«A participação de Portugal em missões de paz é determinada pela avaliação dos interesses e das prioridades nacionais, no quadro de uma nova doutrina de intervenção que deixou de ser motivada, exclusivamente, por factores históricos ou de proximidade geográfica e passou a pautar-se por critérios de segurança regional e internacional. É neste contexto que, enquanto Estado membro da União Europeia e da Aliança Atlântica, Portugal assume as suas responsabilidades como um produtor de segurança internacional.»
«Portugal no Chade: um dever humanitário», Nuno Severiano Teixeira (Público, 25.1.2008: 45).
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Digamos que sim, sem mais demoras, para simplificar a questão. Agora expliquem-me uma coisa, se conseguirem. À luz deste template, genérico, por que motivo vamos para o Chade ao mesmo tempo que reduzimos consideravelmente a nossa participação no Afeganistão? Qual foi a avaliação que foi feita dos interesses e prioridades nacionais que ditou o downgrade da nossa presença no Afeganistão? A dimensão do contingente é irrelevante, desde que permita afirmar que assumimos as nossas responsabilidades? Estaremos mesmo a assumir as nossas responsabilidades enviando para o Chade um C-130 e pouco mais?
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Não será seguramente através do
PSD que teremos respostas para estas e para outras perguntas. Afinal, como frisou
António Martins da Cruz, os sociais-democratas «
não tem divergências» com o Governo em matéria de política externa. Há ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros com muita sorte.