'quando alguns o fazem com tão pouca frequência'
talvez os padres que conhece. os jesuítas têm de celebrar missa diariamente e sempre vi como levam a sério a obrigação.
Quanto à história que contei, já vários aqui vieram apoiar o comportamento do tal do movimento conservador.
Catarina Campos a 18 de Abril de 2012 às 12:49
Maria João,
Os padre jesuítas não são mais que os outros, e a celebração da missa diária é norma para qualquer sacerdote seja ele diocesano, op, ofm, etc.
Antes de tudo quero realçar que gosto muito do Pe Nuno Tovar e, em particular, do Pe Vasco Pinto de Magalhães.
Quanto ao movimento conservador de que fala, e que manifesta desagrado pelas missas do CUPAV, desconheço a conspiração em si, mas calculo que o desagrado não se prenda com a disposição do altar, mas sim pela maneira como a Comunhão é distribuída, sob duas espécies, em modo "self-service". Ora o modo "self-service" é expressamente proibido, não por razões de autoritarismo, mas porque se trata do Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor, e porquanto um dom que não está à disposição do ministério comum, como se se tratasse de um rebuçado. Convido, a este respeito, a Maria João a ler o ponto 104 do Capítulo IV deste documento http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/ccdds/documents/rc_con_ccdds_doc_20040423_redemptionis-sacramentum_po.html.
É bastante claro, tem 3 ou 4 linhas apenas.
Agora, se para si, ser fiel ao Papa e estar em comunhão com o Magistério da Igreja é demodé, nesse caso em silêncio me retiro.
Concluo apenas dizendo que também é feio apresentar o Cardeal Patriarca, Bispo, Sucessor dos Apóstolos, como o Boogie Man inquisidor que vem estragar os planos à malta fixe...Respeito é bonito. E é uma figura inevitável, sem dúvida, porque na Igreja existe uma hierarquia, mas isso deve saber, porque espero que conheça o mínimo das Escrituras.
Bem-haja!
Catarina
Anónimo a 18 de Abril de 2012 às 18:09
Não sei se a M.ª João não quer ou não pode responder-lhe mas, enquanto cristão e perante tanto dislate eu não posso deixar de o fazer.
A Catarina conclui o seu inacreditável comentário afirmando:
é feio apresentar o Cardeal Patriarca, Bispo, Sucessor dos Apóstolos, como o Boogie Man inquisidor
na Igreja existe uma hierarquia, mas isso deve saber, porque espero que conheça o mínimo das Escrituras</span>
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Pois saiba que feio é conspirar, delatar e julgar o nosso irmão em Cristo. Se a Catarina conhecesse realmente as Escrituras, ao contrário do que demonstra, saberia que isto é o que lá está escrito e não que "O respeito é bonito". Posso garantir-lhe que "o Cardeal Patriarca, Bispo, Sucessor dos Apóstolos" não precisa que lhe defenda a respeitabilidade.
Muito mais haveria para lhe dizer, Catarina, mesmo no modo de autoridade que parece apreciar, mas fico-me por aqui pedindo-lhe idêntica contenção para evitar escândalo.
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Catarina Campos a 18 de Abril de 2012 às 19:11
Querido Anónimo,
não julguei ninguém. Apenas propus-me ao exercício de uma correcção fraterna, prática muito comum entre os primeiros cristãos.
Funcionava assim: dado que viviam em comunidade, tendo por objectivo seguir Jesus na Terra para depois com Ele gozar da felicidade eterna no Céu, procuravam o aperfeiçoamento de si mesmos e dos outros, para bem, num acto de caridade. E não leve a caridade num sentido coloquial, refiro-me à caridade que radica em Deus, Caritas. E assim sendo, como todos tinham o mesmo objectivo e procuravam o bem de cada um, aceitavam com humildade e propósito de emenda as correcções que eram feitas. Aliás, se o Anónimo foi à Missa no passado Domingo da Misericórdia, as Escrituras falavam disto, precisamente.
Como vê, não é arrogância, superioridade, ou juízo temerário.
Eu também tenho erros, e procuro aperfeiçoar-me na fé e na ascética, para que possa amar mais e melhor. E acho que deve ser este o objectivo de todos nós: ajudarmo-nos mutuamente, com Amor. Por isso, vendo que determinado grupo se comporta de maneira desconforme ao Magistério da Santa Igreja e à vontade do nosso querido Santo Padre, procurei corrigir, chamando à atenção para o erro, porque acredito que ninguém no CUPAV quer desunir-se do Papa. Acredito mesmo.
E quanto à defesa do Bispo...se falassem com desrespeito de alguém da sua Família, não os viria defender?
'Por isso, vendo que determinado grupo se comporta de maneira desconforme ao Magistério da Santa Igreja e à vontade do nosso querido Santo Padre, procurei corrigir, chamando à atenção para o erro, porque acredito que ninguém no CUPAV quer desunir-se do Papa. Acredito mesmo.'
Catarina, eu, que não sou tão versada na caridade de fazer queixinhas e que não tenho a hipocrisia dentro dos meus muitos defeitos, digo-lhe: veja lá se não anda a alimentar-se sem querer com algum alucinogéneo.
E repito: ninguém fez ou pretendia fazer nada desconforme à Igreja, apenas desconforme à SUA e de outros interpretação do que é ou deve ser a Santa Madre Igreja. Já a vontade do Santo Padre não é matéria de fé. Temos pena. Mas ainda bem que faz esse voto de fé no CUPAV, porque, de facto, o mundo inteiro já estava a pensar que lá se praticava um culto satânico.
Catarina Campos a 18 de Abril de 2012 às 19:53
Maria João, troca de insultos não é o meu forte, e como já percebi que deixou de ser uma discussão intelectualmente honesta, fico-me por aqui...
Sempre gostei muito deste blog, e sinceramente esperava melhor do que me chamarem alucinada e hipócrita. Mas isso era a minha interpretação, claro.
Olhe, espero mesmo que um dia cheguemos todos ao Céu, que é para isso que cá estamos.
Catarina, nas escrituras não vem qualquer referência à hierarquia da Igreja. E o meu respeito por D. José Policarpo não me impede de o criticar sempre que me apetecer, e já o fiz algumas vezes. Novamente, estou a fazer uso do meu espírito crítico. Não fiz nenhum voto de obediência nem, sobretudo, de estupidez.
Talvez saiba, talvez não, mas um católico precisa de aderir a várias verdades fundamentais, constantes no Credo, nos dogmas da Igreja e na Bíblia (que contém a verdade salvífica e não necessariamente a verdade factual). Encíclicas, documentos, catecismos, etc., são apenas orientações sem valor que se compare aos que adiantei anteriormente. Temos pena.
Quanto à comunhão na missa do CUPAV, informo que fui ministra extraordinária da comunhão anos a fio nessa missa, e tenho muito orgulho no serviço que prestei à comunidade, concretamente de dar a comunhão sob as duas espécies, sendo que as faltas que notei nunca foram de falta de respeito ao molhar a hóstia no cálice, mas sim da forma desadequada como algumas pessoas recebiam a hóstia na mão. Está evidentemente tão bem informada sobres as actividades subversivas que lá se passam. Porque não fazem nada para parar com o escândalo?
Catarina Campos a 18 de Abril de 2012 às 19:38
Pena tenho eu de ter sido ministra da comunhão e saber tão pouco da Sagrada Escritura.
Ef 4:11-13); Jo 20:21-23; Mt 28:19-20; 1 Tim 4:14; 2 Tim 1:6; Tit 1:5; 1 Tim 5:17-18; 1 Tim 5:19; At 20:28; Heb 13:17; 1 Pe 5:1-3; Mt 16-18, e poderíamos continuar ...
Não se esqueça também que as cartas, recomendações e encíclicas fazem parte do Magistério da Igreja, concretizando para a vida prática dos fiéis, a Revelação contida na Sagrada Escritura...
Por acaso já fiz um curso de teologia bíblica na C na faculdade de teologia da Católica em Lisboa.
Os documentos que refere no 2º parágrafo, mais uma vez, não são matéria de fé e estão abertos a interpretações (como, de resto, e felizmente, os textos sagrados e os dogmas).
os textos sagrados e os dogmas estão abertos a interpretaçãoes mesmo sendo matéria de fé. acho que não ficou bem explicado.
Catarina Campos a 18 de Abril de 2012 às 20:08
Interessante esse curso em que aprendeu que os dogmas estão abertos a interpretações...
Como já disse, a partir do momento em que insinua que sou alucinada e hipócrita, dou por encerrada esta discussão.
Fez um curso de teologia bíblica? Eu fiz vários, e tenho pena realmente que alguns professores de Teologia da minha Universidade deturpam o conhecimento dos alunos, com posições exegéticas duvidosas.
Rezo por si, por mim e por todos!
Para fazer vários, terá feito os cursos (bons) avulsos que a FT tem. Eu referia-me a um certificado de teologia bíblica, que inplicava a frequência das cadeiras do curso de Teologia. E de facto ouvi lá muitas coisas curiosas. Levante-se! Imponha-se! Está na hora de terminar a liberdade de pensamento na academia de Teologia! A bem do fim das interpretações exegéticas duvidosas!
Quanto aos dogmas, dou-lhe um exemplo: a concepção sem pecado de Maria, não tem actualmente a mesma interpretação que lhe foi dada no sec. XIX. Desde logo porque a noção de pecado original, que Maria não teve, não tem a mesma visão agora do que tinha no sec. XIX.
João Silveira a 19 de Abril de 2012 às 18:19
Maria João, importa-se de explicar o que quer dizer com:
"a concepção sem pecado de Maria, não tem actualmente a mesma interpretação que lhe foi dada no sec. XIX. Desde logo porque a noção de pecado original, que Maria não teve, não tem a mesma visão agora do que tinha no sec. XIX"
No sec. XIX a ideia de pecado original estava associada a um pecado de cariz sexual; actualmente associa-se este pecado original à porção de maldade que tem cada ser humano, ou a propensão para pecar, ou ao nosso dark side, o que lhe quiser chamar. Assim sendo, a ausência de pecado original em Maria também ganha novos contornos que não tinha no sec. XIX.
João Silveira a 20 de Abril de 2012 às 13:18
Pecado original como cariz sexual? O pecado original foi a desobediência a Deus, ponto. A mania de por sexo em todo o lado nasceu com o Freud. Então temos uma porção de maldade como? Foi Deus que nos fez assim? Pos-nos ali um bocadinho de mal para apimentar as coisas, é isso? Ahah grande teologia essa
Não, a sexualidade ligada ao pecado acompanhou a Igreja durante séculos e não nasceu com Freud. A História também anda fraquinha, além da psicologia.
Mas não se preocupe, João, V. é puro, isento de maldade, Deus fê-lo inteiramente bom. Como é inteiramente bom, só pode - tal como Jesus Cristo - nunca pecar. Eu, e todas as pessoas que conheço, ao contrário de si, não são perfeitas, têm defeitos, devido a esses defeitos pecam (também se pode dizer 'desobedecem a Deus'), e o mais que conseguem é irem aperfeiçoando-se ao longo dos tempos, limando as imperfeições, aprendendo a lidar com elas, não nos deixando cair nas armadilhas que a nossa própria personalidade nos cria. Tudo para sermos, um dia, como o João, sem maldade nem imperfeições. Um santo! Mais do que um santo, já que os grandes santos foram grandes pecadores antes de se converterem. Avé João!
Catarina Campos a 20 de Abril de 2012 às 14:42
Eu disse que não voltava, mas Maria João, acho mesmo que tem que se informar melhor.
Aconselho vivamente que leia as catequeses do Papa João Paulo II que deram origem à Teologia do Corpo. Pode ser que ajude a diminuir a confusão.
João Silveira a 20 de Abril de 2012 às 15:56
No curso que tirou, em vez de lhe ensinarem teologia ou história da Igreja ensinaram-lhe sarcasmo. Atitude estranha vinda duma moralista em relação aos que "fazem queixinhas". Felizmente para saber estas coisas basta saber ler. Do compêndio do catecismo da Igreja Católica: O que é o pecado original?
O pecado original, no qual todos os homens nascem, é o estado de privação da santidade e da justiça originais. É um pecado por nós «contraído» e não «cometido»; é uma condição de nascimento e não um acto pessoal. Por causa da unidade de origem de todos os homens, ele transmite-se aos descendentes de Adão com a natureza humana, «não por imitação mas por propagação». Esta transmissão permanece um mistério que não podemos compreender plenamente.
Catecismo esse que estava em vigor aquando da proclamação do dogma? Ou está a ler a história com os olhos do sec. XX/XXI?
Uma certa obsessão com a sexualidade acompanhou a moralidade judaica e, depois, judaico-cristã ao longo dos muitos séculos.
João Silveira a 24 de Abril de 2012 às 00:31
Obsessão com a sexualidade tem esta sociedade depravada, em que para vender iogurtes tem que aparecer uma mulher nua. O dogma do pecado original é hoje o que sempre foi. Mas se conseguir uma definição do dogma que contrarie esta, estou pronto para aprender. Não confie em tudo o que lhe ensinaram, não tenha medo de investigar.