Nervosinhos
Este post do Rui Peres Jorge explica na perfeição o nervosismode Paulo Macedo, administrador do BCP, com uma eventual reestruturação da dívida dos países periféricos. Um corte de 50% na valor da dívida grega (um valor perfeitamente plausível) implicaria um "rombo" de 350 milhões de euros no activo do BCP. Não custa imaginar a hecatombe provocada por um "haircut" (ainda que inferior) na dívida portuguesa. Durante anos, um sistema de garantias explícitas e explícitas e o laxismo dos bancos centrais e agências de notação incentivou durante anos os bancos a financiaram alegremente o despesismo público e privado sem se preocuparem grandemente se estes tinham ou não capacidade de pagar. Eles próprios endividaram-se enormemente a fim de poderem beneficiar destas "fabulosas oportunidades de negócio. Para grande "surpresa" de todos descobre-se agora que o risco foi subavaliado e nem o estado nem os privados têm capacidade para pagar as dívidas. Como se não tivessem tido quaisquer responsabilidades no processo pretendem agora que sejam os contribuintes a pagar pelos seus erros. Reestruturação? Devia até ser proibido falar no assunto!