Algumas linhas sobre o fenomenal U2 3D

Imagine-se
o leitor desta linha, um não amante de música
o desta, um não apreciador de U2
e o desta, alguém com fobia a salas fechadas.
Imagine-se ainda
um alérgico ao cinema
um revoltado com o preço dos espectáculos ao vivo
ou um amedrontado com os encontrões de uma plateia ao rubro.
Agora imagine-se
sentado numa sala de cinema, sem sentir a sensação de lá estar
ouvindo palavras sentidas que falam da conturbada história da Irlanda, aliadas à Declaração Universal dos Direitos do Homem, cantadas em nome do Amor
e rodeado por uma multidão imensa que vibra e que salta - sem que o pisem.
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Anda por aqui a sensação que fica do filme U2 3D. Um concerto ao vivo, em Buenos Aires, integrado na tournée "Vertigo" dos U2.
Um espectáculo por si só, filmado com multi-câmaras em tempo real, aliando imagens em 3D com som Surround 5.1 e criando uma experiência sensorial que, acredito, é coisa para alterar de vez a história do cinema.
É impossível sair indiferente ao conjunto
à combinação da música, mensagem, imagem e som
à música que tem toques para todos os gostos
à mensagem que apetece
à imagem do braço da guitarra que alcança o meio da sala, à imagem da mão de Bono que parece tocar-nos, à bateria à nossa frente, à multidão que nos engole (sem nos pisar)
E no fim, os U2.
Para quem gosta, é de ir.
Para quem não gostava, é de descobrir.

Pelo preço de um cinema.
E pelo prazer de uma descoberta.
publicado por Joana Alarcão às 01:02 | partilhar