Vicente Páscoa a 22 de Julho de 2012 às 14:34
Completamente de acordo com o autor deste post . É uma questão de absoluta necessidade honrada investigar JS cabalmente. Mesmo nesta sociedade criminal, como ela se chama tecnicamente, isso é preciso. De outro modo é já um acentuado cripto-fascismo . Quanto à lentidão ou pouco desembaraço do Min.Público , eu creio que não estará eventualmente a ser desembaraçados por estar à espera que o mal-cheiroso affaire " prescreva. Como é natural com os tipos do género de JS , menino de oiro do seu partidão e, talvez, do MP .
A. Santos a 22 de Julho de 2012 às 15:21
Paulo Marcelo:
Não só não estou seguro de que Sócrates esteja inocente como tenho bastantes dúvidas de que não tenha recebido luvas.
Se todos recebem nos grandes negócios o Estado (não nos esqueçamos dos submarinos, na Alemanha já houve condenações, cá nem sequer processo aberto), porque não as receberia ele? Sim, ele, o da vigarice da licenciatura.
Mas do que estou seguro é de que isto não passa de mais do mesmo, para distrair pacóvios, qual nuvem de fumo para encobrir outras coisas igualmente pouco agradáveis, para se deixar de falar nelas.
E se se viesse a apurar algo, a Santa Prescrição resolvia o resto, ou não está o crime já prescrito? A imprensa diz que sim. Se não estiver, o tempo que levaria até se apurar o crime e transitar em julgado prescrevê-lo-ia.
A cronologia factual que apresento abaixo, retirada do blog Da Literatura, é bem elucidativa do Estado da Justiça entre nós:
«Não sei se estão lembrados, mas o caso Freeport começou em Outubro de 2004, com uma carta anónima. Em Fevereiro de 2005, dias antes das eleições legislativas que deram a maioria absoluta ao PS de Sócrates, o Independente publicou uma “notícia” que a polícia se apressou a desmentir: o documento era apócrifo. O inspector da PJ que a fez chegar ao jornal foi levado a tribunal, condenado e expulso da polícia. O jornal dirigido por Inês Serra Lopes foi processado e condenado. A imprensa e os blogues da época deram relevo a uma reunião na Aroeira, que juntou jornalistas, um antigo chefe de gabinete de Santana Lopes, um advogado e a inspectora titular do processo.
Em Abril de 2007, Elias Torrão, inspector da directoria da PJ de Setúbal, declarou em tribunal que Zeferino Boal, presidente da concelhia do CDS-PP de Alcochete e candidato à presidência da Câmara, fora o autor da denúncia anónima.
O Ministério Público deu o caso por encerrado, mas gente ligada ao sindicato dos magistrados do Ministério Público desenterrou a investigação. Os media fizeram profissão de fé no assassínio de carácter de Sócrates. Inspectores da Judiciária foram e vieram de Londres e Amesterdão.
Em Abril de 2009, Marinho Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados, publicou (no boletim da Ordem) um artigo de quatro páginas com o título A carta anónima que incriminou Sócrates foi combinada com a PJ.
Em 2010, ou seja, ao fim de seis anos de investigação, dos sete arguidos do processo, só dois foram levados a julgamento: Charles Smith e Manuel Pedro.
Nessa altura, o Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, disse: «Os investigadores ouviram quem quiseram, como quiseram e onde quiseram. Não há nenhuma explicação credível para não ter sido ouvido quem quer que seja. [...] É preciso que sem hesitações se reconheça que o sindicato dos magistrados do Ministério Público é um mero lobby de interesses pessoais que pretende actuar como um pequeno partido político.»
Ontem, ao fim de dois anos de julgamento, Charles Smith e Manuel Pedro foram absolvidos.
Mas o tribunal do Montijo quer sangue. E pediu extracção de certidões para poder investigar Sócrates, que nunca foi constituído arguido.»
Justiça Cega
A Procuradoria-Geral da República (PGR) está a analisar todas as notícias relativas à polémica da licenciatura do ministro Miguel Relvas e que ...
Dos cerca de oitenta mil milhões que o Estado gasta por ano, cerca de cinco a seis mil milhões de euros vão para os grupos que tem capacidade de influenciar o Estado...
Três temas que se cruzam de forma peculiar: Cursos à la minute, um Procurador atento, e 6 biliões de euros que se escapam todos os anos do orçamento do Estado.
É obvio que equiparar uma licenciatura, obtida através dos créditos da frequência e exames do respectivo programa curricular, a uma licenciatura obtida sem frequência e exames, é no mínimo incorrecto, injusto para quem estuda, e desprestigiante para quem se presta a esse tratamento desigual. Mas deveria ser sobretudo uma matéria de fiscalização por parte do Estado, para evitar a existência de instituições com essa prática, para mais instituições creditadas pelo próprio Estado. Ou seja, mais uma vez o Estado, disperso pela excessiva intervenção enquanto agente no mercado, "esquece-se" de exercer uma das funções essenciais da sua governação, que é a de fiscalizar e controlar abusos da actividade privada.
Paralelamente, o mesmo Estado, paulatinamente controlado pelas organizações partidárias, que se tem vindo a transformar em máquinas de assalto ao poder do orçamento do Estado, vê anualmente serem desviadas somas astronómicas, provenientes dos bolsos dos contribuintes, com a influencia e interligação a grupos que orbitam à volta do "poder vigente". Mas essa é uma ponta do iceberg, já que é apenas uma pequena parcela na proporção dos maus investimentos realizados por má governação. Vejam-se os exemplos multiplos de estádios de futebol, algumas ppp´s, equipamento militar não utilizado,instituições inuteis ou redundantes,gasto descontrolado em consumíveis no exercício das diferentes funções do Estado.
Mas, correndo o risco de parecer cínico, temos um Procurador atento e vigilante. Pena é que parece haver um ligeiro desfoque entre o essencial e o acessório, para mal de muitos e fortuna de alguns.
http://videos.sapo.pt/kzZH4Ua8qCjuDPNQkL9a
http://www.blogger.com/(http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=69981)
Leni R. a 22 de Julho de 2012 às 19:02
E o que fazer com aquele ministro que até copiou e digitalizou (a expensas do Estado, já se vê) milhares de páginas de documentos reservados/confidenciais do Ministério da Defesa de Portugal para levar consigo no render da guarda?!...
Sendo, para mais, o mesmo que também aparece envolvido no rombo «submarino»...
A Justiça é como diz o cínico: «É a possível, meu caro, é a possível!...»
em plena Zona de Proteção Especial do Estuário do Tejo
Falso. O Freeport não se encontra dentro da ZPE. Encontra-se na sua fronteira. Se bem me lembro do processo, tinha uns anexos (garagens ou coisa do género) que invadiam a ZPE. Anexos esses que foram eliminados do projeto. O grosso do Freeport está fora da ZPE.
licenciamento ilegal
Ilegal por quê? Que lei foi violada no processo de licenciamento?
Mesmo que tenha havido corrupção, há que distinguir entre corrupção para ato lícito e corrupção para ato ilícito. Que eu saiba, o licenciamento foi totalmente legal e nunca ninguém o acusou de ser ilegal.
Vasco a 23 de Julho de 2012 às 17:45
Se começam a publicar posts de acordo com o AO deixo de ler este blog. O Botelho ainda vá que não vá (um abraço), mas isto é que não pode ser.
João a 25 de Julho de 2012 às 09:31
Vais fazer tanta falta como a lady gaga num enterro.
Ana Vasconcelos a 23 de Julho de 2012 às 18:21
O Ministério Publico está à espera que o crime fique próximo da prescrição
A. Santos a 23 de Julho de 2012 às 21:37
Ana Vasconcelos:
Mas ainda não percebeu que o Freeport não interessa enquanto (putativo) crime, muito menos a sua punição.
É bastante útil é como arma de arremesso, folclore para distrair a malta enquanto outros Sócrates a tramam como o primeiro o fez.
Prescrição ou não prescrição pouco importa, sempre serve para justificar a existência do MP e alimentar a guerra político-partidária.
Leni R. a 24 de Julho de 2012 às 13:01
Mas quando consciencializarão que em Portugal os dominadores (e denominadores comuns) políticos fazem vingar a máxima de «uma mão lava a outra»?
E o CDS-PP, retoricamente crítico a tal «status quo» quando na oposição, rapidamente acerta as agulhas com PS e PSD assim que se lhe abrem os corredores do Poder.
Depois ainda há quem pense que as guerras de poder no ministério público são meras questiúnculas pessoais, e que o que vai acontecendo, com minas e contra-minas, são acasos...
Bengal a 24 de Julho de 2012 às 21:36
Tenho para mim que a Candidinha e o amigo PGR continuarão a fazer o que sempre fizeram.
Tenho para mim que a SIC & Cª também nada vai fazer; o Expresso, idem aspas.
Para a sic e para o expresso o caminho agora é impedir, custe o que custar, com verdades mentiras ou meias verdades impedir que o Povo português deixe de pagar os vícios do Xico de Cascais.
Sobre o grande lider do grupo proprietário do expresso, sic etc.etc. faço minhas as palavras e os desenhos do grande caricaturista Cid.