Caro
Eduardo Pitta, tanto quanto sei, os custos da construção das infraestruturas que menciona foram tidos em conta. Acresce que há obras que teriam de ocorrer de qualquer maneira, com ou sem aeroporto em Alcochete. O custo final vai derrapar? Admito que sim. Mas isso é um exclusivo da opção Alcochete? O que é que o leva a pensar que com a Ota isso não aconteceria?
O meu ponto é muito simples. Se bem o percebo, está a dizer que no final os custos de Alcochete ultrapassarão o que está previsto actualmente, porventura serão maiores do que a Ota. Há, todavia, um problema metodológico com a sua argumentação: está a comparar os custos previstos da Ota (actuais) com os finais de Alcochete (futuros). Acontece que estes valores não são comparáveis. O que seria comparável era os
custos finais, reais, das duas opções (tal como agora compara os
custos previstos das duas possibilidades). Em suma, nunca poderá aferir a poupança nos termos comparativos que propõe, na medida em que não pode aferir as eventuais derrapagens de uma obra que não se realizará.