Gloria Swanson (1924)
Edward Steichen (1879-1973)
Foi conjuntamente com Stiglitz, que conheceu no ano de 1900 em Nova York, um marco do pictorialismo americano, ambos partilharam a fundação do movimento Photo-Secession e da revista Camera Work e mais tarde a propriedade da famosa Gallery 291. Depois veio a guerra e a fotografia aérea de reconhecimento. Entre 1923 e 1938 fotografou para a Vanity Fair e para a Condé Nast, a sua arte ajudou a imortalizar os seus modelos: Greta Garbo, Marlene Dietrich, Gloria Swanson ou Gary Cooper são recordados nas suas fotografias como deuses de um Olimpo que não existe mais.
Edward Steichen foi um artista e um homem invulgar, alguém que aceitou voltar à vida militar já com idade avançada, quando o seu país entrou na guerra, aceitando contribuir com os seus conhecimentos fotográficos ao serviço da marinha de guerra americana.
Fading away - (1858)
Henry Peach Robinson (1830-1901)
Inicialmente pintor e depois fotógrafo, este inglês foi o autor de "Pictorial Effect on Photography" (1869), uma referência teórica do pictorialismo fotográfico. A sua obra mais conhecida “fading away” chocou os princípios da sociedade vitoriana pelo seu realismo mórbido; o sofrimento e a morte expostos com o esplendor do suporte fotográfico. Diverte-me imaginar que hoje, provavelmente, esta fotografia ganharia um prémio do World Press Photo pela denúncia de alguma disfuncionalidade social que leva à morte, e os críticos encontrariam uma qualquer analogia com uma obra renascentista – algo que era reivindicação de Henry Peach em meados do século XIX – a fotografia no trilho da grande arte.
Alfred Stieglitz (1864-1946)
nasceu em Nova York numa família de origem judaica com raízes na Alemanha. Aos 16 anos foi para Berlim estudar engenharia e é aí que aprende a, ainda, jovem técnica da fotografia, regressando a Nova York dez anos depois. No início do século (1902) fundou o movimento Photo-Secession com Edward Steichen, e a revista Camera Work (1905) onde deu a conhecer grande parte do seu trabalho. Pode não ter sido o maior artista do seu tempo, mas sem ele dificilmente a fotografia teria atingido o estatuto artístico que obteve. O seu maior contributo talvez tenha sido a oportunidade que deu à vanguarda artística europeia – a de ser conhecida do público americano.
Alfred Stieglitz (Paula, Berlim) - 1889
Rudolf Koppitz (1884-1936)
Um artista de origem checa cujo trabalho "Bewegungsstudie" (Motion Study) realizado em 1925 é um reconhecido ícon do modernismo europeu, depois das bailarinas da Ópera de Viena acabou a sua vida artística a fotografar as mais bucólicas comunidades de camponeses austríacos. Quando a fotografia dispensava a sociologia.
Rudolf Koppitz (self portrait, In the Bosom of Nature ) - 1923
Andrés Kertész (1894-1985)
Deixou uma obra de génio e de um grande humanismo, só possível num mundo em profundo sofrimento. Foram duas qualidades que nunca o abandonaram, na guerra e na paz, da sua Hungria natal aos Estados Unidos onde acabou os seus dias. Um artista de uma grande humildade, de quem Cartie-Bresson disse "tudo o que nós fizemos já Kertész o tinha feito antes". Fragmentos de uma entrevista de Andrés Kertész à BBC em 1983, dois anos antes de morrer.