João Sousa a 4 de Abril de 2012 às 22:48
Vamos ler com atenção: "os maiores e mais respeitados colégios ou ordens profissionais do mundo são muitos claros na sua posição: é a qualidade das relações parentais e não o formato da família ou a orientação sexual dos pais ou mães que determinam o bem-estar das crianças. National Association of Social Workers, de assistentes sociais; American Academy of Child and Adolescent Psychiatry, de psiquiatras infantis e da adolescência; American Academy of Pediatrics, de pediatras; American Psychiatry Association, de psiquiatras; American Psychological Association, de psicólogos são apenas algumas das instituições que reúnem milhares dos mais respeitados profissionais, que têm acesso a toda a investigação científica que é feita e não têm qualquer hesitação em aconselhar os Estados a legislar no sentido de proteger estas famílias."
De resto, mais importante nestes assuntos que a APA dos psicólogos são a American Academy of Child and Adolescent Psychiatry e a American Academy of Pediatrics. Leiam, leiam, leiam antes de falar.
Mars a 5 de Abril de 2012 às 13:58
"National Association of Social Workers, de assistentes sociais; American Academy of Child and Adolescent Psychiatry, de psiquiatras infantis e da adolescência; American Academy of Pediatrics, de pediatras; American Psychiatry Association, de psiquiatras; American Psychological Association, de psicólogos"
Tudo dominado pelo lobby gay.
... (É assim que isto é despachado quando não se tem argumentos, não é?)
pedro picoito a 5 de Abril de 2012 às 18:46
Repito o meu comentário anterior...
pedro picoito a 5 de Abril de 2012 às 18:45
Eu li, mas não sou suficientemente ingénuo para acreditar que a ciência é imune à ideologia.
Mars a 5 de Abril de 2012 às 20:44
Claro que não é imune, como é exemplo este caso gritante de ideologia travestida de ciência;
http://psychology.ucdavis.edu/rainbow/html/facts_cameron.html
Também há quem se faça de ingénuo quando é conveniente. Coragem, pelos vistos.
pedro picoito a 6 de Abril de 2012 às 12:42
Já disse o que tinha a dizer sobre o Cameron. Gostava de ter tempo para investigar a famosa expulsão da APA, que me cheira a saneamento ou caça às bruxas, mas admito que haja problemas metodológicos com a sua investigação. Em todo o caso, Cameron continua a publicar e tem um artigo de Maio de 2006 no Journal of Biosocial Science, uma revista da Universidade de Cambridge. Mas já se sabe que em Cambridge são todos uma cambada de homofóbicos, não é?
Mars a 6 de Abril de 2012 às 13:48
Argumento tão demolidor como o da lésbica activista particularmente um de autoridade científica vindo do Pedro. Um único artigo num jornal de 2006 e do outro lado do Atlântico. As manipulações e falácias dos artigos assinados pelo "Dr." não desaparecem.
Também de interesse;
Publication Outlets Used By The Cameron Group;
http://psychology.ucdavis.edu/rainbow/html/facts_cameron_journals.html
E porque prova estar certo;
"De Renato a 4 de Abril de 2012 às 00:38
O Pedro descobriu um Paul Cameron na net, quando procurava "homossexuality" e "pedophily", citou-o, pensou melhor, passou pela fase do "isso agora não interessa nada", e do "vou dizer qualquer coisa um dia sobre isso" e agora anda anda às voltas com ele, sem saber o que lhe fazer. É decretá-lo mártir da ciência e da liberdade de expressão”.
pedro picoito a 6 de Abril de 2012 às 14:39
Não é um jornal, é uma revista. Em inglês, a palavra "journal" significa publicação periódica e não jornal. E não é uma revista qualquer. Mas, enfim, já me parece que está na fase de negar qualquer dissonância cognitiva a todo o custo...
Mars a 6 de Abril de 2012 às 19:51
Estando numa de psicologias, já ouviu falar de projecção?
E repito-o; as manipulações e falácias dos artigos assinados pelo "Dr." não desaparecem consoante o nome da revista. A respeito do referido artigo, uma longa contra-resposta, mas que vale a pena ler, sendo particularmente reveladora esta porção;
But the bad news is that Ms. Garner’s predictions about the misuse of her book have come true. She revealed that Dr. Cameron had originally submitted this manuscript to the journal Pediatrics, which in turn asked her for a peer review. In her review, she noted many examples were Dr. Cameron misused her work and recommended that the journal decline to publish his article, saying, “Should Pediatrics choose to accept this article, the journal risks facing a damage-control nightmare.” Whether it was on the basis of this review or for some other reason, Pediatrics decided against publishing the article.
Now it appears that the editors of the Journal of Biosocial Sciences are about to face this very same nightmare. And in turn, Paul Cameron can boast of having obtained the imprimatur of the Cambridge University Press, with all of its prestige hijacked into serving the cause of anti-gay extremism. But what’s worse, what is really tragic about all of this is this: “science” will be deployed once again in the service of bigotry, and it will be done on the backs of these families and their children. Shame on Cambridge University Press and the Journal of Biosocial Science for their complicity in extremism.
http://www.boxturtlebulletin.com/Articles/000,012.htm
Se o melhor que arranjou foi este único artigo de 2006, vai precisar de muito tempo de investigação. Os resultados devem ser interessantes, esperemos que vão além da preguiçosa teoria da conspiração...
pedro picoito a 7 de Abril de 2012 às 17:32
Tenho uma teoria melhor: a histeria anti-Cameron ainda não chegou a Cambridge e, sem essa condenação a priori, é possível que ele publique por lá uma artigo numa revista com peer review. Que tal?
Mars a 7 de Abril de 2012 às 18:51
O artigo apresentar as falhas metodológicas comuns ao restante trabalho do senhor são ignoradas porque não dá jeito. A autora de um dos trabalhos citados no artigo em questão, ser crítica da deturpação que o seu trabalho é alvo às mãos do Paul Cameron é ignorada porque, lá está, não dá jeito. Que tal?
Vide comentário abaixo.
Mars a 7 de Abril de 2012 às 19:12
Teoria melhor; a reputação do Cameron, merecida como se comprova pelos vários dados (e o seu número é bastante significativo nesta altura) que o Pedro não contestou, ainda não chegou a Cambridge. Ou melhor, chegou apenas em 2006. Um artigo com falhas graves, como apontado no comentário acima.
Presumo que se o senhor tivesse publicado mais algum artigo numa prestigiada revista o Pedro o mencionaria extasiado. Imagino o que lhe deve ter custado para aí chegar, toda a informação que teve que ignorar (dissonância cognitiva, não é verdade?). Também se pode colocar a questão do porquê de mais nenhuma publicação numa qualquer revista prestigiada. Mas claro! O lobby gay estendeu as garras e tratou do assunto! Tudo resolvido com a teoria da conspiração.
pedro picoito a 8 de Abril de 2012 às 08:55
O porquê é bastante claro, mas se não quer ver... é mais fácil sugerir que me Cambridge são uns tansos e que Journal é um pasquim qualquer. Fico contente por ter percebido, pelo menos, que se trata de uma "revista prestigiada". Já é um progresso.
Mars a 8 de Abril de 2012 às 15:28
O artigo de 2006 tem falhas graves, a autora de um dos trabalhos citados no mesmo é crítica da deturpação que o seu trabalho é alvo. A revista é prestigiada, o artigo é que já não é. Percebeu, agora? Face a isto, o Pedro faz birra; a ausência de publicações em revistas prestigiadas previamente ou posteriormente ao referido artigo, assim como tudo o resto, explica-se pelo… wait for it… lobby gay! Oh, a dissonância cognitiva! Razão tinha o Einstein; É mais fácil destruir um átomo que um preconceito.
Mars a 6 de Abril de 2012 às 13:51
"Gostava de ter tempo para investigar a famosa expulsão da APA."
Investigue também a expulsão da Nebraska Psychological Association, já agora;
When he misused Dr. A Nicolas Groth’s research in a pamphlet entitled “Child Molestation and Homosexuality,” Dr. Groth wrote the Nebraska Board of Examiners of Psychologists on August 21, 1984 that Dr. Cameron:
“[Dr. Cameron] misrepresents my findings and distorts them to advance his homophobic views. I make a very clear distinction in my writing between pedophilia and homosexuality, noting that adult males who sexually victimize young boys are either pedophilic or heterosexual, and that in my research I have not found homosexual men turning away from adult partners to children.
I consider this totally unprofessional behavior on the part of Dr. Cameron and I want to bring this to your attention. He disgraces his profession.”
This led the Nebraska Psychological Association to pass a resolution on October 19, 1984, saying that it “formally disassociates itself from the representations and interpretations of scientific literature offered by Dr. Paul Cameron in his writing and public statement on sexuality.”
Investigue também a expulsão da American Sociological Association, já agora;
After that, it appears that Dr. Cameron switched from calling his research “psychology” to calling it “sociology.” This prompted the American Sociological Association in 1985 to pass a resolution saying, “Dr. Paul Cameron has consistently misinterpreted and misrepresented sociological research on sexuality, homosexuality, and lesbianism.”10 When that didn’t deter him, the ASA went further in August of 1986, saying, “The American Sociological Association officially and publicly states that Paul Cameron is not a sociologist, and condemns his consistent misrepresentation of sociological research.”11 Since then, the professional community has had little to do with him.
http://www.boxturtlebulletin.com/Articles/000,010.htm
pedro picoito a 6 de Abril de 2012 às 14:47
É um bom conselho e vou segui-lo, embora me pareça que vou precisar de tempo...
Mars a 6 de Abril de 2012 às 19:30
O "Dr." Cameron agradece.
pedro picoito a 7 de Abril de 2012 às 17:34
Não será o único...
Mars a 6 de Abril de 2012 às 13:54
Cereja em topo do bolo, o "Dr." Paul Cameron uncensured;
"One thing that Phelps has in common with the Family Research Council, the Christian Coalition and ex gay ministries like Exodus is that they all refer to the work of Dr. Paul Cameron, founder of the Family Research Institute and ISIS, the institute for the Scientific Investigation of Sexuality. Cameron, 59, a former psychologist based in Colorado Springs, issues a stream of data often used by anti-gay activists: that gays are far more likely than straights to molest children, that gays are more likely to commit crimes as mundane as tax evasion or shoplifting, and so on. “We’re kind of the wellspring of most of the statistics about the gay lifestyle.” Cameron says. Cameron, who in the 1980s called for quarantining gays to prevent the spread of AIDS, has been attacked not only by gay-rights groups but also by psychologists, psychiatrists and sociologists, who have engaged in decades long war with Cameron. Like many of his allies, Cameron believes that, if left unchecked, homosexuality will destroy America like God did Sodom. “Untrammeled homosexuality can take over and destroy a social system,” says Cameron. “If you isolate sexuality as something solely for one’s own personal amusement, and all you want is the most satisfying orgasm you can get- and that is what homosexuality seems to be-then homosexuality seems too powerful to resist. The evidence is that men do a better job on men and women on women, if all you are looking for is orgasm.” So powerful is the allure of gays, Cameron believes, that if society approves that gay people, more and more heterosexuals will be inexorably drawn into homosexuality. “I’m convinced that lesbians are particularly good seducers,” says Cameron. “People in homosexuality are incredibly evangelical,” he adds, sounding evangelical himself. “It’s pure sexuality. It’s almost like pure heroin. It’s such a rush. They are committed in almost a religious way. And they’ll take enormous risks, do anything.” He says that for married men and women, gay sex would be irresistible. “Martial sex tends toward the boring end,” he points out. “Generally, it doesn’t deliver the kind of sheer sexual pleasure that homosexual sex does” So, Cameron believes, within a few generations homosexuality would be come the dominant form of sexual behavior."
http://www.pflagdetroit.org/Holy_War_OnGays.htm
pedro picoito a 6 de Abril de 2012 às 14:45
Não soa bem e não concordo, é o que posso dizer. Mas é uma razão tão forte para desconfiar da sua investigação como para desconfiar da investigação feita por activistas LGBT. E aí já não tem problemas, pois não? Eu tenho.
Mars a 6 de Abril de 2012 às 19:28
"Não soa bem e não concordo, é o que posso dizer."
Portanto; o Dr. Cameron merece-lhe toda a cautela, já a APA têm uma activista lésbica surda.
A sua defesa do Dr. Cameron tem a vantagem de colocar em perspectiva a tentativa de descredibilização da APA levada a cabo pelo Pedro (à qual se associa agora também a da National Association of Social Workers, American Academy of Child and Adolescent Psychiatry, American Academy of Pediatrics, American Psychiatry Association, American Psychological Association). Para além disso, as posições e as investigações sobre as questões de parentalidade por casais do mesmo sexo está longe de se esgotar no trabalho de activistas e muito menos ao EUA; conveniente é reduzi-la a isso. É uma tarefa herculana, mas diz-se por aqui que não lhe falta coragem.
pedro picoito a 7 de Abril de 2012 às 17:42
Herculana ou hercúlea? Herculana soa muito século XIX.
Essa da lésbica surda mostra que a revelação do caso McCullough tocou uma corda sensível. Referir-se a ela assim dá a entender que ela é uma espécie de aberração no meio de um mar de estudos objectivos, imparciais e desinteressadamente científicos. é uma impressão errada e julgo que sabe disso. Se há terreno académico em que os activistas LGBT investiram fortemente nos últimos anos foi este. Mesmo que os estudos sobre a parentalidade homo não se resumam ao activismo LGBT, há uma luta política em curso. De um e do outro lado, acrescente-se. Ao que parece, só o lado do Cameron é que oferece problemas metodológicos...
Mars a 7 de Abril de 2012 às 18:53
Não meu caro, activista lésbica surda. É esse a base da sua argumentação, se assim lhe se pode chamar.
Os problemas metodológicos "deste lado", ainda não os soube apontar. Não saiu ainda das teorias da conspiração num post ou comentário que fosse.
pedro picoito a 8 de Abril de 2012 às 08:58
Os problemas metodológicos foram aqui apontados por um post inteirinho da Maria João Marques. que eu tenha reparado, ninguém a contestou até agora.
Mars a 8 de Abril de 2012 às 15:36
O Pedro Picoito não saiu das teorias da conspiração. Pelo contrário, a sua colega de blog fez-lhe um imenso favor ao dirigir a discussão para o campo onde este deve ter lugar; os estudos sobre os efeitos da parentalidade por casais do mesmo sexo, matéria que o Pedro não tocou. O problema é que a interpretação dos mesmos é enviesada, características frequentes por aqui, diga-se.
Quando ao post - http://cachimbodemagritte.com/3473019.html#comentarios;
1) Problemas metodológicos, onde? Não é apontado um único. O que se faz referência são às limitações dos estudos e, para pessoas sérias isto não será surpresa, todos os estudos têm limitações, independentemente da sua área e objecto de estudo. É sempre parte integrante a discussão das limitações de qualquer estudo pelos próprios autores do mesmo. O rejubilo pela existência de limitações, como se a sua mera existência pusesse algo em causa, é não apenas patético mas infantil.
2) Olhando para as referidas limitações (e para ver se entra; as mesmas não equivalem nem deturpações e muito menos a erros metodológicos), no mesmo post é oferecida a contra-argumentação, sem a isso ser feita qualquer menção, já que se trata de um post sério sobre uma matéria que merece toda a seriedade; http://www.apa.org/pi/lgbt/resources/parenting-full.pdf. Na página 6 do documento da APA, para além da resposta às críticas, faz-se menção há forma como a investigação tem evoluído e continua a evoluir para responder a estas limitações. Menção a isto, nada; “Again, contemporary research has benefited from such criticisms. It is significant that, even taking into account all the questions and/or limitations that may characterize research in this area, none of the published research suggests conclusions different from that which will be summarized below.”
3) No mesmo document da APA, são feitas referências a ínumeros e inúmeros artigos que suportam a tomada de posição da APA a respeito da adopção por PMS. Quanto a esses, o post da sua colega não faz referência, já que se trata de um post sério sobre uma matéria que merece toda a seriedade. Em vez disso, opta por selecionar menos de meia dúzia de estudos, os que lhe são jeito, não os contextualiza, faz inferências e fecha o capítulo.
4) Os restantes “argumentos” encontram-se ao nível de um Pedro Picoito.
Em conclusão, temos um post a favor da adopção por casais de PMS disfarçado de post sério contra a adopção por estes casais já que pede emprestado à APA. Preaching to the choir, e o choir engole e rejubila.
Só vos restam compreensivelmente as teorias da conspiração e o senso comum; “como só pode desconfiar qualquer mãe ou pai de uma criança que conviva com pais dos dois sexos e que sabe como se estabelecem relações diferentes consoante o género dos pais e que estas relações diferentes vão além dos papeis diferentes de mãe e pai dentro da família”. Ou como diria Einstein; common sense is the collection of prejudices acquired by age eighteen.