Domingo, 27.01.08

One size fits all

«A participação de Portugal em missões de paz é determinada pela avaliação dos interesses e das prioridades nacionais, no quadro de uma nova doutrina de intervenção que deixou de ser motivada, exclusivamente, por factores históricos ou de proximidade geográfica e passou a pautar-se por critérios de segurança regional e internacional. É neste contexto que, enquanto Estado membro da União Europeia e da Aliança Atlântica, Portugal assume as suas responsabilidades como um produtor de segurança internacional.»
«Portugal no Chade: um dever humanitário», Nuno Severiano Teixeira (Público, 25.1.2008: 45).
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Digamos que sim, sem mais demoras, para simplificar a questão. Agora expliquem-me uma coisa, se conseguirem. À luz deste template, genérico, por que motivo vamos para o Chade ao mesmo tempo que reduzimos consideravelmente a nossa participação no Afeganistão? Qual foi a avaliação que foi feita dos interesses e prioridades nacionais que ditou o downgrade da nossa presença no Afeganistão? A dimensão do contingente é irrelevante, desde que permita afirmar que assumimos as nossas responsabilidades? Estaremos mesmo a assumir as nossas responsabilidades enviando para o Chade um C-130 e pouco mais?
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Não será seguramente através do PSD que teremos respostas para estas e para outras perguntas. Afinal, como frisou António Martins da Cruz, os sociais-democratas «não tem divergências» com o Governo em matéria de política externa. Há ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros com muita sorte.
publicado por Joana Alarcão às 16:38 | comentar | partilhar
Sábado, 19.01.08

Do âmbito exclusivamente partidário

António Martins da Cruz, presidente da Comissão de Relações Internacionais do PSD, definiu a sua visita a Díli como sendo «do âmbito exclusivamente partidário». No entanto, deslocou-se a Díli acompanhado por Rui Botica Santos, sócio-coordenador da sociedade portuguesa de advogados CRA (Coelho Ribeiro & Associados), de que é consultor (Lusa via DD, 18.1.2008).
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É impressão minha, ou há aqui algo que, pura simplesmente, não bate certo?
Não consigo perceber como é que a visita de Martins da Cruz pode ser «do âmbito exclusivamente partidário», se se deslocou acompanhado pelo sócio-coordenador de uma sociedade de advogados de que é consultor. Dito isto, desde que devidamente separadas, há alguma razão que impeça que a visita possa ter, de forma explícita e assumida, uma vertente partidária e outra empresarial? Não, pois não?
publicado por Joana Alarcão às 00:31 | comentar | partilhar

Cachimbos

O Cachimbo de Magritte é um blogue de comentário político. Ocasionalmente, trata também de coisas sérias. Sabe que a realidade nem sempre é o que parece. Não tem uma ideologia e desconfia de ideologias. Prefere Burke à burqa e Aron aos arianos. Acredita que Portugal é uma teimosia viável e o 11 de Setembro uma vasta conspiração para Mário Soares aparecer na RTP. Não quer o poder, mas já está por tudo. Fuma-se devagar e, ao contrário do que diz o Estado, não provoca impotência.

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