que a medicina estabeleceu a relação entre o tabaco e o cancro, por exemplo? Porque é que já não se pode fazer no caso em apreço? porque ninguém a há-de convencer que a orientação sexual dos pais têm influência nas crianças?" (cont)
2 (cont).
De Ana Matos Pires a 13 de Março de 2012 às 19:25
Não, não foi, usou estatística inferencial, a mesma que deve ser usada no caso em apreço.
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De Ana Matos Pires a 13 de Março de 2012 às 19:40
Não é que o assunto me interesse particularmente, a orientação sexual de cada um, desde que egossintónica, a cada um diz respeito, não existem orientações sexuais certas ou erradas, boas ou más, e neste momento é consensual a sua multideterminação. A minha pergunta era mesmo só metodológica."
3." De Ana Matos Pires a 12 de Março de 2012 às 03:24
Já agora sobre Paul Cameron e o seu grupo:
http://psychology.ucdavis.edu/rainbow/html/facts_cameron_sheet.html e
http://psychology.ucdavis.edu/rainbow/html/facts_cameron_survey.htmlresponder a comentário | início da discussão | discussão
De ão pedro picoito a 12 de Março de 2012 às 10:37
Desconheço a história toda, mas tendo em conta os dados que cito, e que a Ana não contestou, não é muito difícil imaginar porque é que o cameron tem problemas (para si e para muita gente).
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De Ana Matos Pires a 12 de Março de 2012 às 11:28
Essa de eu não contestar, sustentando a minha contestação, só pode ser pr rir, Pedro.
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De pedro picoito a 13 de Março de 2012 às 12:08
Como queira.
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De Ana Matos Pires a 12 de Março de 2012 às 11:31
Tantas vezes já o vi (li) zangado perante barbaridades ditas por outros na sua área de estudo...
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De pedro picoito a 13 de Março de 2012 às 12:11
O que não me viu, de certeza, foi a invocar argumentos de autoridade como "a APA, ou outra associação profisional qualquer, diz isto e nós tesmos todos que concordar porque é científico".
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De Ana Matos Pires a 13 de Março de 2012 às 14:31
Eu cá não vou lá por fezadas, está a a falar com a pessoa errada. As sustentações científicas são assinaladas, nomeadamente com a objectivação das dificudades metodológicas respectivas."
4. De Ana Matos Pires a 13 de Março de 2012 às 14:38
"Admito que se conteste a conclusaõ que tiro daí (os casais homossexuais têm certos riscos para a educasção de uma criança etc.), mas não vejo como é que se podem contrariar dados estatísticos - a não ser apresentando outros dados que provam que os primeiros são falsos ou parciais." isso e desenvolvendo estudos cada vez mais apurados do ponto de vista metodológico, coisa que tem sido feita, de resto, daí a verdade científica só o ser até ser refutada e, tb por isso, a escolha de uma bibliografia actualizada ser tão importante.
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De pedro picoito a 13 de Março de 2012 às 18:41
De acordo. E os estudos mais recentes contraditaram as conclusões do Paul Ven de Ven?
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De Ana Matos Pires a 13 de Março de 2012 às 16:56
"Por exemplo, e vou repetir este exemplo porque é elucidativo, o estudo de Paul Van de Ven sobre cerca de 2500 homossexuais, que indica que a esmagadora maioria dos estudados teve mais de cem parceiros sexuais ao longo da vida, estará assim tão desactualizado? E, se está, quais são os estudos que o podem desmentir?"
Aqui está o link
http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/00224499709551903#preview e o abstract do artigo q o Pedro Picoito cita
"Our analysis draws a comparative profile of older homosexually active men. For an Australian national telephone survey (Project Male‐Call), 2,583 homosexually active men were interviewed. Questions about demographics, types of sexual partners, attachment to gay community, HIV/AIDS, and sexual practices were asked. About 10% (n = 256) of the Male‐Call men were over 49years. These older men were likely to live alone (52.7%), to be or have been married (62.9%), to have children (56.4%), and to have lived at their present address for more than five years (67.5%). Relatively few (12.4%) lived in gay areas, but a significant number (29.2%) lived in rural regions. They were generally less likely than younger men to have disclosed their sexual orientation (p < .00005). Although their attachment to gay community was quite strong, it was less than younger men's in terms of social attachment (p < .00001), cultural involvement (p < .001), and sexual involvement (p <. 00005). As a group, they were less likely to have been tested for HIV antibodies (p <. 0005). Older men had as many male and female sexual partners in the past six months as did younger men. They had a narrower range of anal (p < .00005) and oral/tactile (p < .001) homosexual practices, but differences in oral/tactile repertoire were not significant after controlling for other differences between younger and older men. There were no significant age differences in rates of condom use during anal intercourse with regular or casual male partners; however, the older men were more likely to have no anal intercourse with casual partners (p < .005). We concluded that older homosexually active men are fairly closely attached to gay community. They are sexually active, albeit with a less extensive range of anal practices than their younger counterparts. Although they are generally as safe in sexual conduct as younger men, education campaigns targeting older men would benefit from using a variety of metropolitan and rural, mainstream and gay media to improve safe sex understanding and encourage HIV antibody testing."
Que curioso...."to be or have been married (62.9%), to have children (56.4%)". Por razões óbvias q se prendem com a impossibilidade legal os casamentos fizeram-se com mulheres. ah, espera, estes "promíscuos" pertencem ao grupo do exemplo do Pedro, aqueles q até podem ter boas qualidades parentais, não é? Não, os dados que aponta no seu texto, Pedro, para mostrar como a adopção por casais do mesmo sexo é perigosa pr as crianças não são falsos, o uso que deles se faz pr concluir e sustentar as suas opiniões - ao contrário do que diz - é que são abusivas, vá. É o que dá não ler os artigos no original e apenas apanhar assim umas coisas já mastigadas
http://carm.org/statistics-homosexual-promiscuity" (cont)
De pedro picoito a 13 de Março de 2012 às 19:15
Está enganada. A citação é do original, que aliás é um clássico. não conheço esse artigo que cita. Tiro na água. Em todo o caso, não contesta as conclusões sobre a promiscuidade dos gays. Pode-se ser casado em certa altura da vida, ou até toda a vida, e até ter crianças, e ter um comportamento homossexual paralelo. Pensei que já tínhamos chegado à conclusaõ de que a vida das pessoas é mais complicada do que as suas categorias LGBT querem fazer crer.
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De Ana Matos Pires a 13 de Março de 2012 às 20:19
O único artigo que cito é a sua ref bibliográfica e as conclusões, como pode confirmar no exemplar q tem em seu poder, são "Despite the sampling limitations, the Project Male-Call data and the findings presented here paint an interesting picture of older Australian homosexually active men. Our findings are generally in agreement with the limited previous research evidence concerning older homosexual men. As a group, older homosexually active men are sexually motivated, have opportunities to satisfy sexual desires, and are involved in gay community. They are committed to a homosexual orientation, although they are more likely than post-Stonewall generations to have accommodated to prevailing heterosexist ideology through limited disclosure of their sexual identity and through straight marriage and family life.
This analysis points to some specific issues for safe sex campaigns aimed at older homosexually active men. In the HIV/AIDS era, older men are more likely than their younger counterparts to have no anal intercourse rather than condom-protected anal intercourse with casual partners. Such a strategy (be it deliberate or otherwise) is quite safe so long as it is sustainable. Almost half the older men sometimes do not use condoms for anal intercourse with regular male partners. This may or may not be a problem, depending on whether the men know their HIV status and have negotiated a reliable agreement about safe sex outside their partnership. In the absence of HIV antibody testing--a more common characteristic of the older men--such sexual negotiation to exclude HIV from the relationship is meaningless. It is therefore important to extend existing campaigns to improve older men's safe sex understandings and to encourage HIV antibody testing. Given that older men were more likely to have been recruited through the mainstream rather than gay press, those running gay men's education programs would be advised to use a variety of media, metropolitan and rural, and not just gay avenues, to ensure that all constituents are reached.". Em nenhum local do texto do artigo se diz q o propósito do desenho do estudo foi concluir sobre promiscuidade - essa é uma ilação sua. Sabe, Pedro, nestas coisas da ciência os estudos são desenhados de modo a dar resposta às questões de investigação que colocam e todas as ilações que extravasam isso são abusivas, não devendo ser feitas.
Já agora, o artigo é um clássico de quê?
O que quer dizer com "as minhas categorias LGBT"?.
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De pedro picoito a 14 de Março de 2012 às 16:01
É citado por outros como uma das primeiras tentativas de estudar o estilo de vida gay com base numa ampla base de entrevistados.
Quero dizer que nem sempre as categorias LGBT esgotam a realidade da vida sexual das pessoas, sobretudo quando servem de base a reivindicações políticas.
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De Ana Matos Pires a 14 de Março de 2012 às 17:38
É um estudo comparativo de homossexuais com mais e com menos de 49 anos, ponto. Nada ali, naquele desenho de estudo, permite qq outra extrapolação ou generalização é abusiva, basta lê-lo. Em nenhum local os estudo se detém sobre o ser ou não ser promíscuo ou sobre a influência q isso possa ter sobre o q quer q seja, nomeadamente sobre o efeito do número de parceiros sobre o desempenho parental, isso são juízos valorativos que os estudo, pels suas características, não permite. (cont)
A orientação heterossexual é uma categoria LGBT? Não percebo. E quem está a apelar a algum tipo de categorização, no caso a orientação sexual homossexual dos membros de um casal candidato a adoptar - se for singular já não há problema perante a lei, recordo -, isto é, a tomar esse aspecto como base pr uma "reivindicação política" é quem a usa como argumento pr o impedimento.
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De pedro picoito a 16 de Março de 2012 às 22:02
É claro que a relação entre a promiscuidade e o desempenho parental dos homossexuais não é feita, nem o estudo se dedica a isso. A conclusão sou eu que a tiro. Mas já que não contesta os números do estudo, diga-me uma coisa: acha que uma população estatiticamente tão instável nas suas relações e com tantos parceiros sexuais é o melhor ambiente para criar um filho? Uma criança sentirá estabilidade numa "família" que provavelmente se desintegrará ao fim de dois ou três anos e em que os pais têm frequentemente outros parceiros sexuais?
Quem usa a categorização de homossexual para uma reivindicação política, a adopção, não sou eu: são os gays.
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De Ana Matos Pires a 14 de Março de 2012 às 17:44
Quer dizer, portanto, q o q já é clássico é a adulteração das conclusões q o próprio estudo permite e refere. ok, estou esclarecida.
Mais, o simples facto do estudo comparar 2 grupos de homossexuais masculinos separados pela idade só mostra q para os autores fez sentido avaliar a importância do passar do tempo sobre o modo como se altera o tipo de vida das pessoas, donde justifica, por si só, a importância da actualização com estudos recentes.
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De Ana Matos Pires a 13 de Março de 2012 às 20:27
ah, e não contesto nem reconheço a promiscuidade dos gays pq não conheço nenhum estudo comparativo com a promiscuidade dos heterossexuais cuja questão de investigação tenha sido essa, com metodologia adequada, se o tiver em seu poder gostava de o poder ler.
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De pedro picoito a 14 de Março de 2012 às 16:18
existem e já lhes pasei a vista por cima. vou procurá-los outra vez.
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De Ana Matos Pires a 14 de Março de 2012 às 17:46
Agradeço antecipadamente, só lhe peço q tenha atenção aos aspectos metodológicos e à qualidade geral do estudo e dos autores pr não perder tempo.
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De pedro picoito a 16 de Março de 2012 às 22:43
Então cá vai:
Robert T. Michael et al., Sex in America. A Ddefinitive Survey, Boston, 1994: amostra de cerca de 2500 indivíduos: 90% das mulheres casadas e 75% dos homens casados da amostra são fiéis aos respectivos parceiros ao longo do casamento.
Michael Wiederman, Extramarital Sex: Prevalence and Correlates in a National Survey", in Journal of Sex Research, 34, 1997, p. 170: amostra de 884 homens e 1288 mulheres: 77% dos homens casados e 88% das mulhers casadas da amostra são fiéis durante o casamento.
Agora compare estes dados com os da promiscuidade entre a população homossexual estudada pelo Van de Ven em amostras relativamente semelhantes.
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De Ana Matos Pires a 17 de Março de 2012 às 00:57
eheheheh
Gosto particularmente do "relativamente". E faltou o efeito da " da "promiscuidade" e da "fidelidade" sobre o desenvolvimento da criança."
6. De pedro picoito a 12 de Março de 2012 às 11:14
Sim, conheço, como toda a gente. E, como disse, sei que há diversas maneiras de de lidar com a homossexualidade, que podem incluir uma vida aparentemente mainstream, o que significa que há heterossexuais criados por homossexuais. Não é nenhuma novidade. Curiosamente, esta foi uma das minhas afirmações vilipendiadas pela Ana Matos Pires.
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De Ana Matos Pires a 12 de Março de 2012 às 12:20
Desculpe?
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De pedro picoito a 13 de Março de 2012 às 12:44
"de como a capacidade parental muda com o objecto fodido", acho que era isso.
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De Ana Matos Pires a 13 de Março de 2012 às 14:43
Pois, não muda, não é? Quem defende isso é o Pedro, diz q a capacidade parental de um mesmo homem, no caso do seu exemplo, muda consoante o a escolha do objecto a foder seja um homem ou uma mulher.
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De pedro picoito a 13 de Março de 2012 às 19:23
Vou explicar outra vez muito devagarinho. A capacidade parental afecta a criança no contexto da relação mãe-pai e não apenas como o desempenho individual da ma~e ou do pai. Logo, o tipo de relação parental varia com os sujeitos da relação (que é sempre vivida a dois, e estes dois são ambos sujeitos, e não apenas apenas aquilo a que tão elegantemente chama "objectos fodidos", um termo certamente validado pelos estudos científicos mais recentes).
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De Ana Matos Pires a 13 de Março de 2012 às 20:34
A capacidade parental é um desígnio individual, como facilmente se percebe, aliás é por isso q em Portugal, e noutros sítios, claro, em contexto legal de decisão de regulação do poder parental em caso de divórcio, p ex, a avaliação das capacidades parentais é feita individualmente a cada um dos progenitores.
(essa do objecto fodido encanitou-o, hein?)
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De pedro picoito a 14 de Março de 2012 às 16:29
Sim, mas esse é sempre um caso traumático, como julgo que concordará. O ideal é sempre considerar a capacidade parental no contexto de uma relação. Não me venha com as excepções para dizer que não existe regra.
Não me encanitou: achei infantil e provocatório. Também fala assim com o seus colegas ou só com porcos fascistas como eu?
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De Ana Matos Pires a 14 de Março de 2012 às 17:56
O quê, a separação em si? Não, discordo, é bem mais saudável pr o harmonioso desenvolvimento da criança ter pais separados do q pais juntos em conflito, como mostram os trabalhos sobre os tema. O ideal é percebermos a realidade, diria. O traumatismo não está na separação, está na má qualidade parental, se ela existir.
Provocatória foi, claro, infantil diz o Pedro e tem todo o direito de achar, não me parece grave, ainda que de si discorde. Falo, claro, e nunca lhe chamei porco fascista, se o achasse porco fascista nem lhe dirigia a palavra.
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De Ana Matos Pires a 13 de Março de 2012 às 20:37
PS: não imite o Gaspar, por favor, peço-lhe mesmo, sob pena de se alterarem as minhas capacidades de concentração e de manter a tenção."
7. "De Ana Matos Pires a 13 de Março de 2012 às 15:03
Importa-se de me fornecer o seu número de cédula da Ordem dos Psicólogos, pf?
"Uma criança com sérios problemas de identidade sexual evolui e muda naturalmente se trabalharmos os aspectos negativos ou insuficientes das relações com a figura paterna e materna e/ou a ajudarmos a lidar melhor com as lesões dos seus lados masculino e feminino." Está a falar da sua experiência clínica, suponho, pois é com base nela que faz o seu comentário, como refere logo de início. Pergunto-lhe, por isso, se anda a acompanhar crianças com "problemas de identidade sexual"?
Só uma pergunta, de que imagos fala exactamente?
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De pedro picoito a 13 de Março de 2012 às 19:33
Não estamos num interrogatório policial, Ana. Aqui, ao contrário do que sucede no seu blog, tentamos que seja respeitado quem vem de boa fé.
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De Ana Matos Pires a 13 de Março de 2012 às 20:40
Que interrogatório policial, Pedro? E onde foi que eu desrespeitei alguém?
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De pedro picoito a 14 de Março de 2012 às 16:32
Bem, pelo seu tom, pareceu-me que estava a duvidar que o nuno Pinheiro fosse mesmo psicólogo...
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De Ana Matos Pires a 14 de Março de 2012 às 18:00
Riscos do "achismo", pareceu-lhe mal, não duvidei, infelizmente.
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De Ana Matos Pires a 13 de Março de 2012 às 20:55
Aliás, como o Nuno Pinheiro apela à conceptualização psicanalítica no seu comentário vou deixar aqui a determinação da Associação Americana de Psicanálise, cuja importância e reconhecimento interpares o Nuno seguramente conhece, sobre a questão da adopção:
American Psychoanalytic Association
On gay and lesbian parenting.
The American Psychoanalytic Association adopted this policy statement in support of gay and lesbian parenting in May 2002:
“The American Psychoanalytic Association supports the position that the salient consideration in decisions about parenting, including conception, child rearing, adoption, visitation and custody is in the best interest of the child. Accumulated evidence suggests the best interest of the child requires attachment to committed, nurturing and competent parents. Evaluation of an individual or couple for these parental qualities should be determined without prejudice regarding sexual orientation. Gay and lesbian individuals and couples are capable of meeting the best interest of the child and should be afforded the same rights and should accept the same responsibilities as heterosexual parents. With the adoption of this position statement, we support research studies that further our understanding of the impact of both traditional and gay/lesbian parenting on a child's development.”
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De Ana Matos Pires a 13 de Março de 2012 às 20:58
Faço notar que foi o Nuno Monteiro que apelou ao seu estatuto profissional, daí estar a usar, e a levar a conversa com ele, para o lado mais técnico.
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De Ana Matos Pires a 13 de Março de 2012 às 21:11
Desculpe estar a aborrecê-lo, Nuno, mas numa postura mais técnica, porque imagino que está bastante informado sobre o assunto e que se documenta no sentido de melhor desempenhar a sua actividade clínica, gostava que me facultasse bibliografia séria e metodologicamente bem sustentada onde se conclua de forma consistente sobre os perigos para a criança, nomeadamente os relatos de psicopatia, os piores indicadores de saúde mental, o suicídio aumentado ou as maiores taxas de maus tratos, p ex, em filhos de gays e lésbicas quando comparados com crianças que cresceram no seio da chamada "família tradicional". Para além de criticas metodológicas (algumas lícitas) ao conjunto de dados que consistentemente mostram não existirem diferenças significativas, na perspectiva do superior interesse da criança, na qualidade da parentalidade quando a variável em estudo é a orientação sexual dos progenitores, nada mais encontrei, e juro que, sem preconceitos, procurei. Obrigada."
Julgo que está tudo.
Mais uma vez lhe recordo que qdo se apela à cientificidade pr justificar qq coisa só se pode concluir sobre o que o estudo permite e não extrapolar.
Já agora trago tb a sua conversa com outro psiquiatra, o Pedro Morgado:
1. De Pedro Morgado a 13 de Março de 2012 às 02:00
O Pedro diz que ninguém contestou os estudos que apresenta. O que é falso porque eu fui mais além e até contestei a interpretação que faz de alguns estudos que cita.
Mas curiosamente, além de ocultar a existência de estudos mais consistentes em sentido contrário, o Pedro também não consegue contraditá-los ou quesitoná-los.
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De pedro picoito a 13 de Março de 2012 às 11:55
Não conheço muitos dos estudos que cita, pelo que me reservo uma opinião para depois de os ler. A sua interpretação do Brazelton e do Cramer que contraria a minha parece-me incorrecta, é só isso. e expliquei porquê. Segundo esses autores, o ideal para a criança é crescer num contexto relacional que envolva a mãe e o pai, pelas razões apontadas, sendo que, nem sempre se verificando este ideal, a criança procurará susbstituir a figura paterna ou materna por outra figura masculina ou feminina de referência. Uma substituição que é naturalmente mais difícil num contexto homossexual.
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De Pedro Morgado a 13 de Março de 2012 às 21:49
O que os autores dizem é que a criança cresce com a dinâmica relacional e não mimetizando cada um deles. E não dizem que isto ou aquilo é melhor do que aquilo.
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De pedro picoito a 14 de Março de 2012 às 16:15
Sim, é verdade, mas apenas parti dos autores para dizer que a capacidade parental é sempre uma capacidade em relação. O resto já são conclusões minhas. Pensei que isso era evidente.
2. De Pedro Morgado a 11 de Março de 2012 às 21:33
Caro Pedro Picoito,
Se a ideia era fundamentar cientificamente as suas posições, porque razão ignora todas as investigações que têm sido produzidas nos últimos anos? Porque razão ignora os consensos que têm sido obtidos pelas Sociedades Internacionais de Psiquiatria e Pedopsiquiatria?
A dificuldade em encontrar referências actualizadas que fundamentem a sua opinião pessoal sobre esta matéria é precisamente um sintoma da justeza das críticas que lhe foram dirigidas. Se reparar, grande parte das referências que cita reportam-se a um período em que a Organização Mundial de Saúde ainda não tinha retirado a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças.
Além disso, algumas das citações que utiliza não dizem respeito a produções cientificamente validadas pela revisão de pares mas a opiniões produzidas por técnicos e/ou cientistas em livros. Isto significa que apesar de poderem ser utilizadas no debate público não podem ser utilizadas para justificar cientificamente as suas posições.
Acresce que, logo no primeiro parágrafo, faz um interpretação errada daquilo que os autores que cita afirmam. Não posso deixar de salientar que aquilo que os autores escreveram é uma coisa bem distinta do que afirma na frase subsequente ("por outras palavras, a criança interioriza os papéis masculino e feminino observando o pai e a mãe, mas também observando o modo como o pai se relaciona com a mãe e a mãe com o pai."). Na verdade, se a identidade de género se construísse APENAS a partir da observação dessa dinâmica das relações entre pai e mãe, o que diríamos da sexualidade e da identidade de género das crianças órfãs de pai ou mãe, dos filhos de mães solteiras ou das crianças que crescem sem conhecerem um dos seus progenitores? Não acredito que o Pedro Picoito possa acreditar naquele que escreveu a esse respeito.
Por fim, apenas reforçar que o seu texto é um apanho de juízos de valor(es) (são os seus valores, não questiono) cujo epílogo é a consideração acerca das diferenças entre a qualidade parental de um mesmo homem numa relação homo- e heterossexual. Ficou clara a incapacidade que alguns têm para admitir que se pode ser igualmente competente em todas as matérias independentemente do sexo pelo qual cada indivíduo se sente atraído ou com o qual pratica a cópula. Há um longo caminho até nos entendermos neste ponto, mas quando isso acontecer não faltaram pedidos de desculpa e sentidas batidelas no peito de perdão. Se foi assim com os pretos e com os judeus porque é que haveria de ser diferente com os gays?
Cumprimentos,
Pedro Morgado
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De pedro picoito a 12 de Março de 2012 às 11:05
Como já disse acima, a maioria dos estudos que apresento é dos anos 90. Há um de 2001. E, se em vez de dizer que são antigos, os contestasse com os tais estudos recentes que conhece? é mais fácil adjectivá-los do que contestá-los, não é?
Os consensos institucionais de que fala são geralmente fruto de decisões políticas, não da investigação. é exactamente como a homossexualidade ser considerada uma doença pela OMS até certa altura e depois deixar de ser. Era antes? Deixa de ser depois? Trata-se de uma decisão política, nada mais.
É verdade que cito dados que vêm de livros e outros que vêm de revistas com peer review. Aparentemente, os primeiros não lhe oferecem a mesma garantia científica, mas noto que não os contesta. E devo concluir que aceita os outros?
O que o Brazelton e o Cramer afirmam, salvo melhor opinião, é o que aqui disse. O Brazelton mostra, por exemplo, que o divórcio costuma tem consequências muito negativas no desenvolvimento psicológico dos filhos. se quer pôr em causa a credibilidade científica do homem, parece-me que vai ter algum trabalho. É certo que em muitos casos, a ausência da figura paterna é minimimizada por figuras masculinas de susbstituição (um avô, um tio, um professor, até um outro companheiro da mãe). E o mesmo sucede, embora mais dificilmente, com a figura materna. o que ninguém negará, julgo eu, é que o ideal para uma criança é crescer acompanhada por uma mãe e um pai que têm uma relação estável e próxima.
A sua elegante refer~encia final aos "pretos e judeus" diz mais sobre os seus próprios preconceitos do que sobre os dos outros.
2 (cont). e faz parte da chantagem emocional do costume quando se toca nos supostos direitos dos gays. Segundo a sua denúncia, quem não aceitar a adopção gay é necessariamente racista, pelo menos, ou então defende a escravatura e o holocausto. Para quem acusa os outros de preconceito, não está nada mal. Mas a sua acusação disparatada tem o mérito de evidenciar que o activismo gay não recua perante qualquer juízo de intenções. E tem uma resposta: se "os pretos ou os judeus" (sic) exigissem adoptar só por o serem, conceder-lhes-ia a adopção como um direito colectivo? É isso que querem os gays. E, se alguém diz que a homossexualidade não é fonte de direitos, chamam-lhe nazi. Um argumento profundíssimo, como se v~e.
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De Pedro Morgado a 13 de Março de 2012 às 01:57
Caro Pedro,
Nem me vou dar ao trabalho de comentar o seu último parágrafo porque não vejo ali nada para além de uma tentativa frustrada de manipular o que eu afirmei para defender a sua dama. Repare que eu não o julguei por ter uma posição que considero errada. Como não julgo aqueles que eram contra o casamento interracial e agora são a favor; e por aí em diante.
Relativamente a este assunto, o que está em causa neste nosso debate são duas coisas: em primeiro, o direito das crianças a terem uma família onde possam obter o afecto indispensável ao seu desenvolvimento harmonioso; em segundo, o direito de todos à não discriminação em função do sexo, raça, religião e orientação sexual. O segundo direito não tem nada a ver com o primeiro porque o primeiro é, nesta matéria, absoluto. Mas a retórica de pessoas como o Pedro Picoito obrigam a fazer este debate em simultâneo, o que, confesso, me desagrada profundamente. Peço-lhe, por isso, que se concentre apenas no primeiro direito quando falar comigo.
Como certamente reconhecerá, a visão que a sociedade tem da homossexualidade é um factor que influencia directamente o objecto dos estudos que aqui estamos a debater. Como tal, é desaconselhável comparar estudos ocidentais da década de noventa do séc. XX com estudos do séc. XXI. Mais do que isso é no mínimo imprudente utilizar estudos das décadas de 80 e 90 do século passado para caracterizar a situação actual.
Uma pesquisa sumária na PubMed permitiu-me encontrar quatro artigos bem mais recentes que as suas fontes que contraditam muito daquilo que afirmou acerca da homossexualidade e da parentalidade de casais constituídos por duas pessoas do mesmo sexo. Quando tiver tempo dê uma vista de olhos. Penso que não é novidade para o Pedro que só podemos fundamentar cientificamente uma posição quando temos capacidade de utilizar as fontes que nos agradam e também as que nos desagradam. É isto que aprendi com os meus professores e é também isto que vou aprendendo com os meus alunos.
Um abraço,
Pedro Morgado
Nontraditional families and childhood progress through school. (2010)
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20879687Preadoptive factors predicting lesbian, gay, and heterosexual couples' relationship quality across the transition to adoptive parenthood. (2010)
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20545395Outcomes for children with lesbian or gay parents. A review of studies from 1978 to 2000. (2002)
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12361102Through the lens of hetero-normative assumptions: re-thinking attitudes towards gay parenting. (2011)
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20960356
2 (cont). De Anónimo a 13 de Março de 2012 às 12:36
Como é que não julgou a minha posição? Então se diz que um dia não faltarão pedidos de perdão aos gays como outros têm feito aos negros e aos judeus, isto não é julgar? Não é dizer que quem tem de pedir perdão é culpado de qualquer coisa? Não é equiparar a negação da adopção como um direito homossexual à escravatura e ao holocausto? Francamente, acho que está a brincar com as palavras. Quis fazer retórica, para usar as suas palavras, e foi mais longe do que gostaria. Mas o que disse está dito. Por mais voltas que dê ao texto, as suas palavras foram essas. Quem lê que tire as suas conclusões.
Vou ler os estudos que cita, mas continuo sem perceber porque é que seria desconselhável ou imprudente recorrer a estudos dos anos 90. Só se os seus dados forem falsos, ou errados, ou insuficientes, ou tecnicamente inválidos, o que não me parece o caso. A maior parte dos estudos que cito limita-se a apresentar dados estatísticos e dificilmente é acusável de qualquer tipo de bias, preconceito ou falha científica. Por exemplo, e vou repetir este exemplo porque é elucidativo, o estudo de Paul Van de Ven sobre cerca de 2500 homossexuais, que indica que a esmagadora maioria dos estudados teve mais de cem parceiros sexuais ao longo da vida, estará assim tão desactualizado? E, se está, quais são os estudos que o podem desmentir?
Isto não tem nada a ver com preconceitos, são factos. Admito que se conteste a conclusaõ que tiro daí (os casais homossexuais têm certos riscos para a educasção de uma criança etc.), mas não vejo como é que se podem contrariar dados estatísticos - a não ser apresentando outros dados que provam que os primeiros são falsos ou parciais.
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De pedro picoito a 13 de Março de 2012 às 12:40
O comentário anterior é meu.
3. De Pedro Morgado a 13 de Março de 2012 às 21:50
O que é que a promiscuidade (ou não) dos gays tem a ver com o assunto?
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De pedro picoito a 14 de Março de 2012 às 16:22
A promiscuidade está directamente ligada à estabilidade do casal e ao desenvolvimento harmonioso da criança. se, num casal heterossexual, os pais tiverem centenas de parceiros sexuais, é de esperar que a relação dure menos do que em casais monogâmicos e que não seja um exemplo de compromiso afectivo, o que certamente tem repercussões na criança. o mesmo se passa nos casais homoparentais.
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De Pedro Morgado a 13 de Março de 2012 às 21:52
Porque é desanconselhável? Pelo mesmo motivo que seria desaconselhável emitir uma opinião sobre doenças infecciosas baseando-se em estudos anteriores à descoberta dos antibióticos. Fui suficiente claro, agora?
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De pedro picoito a 14 de Março de 2012 às 16:25
Não, não foi. Qual é o antibiótico que se descobriu entretanto nos estudos sobre a matéria? Que antes eram todos homofóbicos e agora não?
Nota: Deixe-me só avisá-lo que os links q o Pedro Morgado deixa estão "gatados", como já deve ter percebido se tentou ler as sugestões do Pedro. Pr resolver o problema basta entrar na Pubmed e colocar na busca os títulos que o Pedro lhe deixa.
Estou consigo, boa crítica ao Nuno Gouveia.
Mto me apraz ver escrito que as conclusões são suas.
LA-C a 17 de Março de 2012 às 14:00
Pedro, eu vi o filme desde o início e já acompanho este debate e, antes deste, o do casamento entre pessoas do mesmo sexo, há muitos anos. Neste assunto, eu não farei como o Nuno Gouveia refugiando-me num suposto eu “não acompanhei esta questão”.
A verdade é que os factos científicos que o Pedro apresentou foram todos contestados e bem contestados. Foram mesmo falsificados.
Já agora, permita-me que lhe diga, que é uma estultice estar sempre a dizer que o ano em que os estudos foram feitos não interessa. A ciência não é estanque. É evidente que resultados obtidos num momento que são desmentidos por imensos estudos posteriores não podem ser apresentados como facto científicos. Fazer isso é, na minha opinião, intelectualmente desonesto. É como se eu apresentasse as ideias de Ptolomeu como um facto, sem ter em consideração que vários estudos posteriores concluíram que era um disparate considerar a Terra como o centro do universo.
pedro picoito a 19 de Março de 2012 às 10:15
É por isso que digo que não acompanhou o filme. Nenhum dos dados que acompanhei foi considerado falso. Alguns foram postos em causa por investigação mais recente, outros foram confirmados. Pôr em causa dados estatísticos é muito diferente de provar que são falsos, como provavelmente saberá. Ainda direi alguma coisa sobre isto quando responder à ILGA, porque o que é falso é a ideia de que existe um consenso universal sobre este tema, ao contrário do que fazem crer as tais associações profissionais citadas pela ILGA e pela Ana Matos Pires ao fazerem declarações políticas sobre um consenso científico inexistente. O único estudo que levanta objecções do ponto de vista científico, tanto quanto li, é o estudo dos Camerons sobre a pedofilia e a homossexualidade. Mas ainda vou estudar melhor o assunto quando tiver um bocadinho de tempo porque suspeito que a história é bem mais complicada do que a Ana Matos Pires fez crer.
la-c a 19 de Março de 2012 às 10:41
Pedro, eu, para já, vou sair desta discussão, pelo que não se sinta na obrigação de me responder. Mas eu não disse que os estudos foram considerados falsos. Penso, como bem disse, que o único caso em que há sérias suspeitas sobre isso é aquele em que se conclui que 30% das crianças vítimas de pedofilia. Em Filosofia da Ciência, na linha de Popper, falsificar quer dizer refutar. Foi esse o sentido que eu dei à palavra.
c. a 17 de Março de 2012 às 17:52
É interessante a cientitização do discurso (ao arrepio, aliás, da tendência hodierna da filosofia da ciência). Estes usam o bom cientitismo do séc. XIX tão útil que foi como mecanismo legitimador das concepções totalitaristas então em formação (tudo científico, como o materialismo «científico») - e que depois foram vítimas deles mesmos (v.g. Lysenko).
Pedro Lérias a 20 de Março de 2012 às 15:24
A questão é se ignorou outros estudos, mais recentes, que contradizem os anteriores. Ou seja, a questão é se entra nesta questão de boa ou má fé?
E se aplica a mesma lógica aos abusos sistemáticos de crianças em instituições católicas para dizer que deviam fechar todas?
Finalmente, se acha que ao dar aos casais homossexuais os mesmos direitos que os casais heterossexuais não está a contribuir para a sua estabilidade? Porque não percebo a argumentação típica dos católicos. Não gostam que os homossexuais sejam prosmícuos (nunca devem ter perguntado aos amigos quantas amantes têm, mas adiante) mas fazem tudo para impedir o reconhecimento público de relações homossexuais que ajudam a dar estabilidade a uma relação.
Ou seja, aqueles que por princípio deveriam ser os maiores defensores dos casamentos gays, para aburguesar a coisa e conseguir a 'estabilidade' social, são afinal os que mais lutam contra ela, uma das contradições que só é explicada por um ódio visceral que impede a lógica de entrar ao barulho.
Por último, ao chamar a um em cada 3 homossexuais um pedófilo, estava mesmo à espera que as pessoas não se insurgissem? Não percebe que está a atacar o bem estar físico e psicológico de filhos - biológicos e/ou adoptivos - de homens e mulheres homossexuais?
Ou isso afinal não lhe interessa nada, o que interessa é a política do corta e queima?
Está a falar de um tema demasiado importante para o usar como fonte de descarga da sua pequenez.
pedro picoito a 20 de Março de 2012 às 18:34
Bem, se já decidiu da minha pequenez, parece-me que já tem a sua resposta. E pela última vez: nem eu nem o estudo do Cameron dizemos que um em cada 3 homossexuais é pedófilo. O que o estudo diz é que, dos casos por ele observados, 30% incluem uma ou mais tentativas de pedofilia por parte de pais homossexuais. Percebe a diferença ou tenho que fazer um desenho? (Ah, e deixe os católicos em paz, que isso de invocar Nosso Senhor quanto à adopção gay é mais para as jugulares.)
Brasilino Pires a 17 de Março de 2012 às 12:39
Este gajo é maoista, este gajo é maoista...
Atacar o que o inimigo apoia, apoiar o que ele ataca.
Este gajo é maoista.
Lavem-no...
pedro picoito a 17 de Março de 2012 às 13:24
Também me parece.
Pedro GR a 17 de Março de 2012 às 12:36
É desconcertante o à-vontade com que os pro-gay invocam os seus estudos científicos e as suas organizações de psiquiatras.
Depois de terem feito terrorismo intelectual a quem pensava diferente deles, até chegarmos a um ponto em que se alguém quer fazer diferente, tem de temer pela sua carreira profissional... assim que os pro-gay se tornaram maioria, tornaram-se tiranos e dizem que a questão não tem discussão, que não há dúvidas científicas, etc. Fogueira para quem não tem o discurso oficial.
Gostava de saber se alguém hoje em dia ainda pode ser psiquiatra e anunciar que pertence à escola que diz que a homosexualidade é uma doença, e oferecer terapia a quem pedir. Seria preso ou só cairia em desgraça profissionalmente?
Falta um requisito básico para quem quer fazer ciência séria: o respeito pelas posições contrárias, pelos dados que apontam noutro sentido. E o terrorismo é sempre sinal de irracionalidade.
Não há essa "escola". Quem o fizer sujeita-se a ter q responder por má práxis clínica, os instrumentos classificativos existem para todas as especialidades médicas, do mesmo modo que as guidelines terapêuticas - farmacológicas, cirúrgicas ou outras.
IH a 17 de Março de 2012 às 15:54
À consideração da Ana Matos Pires, que afirmou que «Não há essa "escola"»:
Stanton L. Jones (Wheaton College, IL) e Mark A. Yarhouse (Regent University), «Ex-Gays? A Longitudinal Study of Religiously Mediated Change in Sexual Orientation», in Journal of Sex and Marital Therapy.
É só googlar, e a seguir ... honrar os factos.
Amigavelmente.
Pedro GR a 17 de Março de 2012 às 19:10
Exacto, os seus adversários não existem (mas eu conheço vários). E as suas ideias têm força de dogma, não estão abertas à discussão.
Começando pela retirada pela APA a homossexualidade como doença (no DSM) em 1973, e continuando com a mesma palhaçada em vários países, está bem documentada a forma política, intriguista e intimidatória com que essas coisas se fazem - só chama àquilo ciência quem quer atirar areia para os olhos dos outros.
Mars a 17 de Março de 2012 às 18:36
Um psiquiatra, como qualquer outro profissional de saúde, não se pode pôr a fazer experiências com os doentes porque sim, porque me parece, porque me apetece... Particularmente quando as referidas "experiências", para além de inúteis, são frequentemente perigosas.
Mars a 17 de Março de 2012 às 20:11
Continuando…
Adolescentes ou jovens adultos que são forçados sob ameaça física, sob ameaça de expulsão de casa ou simplesmente sem o seu conhecimento a prestarem visitas a psicólogos, psiquiatras, endocrinologistas (!) são casos que, como se sabe, não existem. Ditos adolescentes ou jovens adultos que inutilmente têm que esclarecer os ditos “profissionais” que a homossexualidade não é doença e que dispensam as tentativas de “reconversão de orientação sexual” e que as mesmas não funcionam são casos que, como se sabe, não existem.
Os exemplos anteriores, em que a procura de “tratamento” não é escolhida, mas forçada foram propositados e são do meu conhecimento. No entanto, mesmo considerando casos em que se trata de uma escolha, o sucesso de tais tentativas continua a ser nulo e os potenciais perigos para a saúde mental continuam a ser reais.
Claro que toda esta conversa é escusada e sem sentido, já que quem, contra todas as guidelines, consensos, estudos, boas práticas, consegue ver através da propaganda gay e da ditadura instalada do politicamente correto, e defender e realizar estas práticas merece ser louvado e, deus nos livre, deve prosseguir a boa luta nos seus consultórios…
Perdoe-me o atrevimento mas falar em terrorismo, irracionalidade ou prisão é, isso sim, um pouco mariquinhas.
pedro picoito a 19 de Março de 2012 às 12:42
Não conheço casos como os que refere e, portanto, não posso dizer muito sobre eles. O que me espanta é que se tente apresentar um consenso científico que não existe. A verdade é que há psicólogos e psiquiatras que discordam de si e já o vimos aqui na caixa de comentários. A reacção foi imediatamente duvidar da identidade da pessoa em causa. Quem duvida de si ou é contrário à adopção gay, não existe ou é politicamente votado ao ostracismo científico. Realmente, é impossível fugir.
(Touché, com o mariquinhas. De vez em quando também perco a paciência...)
Mars a 19 de Março de 2012 às 12:50
Pois, mas existem e são frequentes.
Quanto ao resto, o existir nada diz. Também existe quem defenda que a teoria da evolução é uma conspiração ateísta (apesar de a própria Igreja Católica não ter, e muito bem, comichão com tal), quem ache que o HIV é dissmenidado pelos países desenvolvidos numa tentativa de ganhar dinheiro e erradicar África do mapa, que o Holocausto é uma conspiração judaica... Conspirações tá ver, em todo o lado...
As evidências, os estudos, que as suportam onde andam?
Más práticas médicas sempre existiram, profissionais incompetentes também. Não é por se ter um canudo, que não se é homofóbico. Quando vai ao médico, espere que este se guie pelo quê? Pelos astros?
pedro picoito a 19 de Março de 2012 às 13:15
tem toda a razão. Também não é por ter um canudo que uma pessoa que seria a favor da adopção gay mesmo sem o dito canudo passa a aceitar a evidência científica, mesmo que polémica, sobre os riscos da adopção gay. Estamos de acordo: o canudo é usado conforme dá jeito. É o que estou a dizer desde que isto começou.
Mars a 19 de Março de 2012 às 16:49
Precisamente, a discussão deve ter uma base científica, assim como a prática médica.
Os pacientes não são ratos de laboratório e ter um canudo não autoriza nem valida a realização de terapias de reconversão nem a de preconceitos que há muito eram defendidos e que agora que se tem consultório são colocados em prática. Quanto à adopção, se os argumentos tivessem qualquer validade, eu seria contra a mesma, não duvide; com a argumentação que por aqui corre, o desespero tresanda.
Antes de me ir embora deixo-lhe um comentário curioso, na minha opinião, que me deixaram aqui
http://jugular.blogs.sapo.pt/3175680.html#comentarios: "É particularmente curiosa a forma como Pedro Picoito titula o post. A ironia de "magna questão" não passa despercebida e fica tão mal, afinal a questão que ele anda a discutir é a adopção de crianças."
pedro picoito a 19 de Março de 2012 às 10:26
Ana, lamento, mas este é o seu último comentário que publico aqui enquanto não se demarcar do nojo que a Fernanda Câncio escreveu sobre os "coitados" dos meus filhos. Há limites, mesmo para vocês. Enquanto não mostrar claramente que condena aquele vómito, não é bem-vinda às minhas caixas de comentários.
c. a 17 de Março de 2012 às 17:39
Caro Pedro Picoito,
Francamente, acho que está a contribuir para transformar uma não questão numa questão.
A adopção não pretende arranjar um encarregado de educação ou sequer uma ama às crianças. O que se pretende com a adopção é que se estabeleça uma relação idêntica à filiação, a qual apenas pode existir com um pai e uma mãe. As relações homossexuais são estéreis e incapazes para a procriação de novos seres humanos.
A única vantagem disto é mostrar o pouco que o bem das crianças está em causa em questões deste género.
A. R a 17 de Março de 2012 às 21:34
O homossexualismo continua no Catálogo Internacional de Doenças adoptado pela Organização Mundial de Saúde. Devia ser tratado: não discutido nem propagado nas escolas.
MRC a 18 de Março de 2012 às 00:24
Mas tirando a Jodie Foster, qual é a lésbica ou o gay que quer miúdos em casa a atrapalhar, fazer barulho, vomitar no chão, acordar todos (ou todas) a meio da noite, estragar noites românticas e bacanais ou impedir programas de férias de jeito ?
Não tens vergonha de "insultar violentamente [sic] milhares de famílias portuguesas"?...
Shame on you!...
a mim o que me incomoda mesmo é que na Rádio Renascença - Emissora Católica Portuguesa (quase só) se dê espaço a este tipo de "católicos", mas enfim... vozes destas não chegam ao céu.
pedro picoito a 19 de Março de 2012 às 10:05
E quem é que lhe deu a autoridade para dizer qual é o tipo de católicos que fala e não fala na Renascença?
Ninguém me deu autoridade, credo. Lamento é que a rádio que diz representar-me, só dê voz a vozes como a sua. Ou a sua autoridade é maior que a minha?!
pedro picoito a 19 de Março de 2012 às 11:24
Não, não, até é menor. Eu, pelo menos, não tenho a pretensão de dizer quem deve e não deve falar na Renascença. Ao contrário de si, parece-me, não gosto muito de inquisições, venham de onde vierem.
Fico esclarecido sobre o seu conceito de liberdade de expressão. Ter uma opinião, a que infelizmente a RR reduz a opinião católica a determinados sectores, é ser inquisidor. Conveniente argumento de quem não rebateu a minha crítica. Fraco argumento vindo de um historiador que pelos vistos desconhece as inquisições. Passe bem.
pedro picoito a 19 de Março de 2012 às 12:30
VExa é tão sério, mas tão tão sério, tão sério que até me espanta que não tropece na própria gravidade. Talvez o melhor seja deixar de ouvir a Renascença. é capaz de ser disso.
A minha gravitas é escassa, já a sua ignorância e acinte são imensos. Viu-se em 3 comentários sem responder de facto a nada. Quanto à Renascença, continuarei a ouvir quando e bem me apetecer. Até para ouvir os dislates que o senhor diz como se fossem verdades únicas e "católicas".
pedro picoito a 19 de Março de 2012 às 13:26
Responder a quê, se os seus comentários são uma pilha de indignações farisaicas? Um conselho, já que vai continuar a ouvir a RR por minha causa: respire fundo, relaxe, reze o terço se quiser. Se continua assim, ainda tem uma apoplexia
Pelos vistos quem está próximo da apoplexia é o Pedro Picoito, que depois de me chamar inquisidor arremete-me agora com o farisaísmo... sendo que o tom das suas respostas casam melhor (versão hetero, não se preocupe) com essas caracterizações, mas adiante... Também pelos vistos não sabe ler ou finge que não sabe. Recordo o que lhe escrevi no primeiro comentário: «a mim o que me incomoda mesmo é que na Rádio Renascença - Emissora Católica Portuguesa (quase só) se dê espaço a este tipo de "católicos"». É um facto que não rebateu, não contestou, só insultou. Fico elucidado sobre o resto. Ámen.
pedro picoito a 19 de Março de 2012 às 13:51
Já lhe disse que tem bom remédio: é deixar de ouvir. Ou faça uma Renascença nova, que esta já não tem salvação.
Esse é o remédio que você gostaria. Para que passasse impune com opiniões idiotas. E a RR felizmente é muito mais para lá do que o Pedro diz.
pedro picoito a 19 de Março de 2012 às 14:03
Então a RR "é muito mais para além" do que eu digo ou "(quase) só só dá espaço a este tipo de católicos"?
Decida-se: é só para eu poder responder...
(Ah, é verdade, tendo em conta o seu estado de nervosismo, vou deixar passar essa do "idiota".)
A RR "(quase) só dá espaço a este tipo de católicos". Mas a RR também é a sua informação, os seus programas de entretenimento, as suas transmissões desportivas... Como vê: coisas bastante distintas e nada contraditório afirmar uma e outra.
Opinião idiota não é chamá-lo idiota, é qualificar uma opinião que "não tem bom senso", como define um dos significados da palavra.
(Nada nervoso, asseguro-lhe, mas gosta muito de atacar pessoalmente, ao contrário de mim, que só ataco as suas opiniões. Diferenças, meu caro.)
pedro picoito a 19 de Março de 2012 às 14:44
Ah, então estamos de acordo: também acho que as suas opiniões são idiotas.
"as usual", esperava um facto...