Igreja Católica perde exclusivo de casamentos religiosos com efeitos civis ou casamentos religiosos com efeitos civis perdem exclusivo da Igreja Católica?
publicado por Filipe Anacoreta Correia às 10:40 | comentar | partilhar
A Lei quanto à perspectiva, penso que está claro no que afirma. Contudo, é com pena minha que tal sucede, enquanto católico. Sinais do tempo (volto a dizer)... Assistimos a um sucessivo corte com aspectos culturais e tradicionais, na Europa, que não é de hoje, como já sabemos. Estou para ver onde se irá parar.
Bom era que os casamentos religiosos perdessem os efeitos civis, como em Espanha. Assim a malta que se casa pela(s) Igreja(s) poderia livremente escolher entre os efeitos civis do casamento ou simplesmente pelo estatuto das uniões de facto! Como é que os senhores que advogam a laicidade do Estado ainda não se lembraram disto?
A pergunta está bem posta, Filipe, mas francamente acho que há batalhas mais importantes... Pessoalmente, não me choca esta mudança. Outra coisa, que o Eduardo Nogueira Pinto lembra no 31 da Armada, é que haja tradições religiosas (por exemplo, a islâmica, com a poligamia) que admitem um conceito ou uma prática do casamento incompatível com a lei portuguesa. Espero que o legislador esteja atento a este pormenor.
Caro Pedro, Não posso estar mais de acordo. Nem me passou pela cabeça fazer disto sequer uma "batalha". É apenas um comentário "jocoso" (palavra da época). Apeteceu-me. Só isso. ab, FA
O Cachimbo de Magritte é um blogue de comentário político. Ocasionalmente, trata também de coisas sérias. Sabe que a realidade nem sempre é o que parece. Não tem uma ideologia e desconfia de ideologias. Prefere Burke à burqa e Aron aos arianos. Acredita que Portugal é uma teimosia viável e o 11 de Setembro uma vasta conspiração para Mário Soares aparecer na RTP. Não quer o poder, mas já está por tudo. Fuma-se devagar e, ao contrário do que diz o Estado, não provoca impotência.