Proletários de todo o burgo, uni-vos

Antigamente, quando havia uma revolução, era fácil saber quem eram os bons e quem eram os maus: o Jugular e o Cinco dias explicavam tudo.
Ainda eu não tinha descoberto como se escreve ayatollah, e já o João Galamba nos ensinava a dizer liberdade em "farsi".
Ainda eu tentava ver onde é que fica o Irão no mapa, e já Carlos Vidal nos mostrava o lugar da liberdade na obra de Kiarostami.
Bons tempos.
Agora, não percebo nada. Houve aquilo nas Honduras, povo na rua, tropa na rua, um Presidente que quer ser Presidente mas a tropa não deixa, um outro Presidente que quer ser Presidente mas o povo não deixa, parece mesmo uma revolução e tal, e o que é que se passa?
Vale de Almeida acusa os vizinhos de delírio, Ramos de Almeida reage aos "pinossocráticos", Palmira e Câncio não nos guiam...
Como é que vamos saber qual o lado certo?
Camaradas, entendam-se!
Proletários de todo o burgo, uni-vos!
Não nos façam pensar que as revoluções são coisas complicadas!...
publicado por Pedro Picoito às 14:19 | partilhar