Leni R. a 8 de Julho de 2012 às 10:08
A coisa política há muito que bateu no fundo em Portugal.
Agora há para explorar os níveis subterrâneos na demanda de novos fundos. É precisamente o que este governo está a fazer, explorando a conivência (por fraqueza) de um PR diminuído, que até já se permite a inimputabilidade de afirmar o seu perjúrio perante a Constituição para ajeitar um orçamento enfeitado de facilitismo e de esbulho.
«Robin Hood, are you there?!...»
Quando não nos respeitamos a nós proprios,dizendo uma coisa e fazendo outra,não podemos esperar que nos respeitem.
Cristiano Ronaldo a 8 de Julho de 2012 às 16:30
Eu sou o melhor do mundo por causa do PS de Sócrates e Ricardo Rodrigues.. Noto contudo, que para além da descrença no poder político, começa também a haver uma enorme descrença no poder opinativo e crítico da própria política. Talvez mais antigo este último, mas muito mais indiferente para o dia a dia das nossas vidas.
Vale de Lobos a 8 de Julho de 2012 às 16:36
Eles nem percebem a anedota....
Sacrificio e Inimputabilidade II
Canto VI - Lusíadas (estrofes 96-98)(*)
Não cos manjares novos e esquisitos,
Não cos passeios moles e ouciosos,
Não cos vários deleites e infinitos,
Que afeminam os peitos generosos;
Não cos nunca vencidos apetitos,
Que a Fortuna tem sempre tão mimosos,
Que não sofre a nenhum que o passo mude
Pera algũa obra heróica de virtude;
Mas com buscar, co seu forçoso braço,
As honras que ele chame próprias suas;
Vigiando e vestindo o forjado aço,
Sofrendo tempestades e ondas cruas,
Vencendo os torpes frios no regaço
Do Sul, e regiões de abrigo nuas,
Engolindo o corrupto mantimento
Temperado com um árduo sofrimento;
E com forçar o rosto, que se enfia,
A parecer seguro, ledo, inteiro,
Pera o pelouro ardente que assovia
E leva a perna ou braço ao companheiro.
Destarte o peito um calo honroso cria,
Desprezador das honras e dinheiro,
Das honras e dinheiro que a ventura
Forjou, e não virtude justa e dura.
A História repete-se. Fundos europeus, crédito fácil ou rendimentos garantidos, no lugar das especiarias e riqueza do Oriente. Créditos fáceis e efémeros, que podem conduzir ao acomodamento, à ganância, ao esquecimento dos valores essenciais e à perda da autonomia de um país, que tantos ao longo de tantos anos e com tanto esforço souberam construir.
Povo "temperado com um árduo sofrimento" , capaz de todos os sacrifícios em defesa da "virtude justa e dura" , mas "desprezador das honras e dinheiro que a ventura forjou" .
Mais sacrifícios? Todos os necessários, desde que para todos! E o exemplo deve em primeiro lugar vir de quem está no leme do poder. É incompreensível decretar empobrecimento de quem vive do trabalho para sucumbir perante a força dos lobbies de privilégios de interesses privados ou públicos que parasitam e sugam o orçamento de estado.
Por isso, seria mais justo, patrótico e visionário, clamar e lutar pela eliminação de todos os abusos que defraudam o interesse publico, para depois sim, poder exortar aos sacrificios que seja necessário fazer para construção de um futuro melhor.
(*) Estrofes do exame nacional do 12º ano de Português
PorOutroLado.com
Carlos a 8 de Julho de 2012 às 16:55
Já agora por anedota, estão todo enganados.
O Relvas foi visto uma vez na Universidade a ir a uma aula, parce que o Prof. até era Vice-Rreitor...
"Sr. Prof. dá licença" terá dito, ao que o docente terá respondido "Oh meu caro, por quem é está licenciado."
Leni R. a 9 de Julho de 2012 às 07:58
LOL!
nuno granja a 9 de Julho de 2012 às 01:39
Brilhante;
"Cavaco, igualmente vaiado há dias, demitiu um ministro por causa de uma anedota. Hoje, os ministros não se demitem nem mesmo quando são a anedota."
lucklucky a 9 de Julho de 2012 às 16:34
"Cavaco, igualmente vaiado há dias, demitiu um ministro por causa de uma anedota. Hoje, os ministros não se demitem nem mesmo quando são a anedota."
Ser anedota não é problema. Nesta País e nesta cultura as aparências contam mais que a substância. O ministro Pinho também foi mais condenado pelos corninhos que pelas asneiras.
Bengal a 9 de Julho de 2012 às 19:44
Não me diga que assobio de meia dúzia tem mais valor do que o voto dos milhões que deram o direito ao PSD e ao CDS de formarem governo. Só faltava agora que as manif's e os assobios tivessem mais valor do que o voto. Sabe uma coisa, mete-me uma imensa impressão o conluio existente entre a SIC + TVI + RR + BE + PCP + uns patetas peticionários contra o voto popular e contra a liberdade de expressão. A sorte que o Povo é sereno.
Samuel a 10 de Julho de 2012 às 00:15
Ah tigre!!! :-)
A. Santos a 10 de Julho de 2012 às 13:20
... de bengala
A. Santos a 10 de Julho de 2012 às 14:06
Carta aberta ao reitor da Universidade Lusófona.
Exmo. Reitor.
Foi com grande satisfação que soube que a Universidade Lusófona conferiu uma licenciatura em Ciência Política ao Dr. Miguel Relvas em apenas 14 meses, reconhecendo dessa forma a sua elevada estatura intelectual. Sempre sonhei com o alargamento das Novas Oportunidades ao Ensino Superior e fiquei muito feliz por terem dado o devido valor à cadeira de Direito que o senhor ministro fez há 27 anos com nota 10. Depois, naturalmente, o processo foi «encurtado por equivalências reconhecidas» (palavras do Dr. Relvas), após análise do seu magnífico currículo profissional.
É dentro desse mesmo espírito que venho agora solicitar igual tratamento para a minha pessoa. Embora seja licenciado pela Universidade Nova com uns simpáticos 17 valores, a verdade é que o curso levou--me quatro anos a concluir e o Jornalismo anda pela hora da morte. Nesse sentido, e após análise da oferta disponível no site da universidade, venho por este meio requerer a atribuição do grau de licenciado em: Animação Digital (tenho visto muitos desenhos animados com os meus filhos); Ciência das Religiões (às vezes vou à missa); Ciências Aeronáuticas (já viajei muito de avião); Ciências da Nutrição (como imensa fruta); Direito (fui duas vezes processado); Economia (sustento uma família numerosa); Fotografia (tiro sempre muitas nas férias) e Turismo (visitei 15 países). Já agora, se a Universidade Lusófona vier a ministrar Medicina, não se esqueça de mim. A minha mulher é médica, e tendo em conta que eu durmo com ela há mais de dez anos, estou certo de que em seis meses posso perfeitamente ser doutor.
Respeitosamente,
João Miguel Tavares