Quarta-feira, 08.08.12

Vai buscar, Phelps!

Medalha de prata para Portugal

publicado por Filipe Anacoreta Correia às 10:51 | comentar | partilhar
Quarta-feira, 02.05.12

Pingo doce em pedra dura...

O Pingo Doce conseguiu trocar as voltas à pacatez do bairro.

Até o Governo veio justificar a pulsão tributária do Estado pela campanha em causa, que é mais ou menos como a mulher que diz para o marido “se te andas a divertir, vais pagá-las”. Já não bastava o confisco, agora ajunta-se-lhe o paternalismo ou maternalismo ou lá o que é. Ai, ai, ai, que grande confusão em que nos meteram.

Depois, os suspeitos do costume. Estão muito irritados, porque a Jerónimo Martins teve uma acção ideológica. Imagine-se a desfaçatez! A ideologia é só para nós, camaradas. Agora até isso querem democratizar! Onde é que já se viu. De repente, o marxismo vira neo-liberal e afirma que as empresas não podem ter ideologia. Nem pensar. Só vender. Hmm. Não contava com esta.

E depois não se percebe se acham bem que os capitalistas vendam os produtos com 50% de desconto. Em princípio, sim. Mas não no 1º de Maio. Ora, ora, essa é velha. Os novos fariseus do Templo determinam que não se pode fazer o bem nas datas sagradas.

Que coração duro se lhes nota que nem um Pingo doce os amolece.

publicado por Filipe Anacoreta Correia às 20:17 | comentar | ver comentários (21) | partilhar
Segunda-feira, 23.04.12

25 de Abril

Será que a Associação 25 de Abril, Mário Soares e Manuel Alegre terão coragem para defender que o feriado não se deve manter? A coerência obrigaria a levar o seu argumento até ao fim.

Ao contrário do que sustentam, o que venceu no 25 de Abril não foi uma determinada "linha política", mas sim a possibilidade de os portugueses escolherem democraticamente a linha política que querem.

E se aqueles não a sabem respeitar, é altura de sairem de cena. Não precisam de voltar, pois deste modo não fazem cá falta.

publicado por Filipe Anacoreta Correia às 19:56 | comentar | ver comentários (9) | partilhar
Sexta-feira, 20.04.12

Obviamente, retire-se

Quando todos somos muito rápidos a criticar a comunicação social, impõe-se reconhecer o importante papel que tem sido desenvolvido, nomeadamente pelo Público, na questão das nomeações para o Tribunal Constitucional. E aqui incluo também e realço o Pedro Lomba, que mais uma vez demonstrou ter sensibilidade e coragem política para não deixar em claro o que se veio a tornar um facto.

Hoje Maria José Oliveira volta a assinar um texto, que deixa pouca margem de manobra ao PS e a Conde Rodrigues. O editorial remata: “se a candidatura (de Conde Rodrigues) se mantiver é um insulto ao TC”.

A descredibilização sucessiva das instituições da República não pode alegrar ninguém, mas o Jornalismo livre e competente tem um importante papel a tentar impedir que assim seja. Veremos se desta vez será bem sucedido.

 

publicado por Filipe Anacoreta Correia às 09:50 | comentar | ver comentários (7) | partilhar
Quarta-feira, 11.04.12

I beg your perdon???

O confisco.

publicado por Filipe Anacoreta Correia às 17:31 | comentar | ver comentários (1) | partilhar
Terça-feira, 10.04.12

CDS-Das causas fracturantes à fractura exposta IV

Há quem esteja muito eufórico com o bom resultado do Partido nas últimas eleições. E há quem pareça disposto a tudo, como se a política fosse uma indústria como outra qualquer.

Mas é preciso ter cuidado com as modas. Basta lembrar o que se passou com a ala liberal, no seio do Partido, protagonizada por alguns dos peões do momento. As modas passam. Os princípios não. E importa lembrar que em matéria de princípios não se evolui. Ou se aprofunda. Ou se transige. Porque os princípios são como o eixo da roda, que acompanha e permite toda a mudança, desde que, como eixo, não saia do lugar. A ideia que se dá deste processo é tudo menos de aprofundamento do que quer que seja. Para esse debate valeria a pena contribuir. Mas no Partido, hoje, há quem tenha medo do debate. Só com alguns. Para não dar palco aos outros. Chamam a isso poder. Ora, ora. Levem lá o rebuçado. E, prontos, não precisam de partilhar no Facebook.

O meu receio é que, ao contrário do que esperam, estejamos cada vez mais sozinhos. Porque quando se fala de crise de regime é também disto que estamos a falar.

Pela minha parte, cá estaremos para impedir que assim seja.

publicado por Filipe Anacoreta Correia às 17:45 | comentar | ver comentários (10) | partilhar

CDS-Das causas fracturantes à fractura exposta III

Paulo Portas resolveu optar pela diabolização de quem não alinha no discurso fácil e momentâneo. Seriam os novos Ku Klux Klan, apenas empenhados em pedir a cabeça do deputado – sempre ele. Mas afinal ninguém pediu a cabeça de ninguém, apenas uma definição clara e inequívoca do sentido de voto do seu Partido nalgumas das matérias em que sempre se diferenciou. Ao fazê-lo, julgavam estar a promover a sua afirmação. Conforme se viu apenas pediam que se seguisse a linha de sempre – aquela que Paulo Portas seguiu desde que está no Partido – e já lá vão uns 15 anos -, sem que se lhe conhecesse esse instinto de superioridade moral ou de polícia dos costumes. Caso para perguntar: quando é que não foi autêntico: durante os 15 anos em que assim agiu, ou agora, quando introduziu uma mudança no Partido às escondidas?

Uma coisa é certa, quem evolui não atira para a fogueira tão facilmente o seu passado com que se identificou. E nestas matérias importa que se perceba de que verticalidade estamos a falar, porque quando a mentira se intui, a confiança fica comprometida.

Diabolizar quem apenas quer mais do que aplaudir dá sinais de um Partido surdo (opaco ao diálogo), demasiado pequeno e ridiculamente pendurado no que o chefe quer a cada momento. E é para aí que aponta o desfile de “personalidades” a comentar em uníssono a linha da actual ortodoxia. Dá ares de algum funcionalismo tribal e é muito pouco para o que o País precisa. Afinal de contas, o medo das bruxas e dos demónios também pode alimentar muita irracionalidade.

publicado por Filipe Anacoreta Correia às 15:21 | comentar | ver comentários (4) | partilhar

CDS-Das causas fracturantes à fractura exposta II

Depois houve toda esta instrumentalização em torno de um deputado. Seria o escolhido para ilustrar o crescimento do Partido - um militante que já cá está há muitos anos e tem longa carreira na jota, como gosta de lembrar. Teria havido um acordo com o Presidente para que pudesse legitimar o seu voto. E ao abrigo de tal acordo, a Direcção do Partido teria emitido uma nota em que dispensava, já não um, mas dois deputados de seguir a orientação do Partido. Afinal, não foi um, nem mesmo dois que “furaram” aquela “orientação”. Houve quatro deputados que tiveram essa honra.

E depois disto tudo – surpresa das surpresas -, não houve nenhum acordo, diz o próprio. Quem é que mente: o visado ou o Presidente? Então e a nota da Direcção – que refere o acordo e que circula na net - sempre houve ou também é ficcionada?

E se o manifesto eleitoral é o único critério para o voto dos deputados, porque persistem e com que fundamento fixam uma orientação de voto nestas matérias? Nos Estatutos e no Programa do Partido não será, porque se não seriam imperativos, presumo.

E já agora, qual foi o critério para a disciplina de voto na criminalização do enriquecimento ilícito, opção legislativa que agora se parece sacudir? A disciplina de voto só existe para as matérias menos importantes, é isso?!

Enquanto metem os pés pelas mãos, há apenas uma certeza: neste processo há pouca verdade, e afinal os "conselheiros manipuladores", como os eleitores, parecem ser mais vítimas do que larápios. Alguém se importa de lhes pedir desculpa? E já agora ao sr. deputado também, faxafavor. É feio usar assim uma pessoa.

publicado por Filipe Anacoreta Correia às 11:42 | comentar | ver comentários (3) | partilhar

CDS-Das causas fracturantes à fractura exposta I

Uma das conclusões mais evidentes nesta história recente do CDS, é que o assunto foi muito mal conduzido. Primeiro, não havia debate nenhum a fazer, os terríveis Conselheiros que pediram o seu agendamento – imagine-se tamanha desfaçatez! - eram uns perseguidores e manipuladores.

Afinal, houve mesmo uma mudança – uma “evolução”, dizem eles -  e, coisa extraordinária, ocorreu sem qualquer debate no seio do Partido. Paulo Portas confessou ao Expresso que “as matérias ditas ”fracturantes” tinham sido “propositadamente” excluídas do manifesto eleitoral, logo os seus Deputados estavam habilitados a votar como queriam. Ora, alguém do CDS se apercebeu dessa alteração? Diz-se que novos eleitores justificariam tais mudanças. Mas como se pode saber ao que vieram os novos eleitores se este assunto foi simplesmente omitido, havendo toda a prática anterior cuja continuidade parecia previsível?  É preciso ter cuidado na informação que se usa e omite diante dos eleitores e dos militantes, sob pena de se poder falar em manipulação. Uma coisa é certa: pessoas há – alguns desses novos que vieram engrandecer o Partido – que se sentem enganadas. O que temos para lhes dizer? Que o Presidente é que sabe?! Que o voto de um ou de uma minoria não afecta o sentido de voto dos restantes? Creio que não ficarão satisfeitos. Porque isso introduz um critério pragmático - ver nas listas quem melhor me representa - e o CDS já é o Partido mais fortemente pressionado pelo voto útil. O eleitor do CDS mais fiel é aquele que vota por princípios. Aqueles que agora estão em crise.

publicado por Filipe Anacoreta Correia às 09:15 | comentar | ver comentários (3) | partilhar
Quinta-feira, 05.04.12

Comunicado da Direcção do CDS-PP II

Quem estiver atento à realidade política, sabe que este comunicado nunca poderia ter sido emitido pela Direcção do CDS-PP.

A versão do CDS sobre o assunto é outra e é publicamente sabida: “não foi registada nenhuma evolução doutrinária ou programática do CDS”.

Ou, diriam outros, não há nenhuma questão em torno da matriz pró-vida e pró-família, que no CDS é um dado incontornável.

Entre esta e aquela posição vai uma enorme,diria mesmo gigante, distância, como penso que se terão apercebido os membros da Direcção que terão sido confrontados com um “comunicado” com aquele teor. Só se fossem anjinhos é que podiam dizer uma coisa daquelas fora de portas. Por isso, os deslizes não duraram muito.

Procurarei num conjunto de textos seguintes, demonstrar que o CDS-PP vai mal, porque na verdade, está mais próximo do "comunicado" do que quer afirmar.

Para que fique bem claro, considero naturalmente que o CDS-PP tem todo o direito e liberdade de a todo o momento exprimir as suas posições como entende e até, se quiser, de mudar o seu Programa do Partido. O que não deve é fingir que não o faz. O que não deve é mentir aos eleitores.

publicado por Filipe Anacoreta Correia às 12:18 | comentar | ver comentários (5) | partilhar

Comunicado da Direcção do CDS-PP. Será verdade?!

Ao acordar, deparei-me surpreendido com este comunicado:

“Em face da discussão tornada pública, nos jornais e na blogosfera, entendeu a Direcção do Partido emitir o seguinte comunicado:

1. No passado dia 30 de Março esteve reunido o Conselho Nacional do CDS-PP.

2. Foi apresentada uma proposta absolutamente inusitada e de uma enorme arrogância cultural, social e intelectual.

3. Em suma, pretendia-se que o Partido e os seus deputados: i) “se empenhem na promoção da dignidade humana e direito inviolável à vida desde a concepção até à morte natural; ii) se empenhem na defesa do “direito dos filhos” e não do “direito aos filhos”, devendo a Procriação Medicamente Assistida estar unicamente disponível como forma subsidiária para os casais que dela manifestamente necessitem; iii) se empenhem na defesa da dualidade da “maternidade” e “paternidade”, contrariando propostas que contemplem a filiação de crianças por “dois pais” ou “duas mães”.

4. Esta proposta era, naturalmente, inaceitável e foi recusada de modo inequívoco.

5. O Partido entende que deve ser reconhecido aos deputados um princípio de liberdade de voto em todas as matérias que não estejam incluídas no manifesto eleitoral.

6. Não é verdade que a matriz ideológica do CDS indique necessariamente um voto desfavorável nestas questões.

7. A partir da dimensão da liberdade dos indivíduos é possível apoiar e é desejável que haja quem defenda entre nós, por exemplo, o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
8. Na questão da adopção, é importante que haja quem defenda no nosso seio precisamente em nome da dignidade da pessoa humana, que é bom para uma criança ser adoptada por um casal de pessoas do mesmo sexo.

9. O CDS afirmou-se, assim, como um partido aberto e plural e recusou visões ultrapassadas daquilo que entende deve ser salvaguardado".

 

Adenda: Este comunicado é obviamente ficcional, mas não muito, como resulta do post seguinte. Um tema a desenvolver.

publicado por Filipe Anacoreta Correia às 08:21 | comentar | ver comentários (18) | partilhar
Quarta-feira, 04.04.12

A poeira a assentar

Realmente, no chamado enriquecimento ilícito, nunca se quis que a verdadeira questão fosse atacada. E a morte estava anunciada. Espero e acredito que não tenha havido má fé na condução deste processo por parte dos partidos da maioria. Se não houve, certamente haverá oportunidade de rever o diploma.

publicado por Filipe Anacoreta Correia às 23:12 | comentar | partilhar
Terça-feira, 03.04.12

Momento CDS

 

Chegado de um dia de trabalho, ouço  que a notícia da morte do CDS é um pouco exagerada. De acordo. Tudo o resto..., bom, tudo o resto não sei se importa muito alimentar.

Francisco, a única forma saudável que me ocorre de te responder, é desafiar-te para um debate público sobre a matéria. Em Lisboa ou no Porto.

Já não se trata apenas da clarificação do Partido, mas da clarificação da posição, que injusta e caluniosamente, me imputas. E daquela que, em alternativa, propões para o Partido. Fico à espera da confirmação da tua disponibilidade.

publicado por Filipe Anacoreta Correia às 19:50 | comentar | ver comentários (5) | partilhar
Sexta-feira, 16.03.12

A prioridade

A história do Juiz de Viana que se recusou a adoptar o acordo ortográfico é bem paradigmática do estado em que está a Justiça.

Independentemente das simpatias que a sua quixotesca atitude suscite o mais espantoso é mesmo a defesa de que os Tribunais “não são superintendidos, não são dirigidos nem são tutelados pelo Governo”.

Como pode um Juiz considerar que a Administração da Justiça, que ele integra, não está sob a tutela do Ministério da Justiça?

E como pode uma Justiça funcionar quando cada um dos seus agentes (Magistrados Judiciais, Ministério Público, Advogados e até Funcionários Judiciais) considera que é dono de si e que não é "governável" nem mesmo quanto às vírgulas?

Esta é a principal razão pela Justiça que (não) temos. E não haverá nunca nenhuma Lei, nem mesmo Troika que resista. E já que se fala nisso, não era esta a prioridade do País? Alguém quer ir à raiz ou vamos continuar a tratar de paliativos?

publicado por Filipe Anacoreta Correia às 10:56 | comentar | ver comentários (57) | partilhar
Quinta-feira, 15.03.12

A fé e os interesses privados devem ser abolidos pelo interesse público

Independentemente de tudo o mais, a argumentação do Conselho Superior do Ministério Público e do Supremo Tribunal Administrativo é de bradar aos céus. Literalmente. Porque o primeiro interesse público é a preservação e o respeito da liberdade individual.

Serão estes apenas resquícios do comunismo que fez moda no Ministério Público?

Ou estaremos mesmo a entrar numa época que quer reacender "a questão religiosa"?

publicado por Filipe Anacoreta Correia às 19:29 | comentar | ver comentários (7) | partilhar

Dia C'Tchuva bem

publicado por Filipe Anacoreta Correia às 16:35 | comentar | ver comentários (1) | partilhar
Terça-feira, 13.03.12

IVA com recibo - Já!

Num momento de ausência de crédito na economia, a gestão de tesouraria torna-se uma questão de sobrevivência para as empresas. Neste contexto, é natural que uma empresa não hesite se puder pagar o mesmo por um determinado fornecimento sem ter de liquidar IVA. É por isso que, hoje mais do que nunca, um dos factores mais diferenciadores em termos de concorrência, são os fornecimentos transfronteiriços. Em igualdade de circunstâncias, uma empresa portuguesa prefere fornecimentos por uma empresa espanhola.

As Finanças têm de olhar para isto rapidamente, pois está-se a desviar mercado com relevo para os nossos vizinhos. De tal modo que várias empresas nacionais consideram já a deslocação para Espanha para fornecer o nosso País. E isto, além de totalmente ridículo, desvia também receitas fiscais (de IRC).

A única solução passa por de uma vez por todas consagrar que o IVA só deve ser entregue ao Estado depois de recebido dos Clientes. Foi uma bandeira do CDS, que deputados agora ministros aprovaram com o PSD (ver RAR. 82/2010). De elementar justiça, e, no próprio interesse do Estado, deve mesmo ser implementada. Já!

publicado por Filipe Anacoreta Correia às 17:39 | comentar | ver comentários (7) | partilhar
Quinta-feira, 09.02.12

As reservas no enriquecimento ilícito

A notícia do acordo do CDS e do PSD sobre o enriquecimento ilícito é uma má notícia. Desde logo, porque provavelmente fere de morte uma iniciativa que era importante. Não há melhor maneira de inviabilizar um projecto destes como atirar para lá uma série de inconstitucionalidades. Concordo, pois, genericamente com a Isabel Moreira e só espero que, em coerência, coloque pelo menos o mesmo empenho em lutar contra as apontadas inconstitucionalidades como o fez na Lei do Orçamento.

Dito isto, confesso que não entendo o João Miranda. Quem sempre defendeu o que defendeu, não pode ser culpado por a sua opinião não ter vingado. Agora, já da parte do CDS acho que são devidas pelo menos explicações. Como podem os Deputados aprovar um projecto que sempre criticaram, mesmo nas versões circunscritas aos titulares de cargos públicos? Mudaram de opinião? Ou votaram com reserva mental?

publicado por Filipe Anacoreta Correia às 18:58 | comentar | ver comentários (3) | partilhar
Segunda-feira, 30.01.12

O bem comum

As declarações do próprio são confusas e contraditórias. A notícia sobre José Lello diz que o dinheiro não declarado resulta do produto da venda de uma quinta que a mulher terá recebido em herança. Diz-nos depois o Senhor Deputado que o consultor lá do parlamento lhe disse, mas só em 2009, que tinha que declarar essa verba, pois estava casado em comunhão de adquiridos. Ora, os bens recebidos em herança não integram o património comum de quem está casado no regime da comunhão de adquiridos. Por isso, das duas uma: ou o consultor o enganou ou a razão da omissão/declaração não teve nada a ver com isso. Apure-se, pois se o bem é comum. Para bem de todos.

publicado por Filipe Anacoreta Correia às 18:34 | comentar | ver comentários (9) | partilhar
Quinta-feira, 26.01.12

Ainda o registo de interesses e a transparência

Caro Rodrigo,

Percebo o teu ponto, se bem que estou em total desacordo com ele. Creio que um dos maiores problemas do nosso regime é a falta de transparência. E embora digas que não é isso que estás a discutir é precisamente isso que, em minha opinião, está em questão.

Não tenho nada contra quem tem interesses. Mas creio que é essencial que esses interesses sejam declarados. Mesmo nas sociedades liberais onde o lobby é assumido como uma coisa saudável, o lobby é sempre declarado, registado enquanto tal. Não há nada pior do que fingir, fazer de conta, que não se tem interesses pessoais numa determinada discussão, quando se tem tantos. Quem não deve não teme e se o empenho ao lado de determinados interesses é fundado em razões e convicções, o facto de se confessarem e registarem os interesses não retirará força nenhuma a essas razões que fundam o empenho pessoal e as conviccções. O pior é quando nada disso está sobre a mesa, mas apenas, pertenças e cumplicidades, confusão entre o interesse pessoal ou tribal e o serviço público. E é isso que transparece tantas vezes e que transpareceu também no caso da Maçonaria. Não percebo, pois, que se possa tornar uma defesa da transparência numa apologia do desinteresse.

 

publicado por Filipe Anacoreta Correia às 11:32 | comentar | partilhar

Cachimbos

O Cachimbo de Magritte é um blogue de comentário político. Ocasionalmente, trata também de coisas sérias. Sabe que a realidade nem sempre é o que parece. Não tem uma ideologia e desconfia de ideologias. Prefere Burke à burqa e Aron aos arianos. Acredita que Portugal é uma teimosia viável e o 11 de Setembro uma vasta conspiração para Mário Soares aparecer na RTP. Não quer o poder, mas já está por tudo. Fuma-se devagar e, ao contrário do que diz o Estado, não provoca impotência.

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