Tiro ao Alvo a 17 de Abril de 2012 às 21:51
Prontos, este seu escrito, também me implica a mim: estou consigo!
E a MJM, se me permite, está a fazer o quê com este post? Decerto não lhe incomoda o espírito crítico dos que sugere terem criticado o que quer que seja nessas celebrações que refere, certo?
Não me interessa comentar a riqueza que é a diversidade da ICAR, que decerto conhecerá melhor do que eu, e logo desse eterno dilema - dialéctica? - da trave e do argueiro. Contudo, o que não posso nem devo passar em claro é a ressonância que a MJM faz duma notícia que - como dizê-lo de forma elegante? - é lixo! Porque repleta de ignorância e erros! Não acha?
...Ironia suprema: a citação de uns quantos sound-bites de um certo indivíduo que, sem religião, nem nome tinha!
Era o que faltava virem comentar sobre a adequabilidade do culto das diversas igrejas cristãs quando, pelo mundo, só a ICAR e os movimentos carismáticos crescem no número de fiéis! Enquanto português e crente, prescindo dessas avaliações de vão de escada, que nos diminuem.
Preciso, isso sim, da sua oração.
Paz
'Decerto não lhe incomoda o espírito crítico dos que sugere terem criticado o que quer que seja nessas celebrações que refere'. Não me incomoda que haja cristãos que considerem que a Igreja se deve fechar numa redoma e não entrar pelo mundo - afinal a Igreja deve estar aberta a todos. Incomoda-me que haja quem ande a vigiar outros com espírito inquisitório e incomoda-me que a diocese impeça que uma acção legítima como a que se pretendia.
'é lixo! Porque repleta de ignorância e erros! Não acha?' Não.
'um certo indivíduo que, sem religião, nem nome tinha!'
Mas que indivíduo?!! E não estou a repetir nada de ninguém, estou a dar a minha opinião - não conhece o conceito 'formar uma opinião por si próprio'?
'um certo indivíduo que, sem religião, nem nome tinha!'
Comento o que me apetece e não obrigo ninguém à leitura.
'um certo indivíduo que, sem religião, nem nome tinha!'
"Mas que indivíduo?!!"
Pensava no "sociólogo Moisés Espírito Santo" que é indicado na notícia! Que nome delicioso e que comentários bárbaros os dele!
"E não estou a repetir nada de ninguém, estou a dar a minha opinião - não conhece o conceito 'formar uma opinião por si próprio'?
Epá, essa agora foi um bocado à queima roupa... Conheço sim. Aliás, asseguro-lhe que um bom primeiro passo para garantir isso é admitir uma certa latitude nas opiniões de terceiros. Até porque a religião católica admite chegar à Graça pela Razão e eu, faltoso qb, revejo-me bastante em São Tomé.
"Comento o que me apetece e não obrigo ninguém à leitura."
Ora aí está! Eu também a respeito muito.
Mas, como Cato, repito o meu ponto central: a notícia é lixo! Posso elaborar se quiser, mas não espere muito porque as minhas capacidades são limitadas.
Paz
O meu post é sobre os números do estudo, não sobre o sociólogo Moisés Espírito Santo, sobre cujas opiniões também não tenho boa opinião.
Também fui um dos que esteve no LX Factory e testemunhei o empenho e tantos que quiseram receber o Nuno. E as histórias são umas atrás das outras...
Felizmente, Maria João, as coisas em Lisboa e em Portugal estão a mudar e a Igreja em Portugal caminhará para uma maior abertura à diversidade. Os movimentos (mais conservadores ou mais reformadores) estão a crescer sem prejudicar a unidade.
Já amanhã teremos notícias de mais um grande passo para a união dos cristãos que terá também impactos em Portugal.
PPB
Pedro, não percebo o que dizes sobre as muitas histórias. Eu não sei de várias histórias, só sei desta e se não a desse como verdadeira pela fonte de onde veio, mas apenas diz-que-disse, não a reproduziria aqui. Pelo que, se me permites, este teu comentário foi um tanto descabido.
Mas sou eu que estou a exagerar. Está tudo bem. A Igreja está em crescimento. As dioceses estão em perfeita comunhão com o espírito dos crentes e em busca dos descrentes. Deve ter sido a empresa de sondagens que se enganou. Não há qualquer facção dentro da Igreja que quer precisamente eliminar a diversidade e pôr toda a gente na linha (linha da facção, pois claro). E quem diga o contrário é um perigoso elemento ateísta que importa neutralizar. Vamos negar o problema até que o problema desapareça.
Não sabes mas eu sei. Há em muitas dioceses uma desconfiança latente a novos desafios seja a "experiência do Lx Factory" seja a "experiência da tradição". De qualquer modo a notícia do DN é traiçoeira. De facto de os católicos passaram em 12 anos de 86.4% para 79,5% (confesso que não acredito que sejam tantos), como é que a Igreja perdeu 2 milhões. É que para 6,9% corresponderem a 2 milhões então a polulação portuguesa seria de 26 milhões. Como dizia o Guterres é fazer as contas...
Pedro, mas o estudo não foi encomendado e apresentado pela Igreja? Os 2 milhões talvez sejam dos tais 'católicos praticantes', porque não temos quase 80% da população a ir ao domingo à missa. Em todo o caso, os números certos não interessam muito; interessa que a I. está em regressão, enquanto outros crescem (e não apenas seitas estranhas). E, como se pode ver por certos comentários, que a Igreja decresça é precisamente o desejo de alguns.
João Pedro a 17 de Abril de 2012 às 23:37
Muito bom! Só falta mesmo deixar a insinuação e dizer que "certo movimento conservador", "aparentemente" (faltou a cereja em cima do bolo do "alegadamente") fez com que proibisse essa tal missa (onde já se viu "proibirem" padres de celebrar missa, ainda por cima quando alguns o fazem com tão pouca frequência...).
'quando alguns o fazem com tão pouca frequência'
talvez os padres que conhece. os jesuítas têm de celebrar missa diariamente e sempre vi como levam a sério a obrigação.
Quanto à história que contei, já vários aqui vieram apoiar o comportamento do tal do movimento conservador.
Catarina Campos a 18 de Abril de 2012 às 12:49
Maria João,
Os padre jesuítas não são mais que os outros, e a celebração da missa diária é norma para qualquer sacerdote seja ele diocesano, op, ofm, etc.
Antes de tudo quero realçar que gosto muito do Pe Nuno Tovar e, em particular, do Pe Vasco Pinto de Magalhães.
Quanto ao movimento conservador de que fala, e que manifesta desagrado pelas missas do CUPAV, desconheço a conspiração em si, mas calculo que o desagrado não se prenda com a disposição do altar, mas sim pela maneira como a Comunhão é distribuída, sob duas espécies, em modo "self-service". Ora o modo "self-service" é expressamente proibido, não por razões de autoritarismo, mas porque se trata do Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor, e porquanto um dom que não está à disposição do ministério comum, como se se tratasse de um rebuçado. Convido, a este respeito, a Maria João a ler o ponto 104 do Capítulo IV deste documento http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/ccdds/documents/rc_con_ccdds_doc_20040423_redemptionis-sacramentum_po.html.
É bastante claro, tem 3 ou 4 linhas apenas.
Agora, se para si, ser fiel ao Papa e estar em comunhão com o Magistério da Igreja é demodé, nesse caso em silêncio me retiro.
Concluo apenas dizendo que também é feio apresentar o Cardeal Patriarca, Bispo, Sucessor dos Apóstolos, como o Boogie Man inquisidor que vem estragar os planos à malta fixe...Respeito é bonito. E é uma figura inevitável, sem dúvida, porque na Igreja existe uma hierarquia, mas isso deve saber, porque espero que conheça o mínimo das Escrituras.
Bem-haja!
Catarina
Anónimo a 18 de Abril de 2012 às 18:09
Não sei se a M.ª João não quer ou não pode responder-lhe mas, enquanto cristão e perante tanto dislate eu não posso deixar de o fazer.
A Catarina conclui o seu inacreditável comentário afirmando:
é feio apresentar o Cardeal Patriarca, Bispo, Sucessor dos Apóstolos, como o Boogie Man inquisidor
na Igreja existe uma hierarquia, mas isso deve saber, porque espero que conheça o mínimo das Escrituras</span>
.
Pois saiba que feio é conspirar, delatar e julgar o nosso irmão em Cristo. Se a Catarina conhecesse realmente as Escrituras, ao contrário do que demonstra, saberia que isto é o que lá está escrito e não que "O respeito é bonito". Posso garantir-lhe que "o Cardeal Patriarca, Bispo, Sucessor dos Apóstolos" não precisa que lhe defenda a respeitabilidade.
Muito mais haveria para lhe dizer, Catarina, mesmo no modo de autoridade que parece apreciar, mas fico-me por aqui pedindo-lhe idêntica contenção para evitar escândalo.
.
Catarina Campos a 18 de Abril de 2012 às 19:11
Querido Anónimo,
não julguei ninguém. Apenas propus-me ao exercício de uma correcção fraterna, prática muito comum entre os primeiros cristãos.
Funcionava assim: dado que viviam em comunidade, tendo por objectivo seguir Jesus na Terra para depois com Ele gozar da felicidade eterna no Céu, procuravam o aperfeiçoamento de si mesmos e dos outros, para bem, num acto de caridade. E não leve a caridade num sentido coloquial, refiro-me à caridade que radica em Deus, Caritas. E assim sendo, como todos tinham o mesmo objectivo e procuravam o bem de cada um, aceitavam com humildade e propósito de emenda as correcções que eram feitas. Aliás, se o Anónimo foi à Missa no passado Domingo da Misericórdia, as Escrituras falavam disto, precisamente.
Como vê, não é arrogância, superioridade, ou juízo temerário.
Eu também tenho erros, e procuro aperfeiçoar-me na fé e na ascética, para que possa amar mais e melhor. E acho que deve ser este o objectivo de todos nós: ajudarmo-nos mutuamente, com Amor. Por isso, vendo que determinado grupo se comporta de maneira desconforme ao Magistério da Santa Igreja e à vontade do nosso querido Santo Padre, procurei corrigir, chamando à atenção para o erro, porque acredito que ninguém no CUPAV quer desunir-se do Papa. Acredito mesmo.
E quanto à defesa do Bispo...se falassem com desrespeito de alguém da sua Família, não os viria defender?
'Por isso, vendo que determinado grupo se comporta de maneira desconforme ao Magistério da Santa Igreja e à vontade do nosso querido Santo Padre, procurei corrigir, chamando à atenção para o erro, porque acredito que ninguém no CUPAV quer desunir-se do Papa. Acredito mesmo.'
Catarina, eu, que não sou tão versada na caridade de fazer queixinhas e que não tenho a hipocrisia dentro dos meus muitos defeitos, digo-lhe: veja lá se não anda a alimentar-se sem querer com algum alucinogéneo.
E repito: ninguém fez ou pretendia fazer nada desconforme à Igreja, apenas desconforme à SUA e de outros interpretação do que é ou deve ser a Santa Madre Igreja. Já a vontade do Santo Padre não é matéria de fé. Temos pena. Mas ainda bem que faz esse voto de fé no CUPAV, porque, de facto, o mundo inteiro já estava a pensar que lá se praticava um culto satânico.
Catarina Campos a 18 de Abril de 2012 às 19:53
Maria João, troca de insultos não é o meu forte, e como já percebi que deixou de ser uma discussão intelectualmente honesta, fico-me por aqui...
Sempre gostei muito deste blog, e sinceramente esperava melhor do que me chamarem alucinada e hipócrita. Mas isso era a minha interpretação, claro.
Olhe, espero mesmo que um dia cheguemos todos ao Céu, que é para isso que cá estamos.
Catarina, nas escrituras não vem qualquer referência à hierarquia da Igreja. E o meu respeito por D. José Policarpo não me impede de o criticar sempre que me apetecer, e já o fiz algumas vezes. Novamente, estou a fazer uso do meu espírito crítico. Não fiz nenhum voto de obediência nem, sobretudo, de estupidez.
Talvez saiba, talvez não, mas um católico precisa de aderir a várias verdades fundamentais, constantes no Credo, nos dogmas da Igreja e na Bíblia (que contém a verdade salvífica e não necessariamente a verdade factual). Encíclicas, documentos, catecismos, etc., são apenas orientações sem valor que se compare aos que adiantei anteriormente. Temos pena.
Quanto à comunhão na missa do CUPAV, informo que fui ministra extraordinária da comunhão anos a fio nessa missa, e tenho muito orgulho no serviço que prestei à comunidade, concretamente de dar a comunhão sob as duas espécies, sendo que as faltas que notei nunca foram de falta de respeito ao molhar a hóstia no cálice, mas sim da forma desadequada como algumas pessoas recebiam a hóstia na mão. Está evidentemente tão bem informada sobres as actividades subversivas que lá se passam. Porque não fazem nada para parar com o escândalo?
Catarina Campos a 18 de Abril de 2012 às 19:38
Pena tenho eu de ter sido ministra da comunhão e saber tão pouco da Sagrada Escritura.
Ef 4:11-13); Jo 20:21-23; Mt 28:19-20; 1 Tim 4:14; 2 Tim 1:6; Tit 1:5; 1 Tim 5:17-18; 1 Tim 5:19; At 20:28; Heb 13:17; 1 Pe 5:1-3; Mt 16-18, e poderíamos continuar ...
Não se esqueça também que as cartas, recomendações e encíclicas fazem parte do Magistério da Igreja, concretizando para a vida prática dos fiéis, a Revelação contida na Sagrada Escritura...
Por acaso já fiz um curso de teologia bíblica na C na faculdade de teologia da Católica em Lisboa.
Os documentos que refere no 2º parágrafo, mais uma vez, não são matéria de fé e estão abertos a interpretações (como, de resto, e felizmente, os textos sagrados e os dogmas).
os textos sagrados e os dogmas estão abertos a interpretaçãoes mesmo sendo matéria de fé. acho que não ficou bem explicado.
Catarina Campos a 18 de Abril de 2012 às 20:08
Interessante esse curso em que aprendeu que os dogmas estão abertos a interpretações...
Como já disse, a partir do momento em que insinua que sou alucinada e hipócrita, dou por encerrada esta discussão.
Fez um curso de teologia bíblica? Eu fiz vários, e tenho pena realmente que alguns professores de Teologia da minha Universidade deturpam o conhecimento dos alunos, com posições exegéticas duvidosas.
Rezo por si, por mim e por todos!
Para fazer vários, terá feito os cursos (bons) avulsos que a FT tem. Eu referia-me a um certificado de teologia bíblica, que inplicava a frequência das cadeiras do curso de Teologia. E de facto ouvi lá muitas coisas curiosas. Levante-se! Imponha-se! Está na hora de terminar a liberdade de pensamento na academia de Teologia! A bem do fim das interpretações exegéticas duvidosas!
Quanto aos dogmas, dou-lhe um exemplo: a concepção sem pecado de Maria, não tem actualmente a mesma interpretação que lhe foi dada no sec. XIX. Desde logo porque a noção de pecado original, que Maria não teve, não tem a mesma visão agora do que tinha no sec. XIX.
João Silveira a 19 de Abril de 2012 às 18:19
Maria João, importa-se de explicar o que quer dizer com:
"a concepção sem pecado de Maria, não tem actualmente a mesma interpretação que lhe foi dada no sec. XIX. Desde logo porque a noção de pecado original, que Maria não teve, não tem a mesma visão agora do que tinha no sec. XIX"
No sec. XIX a ideia de pecado original estava associada a um pecado de cariz sexual; actualmente associa-se este pecado original à porção de maldade que tem cada ser humano, ou a propensão para pecar, ou ao nosso dark side, o que lhe quiser chamar. Assim sendo, a ausência de pecado original em Maria também ganha novos contornos que não tinha no sec. XIX.
João Silveira a 20 de Abril de 2012 às 13:18
Pecado original como cariz sexual? O pecado original foi a desobediência a Deus, ponto. A mania de por sexo em todo o lado nasceu com o Freud. Então temos uma porção de maldade como? Foi Deus que nos fez assim? Pos-nos ali um bocadinho de mal para apimentar as coisas, é isso? Ahah grande teologia essa
Não, a sexualidade ligada ao pecado acompanhou a Igreja durante séculos e não nasceu com Freud. A História também anda fraquinha, além da psicologia.
Mas não se preocupe, João, V. é puro, isento de maldade, Deus fê-lo inteiramente bom. Como é inteiramente bom, só pode - tal como Jesus Cristo - nunca pecar. Eu, e todas as pessoas que conheço, ao contrário de si, não são perfeitas, têm defeitos, devido a esses defeitos pecam (também se pode dizer 'desobedecem a Deus'), e o mais que conseguem é irem aperfeiçoando-se ao longo dos tempos, limando as imperfeições, aprendendo a lidar com elas, não nos deixando cair nas armadilhas que a nossa própria personalidade nos cria. Tudo para sermos, um dia, como o João, sem maldade nem imperfeições. Um santo! Mais do que um santo, já que os grandes santos foram grandes pecadores antes de se converterem. Avé João!
Catarina Campos a 20 de Abril de 2012 às 14:42
Eu disse que não voltava, mas Maria João, acho mesmo que tem que se informar melhor.
Aconselho vivamente que leia as catequeses do Papa João Paulo II que deram origem à Teologia do Corpo. Pode ser que ajude a diminuir a confusão.
João Silveira a 20 de Abril de 2012 às 15:56
No curso que tirou, em vez de lhe ensinarem teologia ou história da Igreja ensinaram-lhe sarcasmo. Atitude estranha vinda duma moralista em relação aos que "fazem queixinhas". Felizmente para saber estas coisas basta saber ler. Do compêndio do catecismo da Igreja Católica: O que é o pecado original?
O pecado original, no qual todos os homens nascem, é o estado de privação da santidade e da justiça originais. É um pecado por nós «contraído» e não «cometido»; é uma condição de nascimento e não um acto pessoal. Por causa da unidade de origem de todos os homens, ele transmite-se aos descendentes de Adão com a natureza humana, «não por imitação mas por propagação». Esta transmissão permanece um mistério que não podemos compreender plenamente.
Catecismo esse que estava em vigor aquando da proclamação do dogma? Ou está a ler a história com os olhos do sec. XX/XXI?
Uma certa obsessão com a sexualidade acompanhou a moralidade judaica e, depois, judaico-cristã ao longo dos muitos séculos.
João Silveira a 24 de Abril de 2012 às 00:31
Obsessão com a sexualidade tem esta sociedade depravada, em que para vender iogurtes tem que aparecer uma mulher nua. O dogma do pecado original é hoje o que sempre foi. Mas se conseguir uma definição do dogma que contrarie esta, estou pronto para aprender. Não confie em tudo o que lhe ensinaram, não tenha medo de investigar.
Frequento a missa dominical dos jesuítas no Porto (o equivalente ao CUPAV, creio), por vezes celebrada pelo padre Nuno Tovar de Lemos, que às horas a que vou transborda de gente, sobretudo como menos de trinta anos. Espero que o bom senso de que fala permaneça na diocese (enquanto D. Manuel Clemente aqui estiver, continuo descansado) e que não haja nenhuma boa alma mais incomodada, senão seria mais um bom exemplo da Igreja, daqueles que fazem realmente falta, a voar
differ a 18 de Abril de 2012 às 00:39
Eu cá até passaria a ir à missa todos os domingos se a liturgia tivesse a solenidade do rito bizantino. Então se por lá também se tocasse e cantasse Bach ia a correr para a igreja todos os dias. Educação espiritual sem educação estética, escrituras em português decente e barroco, não me enche nem a alma nem os sentidos. E ao que consta o espírito não carece de modernizações para cativar novos adeptos: o seu alimento é outro. Mas, pronto, como não sou fiel, também não me posso queixar se a igreja católica fizer como a agnlicana (ao que consta com maus resultados, dado o esvaziamento dos seus templos) e acompanhar os tempos e as vontades.
A questão estética é, sem dúvida, um grande handicap da Igreja em Portugal. Há missas que mal se suportam, e pretendo escrever sobre isso. Achei linda a celebração de Bento XVI em Lisboa e muito contribuiu para isso a parte eucarística em latim. Mas, desculpe, as celebrações dos jesuítas geralmente não pecam por mau gosto.
cfe a 18 de Abril de 2012 às 02:33
Maria João,
Desconhecia sua ligação aos jesuítas. É que aprecio muito seus pontos de vista e tambem quando morava em Portugal fui muito ligado aos jesuítas... porem no Norte. Um particularmente fez muita diferença na minha formação espiritual.
Um bem haja.
PS> Eu nem sei o que é Lx Factory para perceber a celeuma
hajapachorra a 18 de Abril de 2012 às 02:38
Uma missa para receber o Nuno?! mas que porcaria é essa? eu li o convite e achei aquilo uma imbecilidade e não sou de nenhum grupo conservador, antes um amigo da Companhia, muito desgostado com o rumo que tem levado cá nos últimos 20 anos. Os jesuítas de agora não têm nem um cagagésimo da categoria do AVP do VPM ou do AB. Para não falar da falta geral de bom senso e bom gosto. Celebrar uma missa num local de culto dos ilgas é pelo menos de muito mau gosto. E não é verdade que tenham missas cheias, os centros universitários dos jesuítas tiveram gente nos anos 80 e 90, nada que se pareça com a miséria actual. Além disso fecharam-se nos círculos queques dos muros dos colégios, dos cantis e campinácios. São hoje uma desgraça e das poucas coisas apresentáveis que havia. O mal da Igreja em Portugal é a miséria intelectual em que vive. Por estranho que pareça isso tem consequências nas massas, necessariamente.
Gosto imenso do trio P. António Vaz Pinto, do Padre Alberto Brito (que, agora, é provincial) e do P. Vasco Pinto de Magalhães. Nenhum deles está inactivo. Mas há um pormenor que referiu e que não é verdade: as missas do CUPAV estão a abarrotar ao domingo. É só lá passar e ver. No tempo do P. António, quando as missas eram na belíssima Igreja de São Roque, tinham meia dúzia de pessoas. E as actividades do CUPAV também não costumam pecar por despovoadas. Enquanto fui animadora do CUPAV (com P. António e Nuno), havia imensos animadores. Nestas coisas da espiritualidade também é necessária alguma empatia com o padre, pelo que não há hierarquias de valências. Para mim, identifico-me mais com um Nuno ou um P. Carlos do que com o P. António, até talvez pela idade.
Num ponto tem razão: não deixa de ser um certo ambiente social o que vai ao CUPAV e até à missa do CUPAV, o que é pena.
hajapachorra a 18 de Abril de 2012 às 13:08
Em LX é fácil encher salas, a cidade é grande, os contactos dos jesuítas são extensos e antigos (foram tecidos por quem ali sobreviveu em tempos de prec), é atractivo ouvir um padre que diz 'coisas giras'. Mas os padres nao são para dizer e para fazer 'coisas giras', nem para identificações por proximidade geracional. É muito mau sinal quando assim é. Um dos jesuítas que mais admirei era tinha mais 50 anos do que eu, era um santo (o P. Zé Craveiro). Não precisamos de padres porreiros nem 'abertos' a ilgas e outras porcarias dessas, precisamos de santos. Infelizmente as patacoadas nos centros de Lx, Coimbra e Porto são cada vez mais frequentes. E há os inoxidáveis, os profissionais do activismo ong, gente medíocre que está lá sempre batida. Mas há que reconhecer: o mal é geral, uns querem ser tão abertos que negam na vida o sentir com a Igreja com que enchem a boca (SJ), outros são tão fiéis à santa Madre que não passam de uns morcões cheios de cera (OD), outros perdem-se em frenesis político partidários sem terem qualquer jeito para isso (CL). Dos bispos há dois ou três no máximo que se aproveitam, e é quase impossível encontrar um que seja intelectualmente bom e simultaneamente bom pastor. O problema está na falta de preparação, agora vão fazer obturamentos mas ficam à mesma ignorantes da história da Igreja, da teologia, do latim, da arte de pregar e de conversar com toda a gente.
'Não precisamos de padres porreiros nem 'abertos' a ilgas e outras porcarias dessas'
A ILGA, que eu saiba, não é uma pessoa e os associados da ILGA são pessoas tão dignas como as outras. E eu não costumo ter nenhuma simpatia pelas posições da ILGA.
hajapachorra a 18 de Abril de 2012 às 19:15
Acaso disse que o Ilga era uma pessoa ou que as pessoas do Ilga não eram dignas? E que interessam as suas simpatias? Se não quer perceber, leve lá a bicicleta, mas deixe ficar os alhos longe dos bugalhos. Iniciativas como a do famigerado Fé e Cultura do ano passado, como do Lx fact e outras têm a ver com essa tal 'abertura' ilguistica.
João Manuel Vicente a 20 de Abril de 2012 às 05:36
mal disfarçado.
Boa tarde.
Subscrevo quase tudo o que escreve, também no que respeita à estima pelo P. José Craveiro, a quem muito devo, e tantos da minha geração.
Alguns destes comentários quase parecem de membros de seitas e não de seguidores de Cristo, para já nem falar de Igreja(s).
Os "clubismos", que às vezes, são "fundamentalismos", tanto acontecem nos "conservadores" como nos "progressistas", nos que se apegam à letra e nos que pensam que "cada um faz o que quer" e da "maneira que lhe apetece", até para ter seguidores ("votos"). O bom senso e o equilíbrio também resultam bem na Igreja e no Cristianismo. Cristo, Eucaristia, Evangelho é que devem ser o IMPORTANTE e não o padre, velho ou novo, jesuíta, opus dei ou "de S. Pedro". Sem dramas, se as igrejas não estão cheias nem ilusões porque ficam a abarrotar; "fermento na massa" e não "massa", "massificação", "cristandade"...
Morcão cheio de cera a 18 de Abril de 2012 às 19:05
Obrigadinho, pela parte que me toca.
Se calhar era preferível não andarmos todos aqui a cascar nos outros cristãos só porque são de um movimento, instituição ou paróquia diferente do nosso.
Não sei é se posso ser menos fiel à Santa Madre Igreja só para lhe agradar a si...
Como Jesus já nos avisou que "quem não é contra nós, é por nós", eu sou a favor da SJ e do CUPAV, do OD, do CL, do Pe. Zé Craveiro, do Pe. Nuno Tovar de Lemos, do D. José Policarpo, da Maria João Marques, etc., etc. Parto de princípio que são tudo excelentes cristãos até prova em contrário; e se soubesse de alguma coisa menos positiva calava-me, a não ser que os conhecesse pessoalmente e os pudesse ajudar de alguma forma.
Eu não impeço nenhum católico de viver e celebrar a sua fé da forma que lhe é mais benéfica. O mesmo não sucede com outros, que pretendem mascarar as suas opiniões com alguma verdade dogmática do cristianismo - e que, depois, não querem ser responsabilizados pelos resultados das suas acções.
hajapachorra a 18 de Abril de 2012 às 22:53
Nem precisa de enfiar coisa nenhuma pois é tudo excelente e tudo amor á Santa Madre Igreja. Cera é isso, bafio de sacristia, beatice, nem quente nem frio, antes pelo contrário, os acomodatícios respeitem quem tem fogo e um pouco mais de exigência do que essa água mole do somos todos excelentes, NÃO, ser cristão é outra coisa: é reconhecer que somos todos uma MERDA, amada por Deus, mas uma merda. Um gajo morcão seráfico ou um mariconço jesuítico ou um estouvado cl ou um pateta do MCE ou do NSI (tb devem ser excelentes esses mobimentos, carago), s~zo como qualquer bicho homem um prodígio divino e uma grande trampa. Não reconhecê-lo ou se deve a parlapatice de querubim ou a cegueira jacobina, sempre à malícia do mafarrico. Não estive para aqui a dizer mal de este ou daquele movimento ou grupo, estive a dizer mal de todos, porque desgraçadamente em Portugal a Igreja está mesmo muito mal e sobretudo porque se acha óptima, excelente, melhor do que nunca. Há muito coisa de que como católicos nos devemos envergonhar das catequeses miseráveis, das liturgias á vontade do freguês, das homilias escandalosas, do referendo perdido, da fútil e inútil RR, de sacerdotes mal formados, de bispos porreiraços e apatetados, de uma universidade católica que só o é durante uma hora lectiva, de paróquias esgotadas em activismos que só apanham crianças e velhos, de silêncios e cobardias nas questões de doutrina (aborto, eutanásia, divórcio, gaymónio, leis do trabalho, feriados).
Duarte a 18 de Abril de 2012 às 07:01
O santuário de Fátima tem uma "newsletter" que passou a ser escrita com a ortografia do acordo. Motivo invocado? A determinação do governo que o manda aplicar... à administração pública.
O espírito é de repartição pública, a necessidade de alinhamento com o poder - até com maçonarias- enorme.
A prepotência, a rigidez e o autoritarismo imperam.
anónimo a 18 de Abril de 2012 às 09:26
Catecismo da Igreja Católica, 1322-1419: liturgia, doutrina e teologia.